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sexta-feira, 24 de agosto de 2018

A alegria do Senhor é nossa força

Disse-lhes mais: ide, comei carnes gordas, tomai bebidas doces e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do SENHOR é a vossa força” (Ne.8.10)

Há momentos na vida em que uma nuvem negra parece estacionar sobre nossa cabeça. O coração não vai bem, desanimado frente aos desafios e tribulações. A mente voa sem direção, vagando sobre tudo em meio ao nada. As forças parecem escorrer por entre os dedos e deixamos a vida nos levar.

Isso não é incomum ao ser humano, tendo em vista que a fragilidade humana é uma característica universal e os problemas aparecem para todos indistintamente, pois é marca de um mundo caído, “pois a criação está sujeita à vaidade” (Rm.8.20). Por isso, tem sempre alguém com problema ao nosso redor.

Mas, Deus não nos entrega a estes momentos nem nos abandona quando mais precisamos. Mais que um grande amigo (Pv.17.17), o Senhor se mostra mais presente nos dias em que mais precisamos dEle, como testemunhou Davi que desfrutara da presença de Deus quando andava “pelo vale da sombra da morte” (Sl.23.4). Mesmo nas mais densas trevas, o Senhor está presente e nada pode ocultar-nos dEle (Sl.139); ninguém pode separar-nos de seu amor (Rm.8.38-39).

Portanto, nesses momentos tão difíceis para a mente e o coração, devemos lembrar que a graça do Senhor nos basta (1Co.12.9), ou seja, que o fato de sermos agraciados pela salvação do Senhor, adotados como filhos, habitados pelo Santo Espírito e separados para uma viva esperança de eterna glória deve trazer satisfação ao nosso coração e pleno contentamento em Cristo Jesus.

É verdade que nada disso anulará os problemas da vida, todavia mudará a forma como os encaramos, como disse Paulo: “Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (Rm.8.18). Lembrar tudo o que Deus nos prometeu pode não mudar o rumo da vida, mas mudará, pelo operar do Espírito Santo, seu modo de ver e viver a vida.

Quando o povo de Israel que voltara do cativeiro chorava lembrando do passado da nação, Neemias, Esdras e os levitas lhe disseram que se lembrasse que o rosto do Senhor estava resplandecendo para eles e isso era suficiente (Nm.6.24-26//Ne.8.10). Os judeus deveriam se alegrar na alegria de Deus, “porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do SENHOR é a vossa força” (Ne.8.10).

Saber que Deus nos ama e tem satisfação em nossa felicidade deve trazer alegria ao nosso coração. Significa que mesmo em meio às lutas, o Senhor estará presente e nos ajudará, pois não tem prazer em nosso sofrimento. O fato de Deus nos amar significa que Ele quer nosso bem não apenas presente, mas, também, eterno. Ele quer nos ver felizes, sendo Ele mesmo a razão absoluta dessa felicidade, o alicerce da plena alegria de nosso coração.

Colocar o coração sobre a alegria de Deus traz alegria ao nosso coração, paz para a nossa mente e força para as nossas mãos. Isso ocorre porque precisamos de alguém que nos ame, assim como sentimos a necessidade de amar, também (Dt.6.5). De igual modo, necessitamos de cuidados, principalmente quando estamos passando por dias maus (Mt.6.25-34; Fp.4.6). E quando nos sentimos bem assistidos, recobramos ânimo para continuar lutando, pois sabemos que não estamos sozinhos.

Observemos que as crianças bem-amadas e bem-cuidadas têm alegria no coração, paz na mente e força no viver pois, “inconscientemente”, sabem que não precisam se preocupar com suas necessidades, tendo em vista que os pais fazem isso por elas, constantemente. Elas se alegram na alegria dos pais que tem satisfação no bem-estar de seus filhos, por isso descansam a vida sobre os doces braços de seus pais.

Precisamos lembrar sempre que Deus nos chama de filhos porque Ele mesmo se fez nosso Pai. Portanto, os cuidados paternos que tanto precisamos podem ser encontrados no Senhor “que prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm.5.8). Ou seja, “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” (Rm.8.32).

Portanto, se você está desanimado(a) com o coração triste e a mente aérea, olhe para a cruz, pois, nela, Deus mostrou seu amor e poder para nos receber como filhos e cuidar de nossas vidas com graça e satisfação. Lembre-se que Ele não o(a) desamparará jamais, a fim de recobrar ânimo para prosseguir glorificando a Deus, ajudando outras pessoas que precisam ser lembradas que a alegria do Senhor é nossa força.

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