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segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Casados por amor a Deus

se me amais, guardareis os meus mandamentos” (Jo.14.15)

Qual o propósito de seu casamento? Parece uma pergunta óbvia para um cristão, mas o elevado número de divórcios dentro do cristianismo aponta para outra direção. Esse é um problema que precisa ser analisado, a fim de que outros não cometam o mesmo erro. Mas, onde está o problema? O problema encontra-se no coração do homem, desde sua infância. Um problema que precisa ser tratado em Cristo.

Você já viu uma criança batendo os pés porque deseja algo, mas não está recebendo? Ou mesmo, uma criança chorando para chamar a atenção até conseguir aquilo que deseja? Parece algo bobo, mas o problema do crescente número de divórcios começa aí. Talvez você esteja pensando que estou exagerando, mas peço que seja mais observador. Aquelas crianças que não aceitavam receber “NÃO”; que não sabiam ser contrariadas; que, portanto, achavam-se o centro do mundo, têm grande probabilidade de se divorciarem. Mas, o que isso significa?

O coração do homem é hedonista por natureza. Hedonismo é a ideia de que o prazer é o fim supremo do homem. Ou seja, o propósito do ser humano é se satisfazer no presente. Em outras palavras, o que o coração de cada pessoa realmente quer é fazer a própria vontade, sentir-se feliz a todo custo. Por isso, filósofos e, posteriormente, psicólogos afirmaram que a jornada do homem consiste em fugir da dor em busca do prazer. Essa é a jornada do coração pecador.

Acredito que você já deve ter percebido nosso objetivo em mostrar que o propósito do casamento não é satisfazer o ser humano. Mesmo com todo prazer que pode ser desfrutado no casamento, seu propósito não pode ser satisfazer pessoas, pois isso arruinaria o casamento, como está acontecendo em nossos dias. Quando alguém pensa que o propósito do casamento é fazê-lo feliz, essa pessoa sente-se no direito de desfazer o casamento ao sentir-se infeliz por alguma razão. Ou seja, o hedonismo faz com que o casamento dure enquanto durarem os bons sentimentos ou o bem-estar. Como sentimentos vão e vem e a vida nem sempre é um “pasto verdejante”, o número de divórcios só aumenta.

O humanismo (antropocentrismo) é o fundamento doutrinário do mundo de nossos dias. Seu resultado é a anarquia, por causa de seu subjetivismo relativista e seu consequente hedonismo. O homem tornou-se o centro de tudo, rei do mundo e de si mesmo. Então, tudo deve girar em torno desse homem; motivo para o comércio afirmar: “O cliente tem sempre razão”. Desse modo, as síndromes da infância antropocêntrica se estendem até o fim da vida. Por isso, encontramos adultos com o mesmo comportamento de crianças batendo os pés no chão para conseguir o que querem, pois não aceitam serem contrariados.

Então, nos deparamos com um grande problema: o casamento é formado por dois pecadores que naturalmente cometem erros, ainda que devamos esperar um amadurecimento no decurso da vida. Dentro do casamento ocorrem divergências de pensamentos e expectativas que nem sempre são satisfeitas. Com o tempo, a velhice substitui as curvas atraentes da juventude e as responsabilidades aumentam com os filhos. Tudo isso, em certa medida, contraria o coração hedonista do pecador que reivindica seu “direito” de ser feliz. E não sabendo ser feliz diante de todas as adversidades, sente-se no direito a quebrar a aliança do casamento que deveria durar por toda a vida.

Diante de tudo isso, nosso propósito é ajudar casais a conhecerem o real propósito do casamento, a glória de Deus, e como isso se aplica ao dia a dia da vida conjugal. Desejamos mostrar o caminho dado por Deus para que pessoas sejam felizes dentro da realidade do casamento imperfeito, preparando os cônjuges para lutarem contra o próprio coração hedonista, a fim de preservarem a família, reduzindo o número de divórcios no mundo. Afinal, famílias fortes fazem uma igreja forte, fundamental instrumento para fortalecer uma nação contra todas as investidas malignas do diabo.

Apresentaremos cinco subtítulos a serem tratados em encontros de casais: 1) Por amor a Deus; 2) Vencendo o pecado; 3) A Verdade por fundamento; 4) Um tipo da relação entre Cristo e a Igreja; 5) Até que a morte os separe. Esses cinco subtítulos apontam de modo prático para o propósito do casamento: a glória de Deus, habilitando os cônjuges a viverem uma vida agradável a Deus e abençoada para os filhos e as demais pessoas ao redor. O casamento deixará de ser visto como um conto de fadas e passará a ser encarado como um magnífico projeto divino, no qual Deus pode trabalhar nosso coração pecador.

1 – Por amor a Deus

Juras de amor eterno são feitas antes e durante a celebração do casamento. Pombinhos apaixonados, que na empolgação nem sempre sabem diferenciar o desejo sexual do amor divino, são guiados por muita emoção, sem que se deem conta de que as emoções são instáveis e passageiras. Em geral, no ocidente as pessoas dizem que a causa do casamento deve ser o “amor” de uma pessoa pela outra. Algum tempo depois, quando o “amor” não se mostra tão ardente, aqueles que fizeram promessas para uma vida inteira, interrompem suas promessas pondo fim ao casamento.

Essa questão precisa ser tratada com muita seriedade. O conto de fadas do amor eterno não tem sido suficiente para preservar os casamentos por toda a vida nem o romantismo que aquece relações tem se revelado um alicerce sólido e permanente, no qual o casamento possa caminhar seguro. A questão é que tanto o conto de fadas quanto o romantismo fazem parte do universo antropocêntrico de nossos dias, fruto do desejo hedonista de ser feliz a todo custo. A tentativa de resolver o problema em torno das relações conjugais por meio de autoajudas é semelhante ao que um pai faz para impedir que seu filho, que ainda mama, chore enquanto a mãe está ocupada sem poder amamenta-lo. Pode ser que consiga enganar o filho por algum tempo, mas é incapaz de resolve a real necessidade de seu filho: o alimento.

Duas questões devem ser refletidas para o bom entendimento do amor no relacionamento conjugal: 1) o amor não é o fundamento do casamento; 2) o amor a Deus é o firme fundamento do casamento. Portanto, o amor é e não é o fundamento do casamento. Dependerá de qual amor está se falando. Sei que isso soa muito estranho para uma cultura tão emotiva que fala constantemente em “seguir a voz do coração”. As pessoas depositam toda confiança nas emoções, instintos, calafrios e coisas semelhantes. Contraditoriamente, vivemos num mundo que ainda se considera racional, mas que vive entregue às emoções. Por isso, a sociedade está tão confusa e tão perdida sem uma identidade certa.

Quando digo que o amor não é o fundamento do casamento quero dizer que não é preciso estar apaixonado pelo cônjuge para se manter casado com ele(a). Não é preciso ter qualquer sentimento para estar casado, é necessário ter a consciência do que significa uma aliança inquebrável entre duas pessoas. Isaque recebeu Rebeca como esposa sem conhece-la (Gn.24.1-67) e passou a amá-la como um bom marido por ser ela sua esposa, não para que ela fosse sua esposa: “Isaque conduziu-a até à tenda de Sara, mãe dele, e tomou a Rebeca, e esta lhe foi por mulher. Ele a amou” (Gn.24.67). Então, eles viveram casados por toda a vida. Não podemos dizer que o amor de um pelo outro foi a força motriz do casamento, pois eles nem mesmo tiveram tempo para se conhecerem. Isaque e Rebeca tiveram um casamento “arranjado”, ou seja, programado pela família e mesmo assim, formaram uma família estável e eles mesmos foram felizes, como nos conta Gênesis 26.8: “Ora, tendo Isaque permanecido ali por muito tempo, Abimeleque, rei dos filisteus, olhando da janela, viu que Isaque acariciava a Rebeca, sua mulher”.

Ao dizer que o amor a Deus é o firme fundamento do casamento quero mostrar que a obediência a Deus garante um casamento firme para toda a vida. Após citar os dois grandes mandamentos em Mateus 22.37-39, Jesus afirma que “destes dois mandamentos dependem toda a lei e os Profetas” (Mt.22.40). Ou seja, a vida como um todo deve ser movida primeiramente pelo amor ao Senhor, nosso Deus, de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento. Em segundo lugar, o ser humano deve conduzir suas atitudes pelo amor ao próximo. Fazendo isso, a vitória contra todo pecado, incluindo o antropocentrismo hedonista, estará bem encaminhada, sabendo que o cumprimento destes mandamentos depende de uma vida em Cristo Jesus.

Todavia, vale salientar que o amor ordenado na Palavra de Deus não é simplesmente um sentimento que faz o coração arder e motiva a pessoa a fazer alguma coisa, temporariamente. O amor bíblico é uma consciência que envolve todo o ser, capaz de contrariar até sentimentos adversos como a raiva. Por circunstâncias da vida de um casal, não é improvável que um cônjuge sinta raiva do outro em determinados momentos. Essa raiva, no entanto, não pode sobrepor o amor consciente. E mesmo com o coração raivoso, aquele que conhece o verdadeiro amor poderá ter atitudes certas e amorosas, fazendo aquilo que é bom para a glória de Deus. Caso o amor fosse apenas um sentimento, então ele teria sido sobreposto pela raiva do coração, fazendo com que o indivíduo agisse, para com o cônjuge, com atitudes divergentes do verdadeiro amor.

O amor bíblico é muito mais amplo e profundo do que um mero sentimento. O verdadeiro amor é racional e se expressa em atitudes; é um modo de viver. Somente um amor consciente pode agir em tempos de ira, razão para Paulo advertir os cristãos de Éfeso, dizendo: “não se ponha o sol sobre a vossa ira” (Ef.4.26). Os mesmos cristãos exortados a amar (Ef.5.2) podem se irar quando se depararem com injustiças, sem, contudo, deixar que a ira os domine. O verdadeiro amor é divino, pois tem sua origem em Deus: “Nós amamos porque ele nos amou primeiro” (1Jo.4.19). Por isso, este amor é sempre virtuoso, jamais podendo ser confundido com paixões ou anarquias sentimentais que se manifestam em tolerâncias a todo pecado. O amor de Deus é perdoador ao mesmo tempo em que é santo; é bondoso enquanto permanece justo; é puro, mas mostra-se paciente com os pecadores.

Uma simples, mas profunda, pergunta pode ser feita diante de cada comportamento ou escolha: Suas escolhas estão sendo feitas por amor a Deus? Esta pergunta deve nos remeter a outra: Você conhece a vontade de Deus? Para que vivamos em amor a Deus, precisaremos primeiro conhecer a vontade de Deus, caso contrário, é possível que alguém peque contra o Senhor, pensando estar fazendo a vontade de Deus. Com um pouco de esforço para conhecer a vontade de Deus, é possível se saber que não se troca de cônjuge por amor a Cristo, afinal o Senhor não ordenou a troca de cônjuge no decurso da vida, antes a condenou (Ml.2.14-17). Quando uma pessoa desiste do casamento (em quase todos os casos) é por amor a si mesmo. Raras pessoas o fazem por uma necessidade extrema em razão de ameaças de morte ou coisas semelhantes.

A tentativa de encontrar a felicidade dentro de um relacionamento amoroso é uma busca egoísta de um coração ensimesmado que tem como propósito de vida o sentir-se feliz a todo e qualquer custo. Em outras palavras, as pessoas casam para que o cônjuge as faça felizes, num sutil utilitarismo que só será percebido quando estiverem à beira de um divórcio. Caso tais pessoas fossem felizes em Cristo, não casariam para ser felizes, mas o fariam para compartilhar a felicidade que tem em Jesus. Desse modo, conseguiriam superar melhor os desafios da vida conjugal e glorificariam a Deus por meio da abnegação de suas vontades.

Abrimos um parêntese para explicar que os livros de Esdras e Neemias (Ed.10.1-44; Ne.13.1-31) nos contam um evento singular, necessário à obra redentora, sobre um divórcio em massa que ocorreu em Israel. Muitos do povo haviam casado com mulheres de outras nações, miscigenando, assim, o povo de Deus. O maior problema decorrente disso seria a perda da linhagem messiânica, ou seja, da linhagem de Jesus Cristo. Outro problema decorrente da miscigenação seria o risco de a nação voltar-se para a idolatria novamente, influenciada pelas mulheres dos outros povos, conforme advertiu Neemias: “Não pecou nisto Salomão, rei de Israel? Todavia, entre muitas nações não havia rei semelhante a ele, e ele era amado do seu Deus, e Deus o constituiu rei sobre todo o Israel. Não obstante isso, as mulheres estrangeiras o fizeram cair no pecado” (Ne.13.26). Todavia, esse evento deve ser considerado único dentro da história redentora, com propósito muito específico para Israel, já que nos foi revelado em forma de narrativa histórica, não de mandamento.

Ao contrário do que fez Israel nos dias de Esdras e Neemias, os apóstolos Paulo e Pedro advertem aos cristãos que eram casados com não cristãos a permanecerem casados dando testemunho da regeneração operada pelo Espírito Santo no coração daqueles que creem em Jesus (1Co.7.10-14; 1Pe.3.1). A Escritura não estimula o divórcio em nenhum caso, mas adverte quanto aos perigos do casamento misto. Ou seja, o cristão não deveria casar com um não cristão. E caso tenha se convertido já dentro de um casamento, o novo cristão não deve buscar o divórcio, mas sim a conversão do cônjuge. É importante o cristão compreender ambos os ensinos, para que a igreja glorifique a Deus em suas relações neste mundo pecador. Sugiro a leitura do texto: Os perigos do casamento misto (http://voxscripturae.blogspot.com/2016/08/os-perigos-do-casamento-misto.html).

O que move suas atitudes? Essa pergunta deve ser feita para todas as pessoas, mas gostaríamos de direcioná-la especialmente aos casais. Quando um cônjuge faz algo que desagrada o outro, a vontade daquele que sofreu o dano é se vingar ou brigar. O coração orgulhoso não suporta a ideia de ficar por baixo de alguém, incluindo o cônjuge. Sobe do coração um ardor de indignação, junto ao sentimento de quem se sente injustiçado. A reação costuma não ser boa, levando o casamento a confusões e tristezas. O problema não está no erro cometido pelo cônjuge ou na diferença de pensamento, mas no coração pecador que não age por amor a Deus, mas por amor a si mesmo.

A solução para tais confusões foi dada por Deus há muito tempo: “Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força” (Dt.6.5). O amor a Deus é o único capaz de sustentar plenamente as relações humanas, pois, até a volta de Jesus, o pecado estará presente na sociedade. Quando o amor é depositado sobre pessoas, somos frustrados. Quando o amor é depositado sobre nós mesmos, somos tiranos, perversos, egoístas, utilitaristas etc. Jesus advertiu quanto ao problema em depositar o amor sobre algo que não seja o Deus Criador:

Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam;  20 mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam;  21 porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.  22 São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso;  23 se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!  24 Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. (Mt.6.19-24)

Portanto, mesmo que o casamento seja a união entre um homem e uma mulher, seu firme alicerce é o amor a Deus. Somente quando o ser humano age por amor a Deus, ele realmente esvazia-se de si mesmo, negando suas vontades para fazer a vontade de Deus, proporcionando o bem-estar de toda a família (Mt.16.24; Fp.2.5-11). Esse amor a Deus é o pressuposto fundamental das exortações dos apóstolos à santificação da igreja: “Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus.” (Cl.3.1). Isso ocorre, porque a nova vida do cristão (Gl.2.20) não decorre de sua bondade, mas de um amor “inexplicável” por Deus; um amor que outrora não existia, mas que brotou no coração por meio do operar da Palavra e do Espírito de Deus (Jo.3.1-8).

Esse amor a Deus é capaz de frear as ações do pecador e redirecionar os desejos do coração, pois o novo homem está livre da escravidão do pecado que antes o aprisionava, obrigando-o a viver para si mesmo, segundo os desejos da carne (Jo.8.36. Gl.5.16-18). Se o amor por Deus habitar no coração do cônjuge, este verá que a vontade de agradar a Deus será maior do que a vontade de satisfazer seu próprio querer: a mulher fica calada diante dos defeitos do marido; o marido suporta calado as confusões da mulher; as tribulações são enfrentadas com oração e esperança em Deus; os problemas financeiros são suportados com firmeza, auxílio mútuo e oração. A vida conjugal é vivida na presença de Deus e para a glória de Deus, tornando-se mais agradável e bonita.

Então, como já dissemos, a motivação que deve impulsionar as atitudes dos cônjuges não pode ser em medida alguma o amor a si mesmo, pois isso os levará ao pecado. E mesmo que o amor permeie a relação conjugal, o amor ao cônjuge também não deve ser o agente motivador da vida conjugal, por causa de seu caráter instável e idólatra que poderá levar o casamento a crises ou, até, para longe de uma vida agradável a Deus. Nenhum desses “amores” pode ser o fundamento das atitudes do homem, pois são movediços, inseguros para ser alicerce ao coração do ser humano. Portanto, por mais bonito que pareça à vista, o romantismo não deve ser a base da relação conjugal, tendo em vista não ser sólido como a Rocha.

Não podemos deixar de falar sobre 1 Coríntios 13, tendo em vista que o apóstolo Paulo fala do amor como “um caminho sobremodo excelente” (1Co.12.31). Seria o amor, ao qual Paulo se refere, um simples sentimento? O caráter constante e permanente do amor revelado em 1 Coríntios nos mostra que este amor é mais que um sentimento (1Co.13.8). Nas cartas do apóstolo Paulo, o amor sempre aparece como parte de um tripé (fé, amor e esperança) de sua ortopraxia, ou seja, da doutrina prática cristã (Rm.12.9; 1Co.13; 2Co.5.14; Gl.5.22; Ef.5.2; Fp.1.9; Cl.3.14; 1Ts.1.3; 2Ts.3.5; 1Tm.4.12; 2Tm.2.22; Tt.2.2; Fm.1.9). E, diferente dos sentimentos, o amor revelado pela Palavra de Deus é estável, constante, sempre benigno, abnegado, santo, justo e permanente. O amor em 1 Coríntios 13 é o amor divino, amor recebido de Deus para ser praticado em amor a Deus, por isso é tão sublime.

Em Efésios e Colossenses, Paulo diz que o marido deve amar a esposa (Ef.5.25; Cl.3.19). É importante observarmos que o amor com o qual o marido deve amar a esposa não é um mero sentimento, mas o amor de Cristo. O marido deve amar à semelhança de Cristo, sabendo que Jesus deixou claro que o primeiro e grande mandamento é amar a Deus (Mt.22.37). Jesus também afirmou que a obediência do discípulo decorre de seu amor a Deus: “se me amais, guardareis os meus mandamentos” (Jo.14.15). Desse modo, o marido deve amar a esposa por amor a Deus, bem como a esposa deve ser submissa ao marido por amor a Deus. E, por amor a Deus, o casal conseguirá preservar o casamento enquanto Deus conservar ambos com vida.

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