“Por que te glorias na maldade, ó homem poderoso? Pois a bondade de Deus dura para sempre.” (Sl.52.1)
Fofoca e maledicência não são pecados
novos, por mais comuns que estejam em nossos dias, inclusive nas denominações.
Há quem não esteja atento aos danos que esses pecados podem causar enquanto
outras pessoas os praticam para destruir vidas e famílias, propositadamente,
pois é “continuamente mau todo desígnio do seu coração” (Gn.6.5)
O salmo 52 é uma oração imprecatória de
Davi contra Doegue, o edomita que matara os sacerdotes do Senhor, contando a
Saul que Aimeleque ajudara Davi a fugir (1Sm.21-22): “A tua língua urde
planos de destruição; é qual navalha afiada, ó praticadora de enganos! Amas o
mal antes que o bem; preferes mentir a falar retamente. Amas todas as palavras
devoradoras, ó língua fraudulenta!” (Sl.52.2-4).
Nesse salmo, Davi profetiza didaticamente
a destruição de Doegue e de todos que, como ele, fazem mal aos que esperam em
Deus. Davi não poderia vingar a morte de Aimeleque, mas o Senhor mesmo o faria,
pois a Deus pertence a vingança (Dt.32.35): “Também Deus te destruirá para
sempre; há de arrebatar-te e arrancar-te da tua tenda e te extirpará da terra
dos viventes. Os justos hão de ver tudo isso, temerão e se rirão dele, dizendo:
Eis o homem que não fazia de Deus a sua fortaleza; antes, confiava na
abundância dos seus próprios bens e na sua perversidade se fortalecia”
(Sl.52.5-7).
Apesar das Palavras imprecatórias, o foco
do salmo está na confiança que os servos de Deus devem ter no Senhor. O fim dos
ímpios é a destruição eterna, mas os que esperam em Deus serão guardados
debaixo das Asas do Senhor para sempre: “Quanto a mim, porém, sou como a
oliveira verdejante, na Casa de Deus; confio na misericórdia de Deus para todo
o sempre. Dar-te-ei graças para sempre, porque assim o fizeste; na presença dos
teus fiéis, esperarei no teu nome, porque é bom” (Sl.52.8-9).
As Palavras do Senhor são fiéis e
verdadeiras e duram para sempre. Então, quando os homens perversos lhe fizerem
mal, faça como Davi, orando ao Juiz de toda a terra, pois Ele “trabalha para
aquele que nEle espera” (Is.64.4) e sua muita bondade dura para sempre
sobre nós.
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