“Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma.” (Sl.42.1)
Há dois tipos de anseios: a euforia de um
coração alegre que deseja muito desfrutar daquilo que lhe faz bem, e a angústia
de um coração atribulado que anseia muito aquilo que pode consolar sua alma.
Ambos os casos podem e devem ser aplicados ao coração do cristão, pois tanto o
anseio alegre pela presença de Deus quanto o anseio aflito pelo consolo divino
são agradáveis ao Senhor.
No Salmo 42, encontramos um coração
atribulado ansiando a presença consoladora do Senhor. Significa que, para o salmista, há verdadeiro
consolo na presença divina. E apesar de o salmista está longe de Jerusalém, em uma
cidade pagã, ele nutre a esperança do cuidado divino, pois o Senhor é Deus
sobre tudo e sobre todos. Então, ele acalma o próprio coração, dizendo à sua
alma: “Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu”
(Sl.42.5).
Por pior que fosse o momento vivenciado
pelo salmista, Deus havia predito tudo através dos profetas Isaías e Jeremias,
mostrando assim que o Deus de Israel é Senhor, também, da história humana.
Porém, os pagãos não entendem isso, então afligem o coração do salmista,
dizendo: “O teu Deus, onde está?” (Sl.42.10).
O salmista está profundamente triste, pois
os ímpios duvidam da glória do Deus de Israel. Eles zombam do Senhor, pois
acham que o braço forte deles lhes deu a vitória sobre o povo de Deus. Todavia,
o salmista mantém firme sua esperança no Senhor, pois assim como Deus havia
predito a queda de Judá, também havia profetizado a restauração de seu povo
após os 70 anos de cativeiro. E o salmista confia na fidelidade divina. Por
isso, repete para si mesmo: “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te
perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu
auxílio e Deus meu” (Sl.42.11).
O mundo pagão a nosso redor não acredita
na Palavra de Deus. Por isso, sempre duvida do poder de Deus a nosso favor. E
para que você não desanime, mantenha seu coração na Palavra do Senhor,
confiando nas promessas de Deus, pois nada nem ninguém poderá impedir o
cumprimento da vontade divina em sua vida.
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