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terça-feira, 24 de setembro de 2024

Salmo 51

 


Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável.” (Sl.51.10)

 

Há duas grandes dificuldades para os corações. A primeira é reconhecer a glória de Deus, ou seja, o senhorio divino sobre tudo e todos. A segunda é reconhecer a profunda miséria humana, reconhecer que, na verdade, o homem não é senhor da própria vida. Por isso, o evangelho ofende tão profundamente os ouvintes.

Ter uma religião, inclusive cristã, é relativamente fácil para as pessoas. Em linhas gerais, a religião massageia o ego do pecador, pois lhe dá a sensação de ser uma pessoa boa. Todos os assassinos dos profetas, e até do próprio Filho de Deus, eram religiosos.

A grande diferença entre ser religioso e ser verdadeiramente cristão, pode ser vista no salmo 51, um salmo de confissão de Davi. O rei pecou contra Deus. E quando o profeta Natã o exortou através da Palavra do Senhor, o Espírito Santo quebrantou profundamente o coração de Davi, fazendo-o reconhecer sua miséria e dependência.

O salmo 51 é uma dupla confissão de Davi. O rei reconhece seu pecado, na esperança de receber o perdão divino, pois somente Deus é Justo e Justificador do pecador. Davi reconhece que seus cultos e sacrifícios não poderiam livrá-lo de seus pecados, e nem mesmo a religião poderia lhe garantir a salvação, pois somente “ao SENHOR pertence a salvação” (Jn.2.9).

O segundo importante reconhecimento de Davi é a incapacidade de se santificar. Mesmo perdoado de seus pecados, ele não vê em si a esperança de viver uma vida santa. Somente Deus poderia transformar seus pensamentos, purificar seu coração e lhe dar nova vida, um viver realmente agradável aos olhos do Senhor. Assim, tanto a justificação quanto a santificação somente poderiam ser adquiridas pela graça divina.

Portanto, não deixe que a religiosidade engane você. Ainda hoje, pessoas matam e roubam em nome de religiões. Denominações estão cheias de toda hipocrisia e fingimento, orgulho e vaidade, injustiça e maldade. Ser cristão é ter a justiça de Cristo e a santificação do Espírito; é ter um coração quebrantado, no qual Deus opera poderosamente pela Palavra, transformando o pecador na imagem de Jesus (2Co.3.18).

 

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