“Faze-me justiça, ó Deus, e pleiteia a minha causa contra a nação contenciosa; livra-me do homem fraudulento e injusto” (Sl.43.1)
Passei certo tempo olhando para o Salmo 43
sem saber o que escrever. O problema é que ninguém quer ouvir a verdade sobre a
corrupção dentro da igreja cristã brasileira. “Pastores” entorpeceram os
cristãos falando só coisas agradáveis, enquanto roubam seus corações, suas mentes e
suas casas. Olho para meus cinco filhos com a triste sensação de que eles foram
roubados por uma igreja, roubados de seus justos direitos morais e materiais.
São tantas coisas para dizer que fico sem saber o que falar.
Vivemos em um país profundamente corrupto,
de modo que já é possível se considerar a corrupção como elemento da cultura
brasileira (algo absurdo). E o cristianismo que deveria ser sal da terra e luz
do mundo também se corrompeu. Ambição, avareza, inveja, desonestidade têm
guiado os interesses de muitos daqueles que estão (e que não estão) à testa do
cristianismo. Para eles, pecado é não fazer a vontade deles.
O salmo 43 parece continuação do salmo 42.
Considerando assim, o salmista está fazendo alusão aos pagãos para onde os
judeus foram levados no período do cativeiro. O levita, filho de Corá, autor do
salmo, sofre as injustiças de um povo ímpio, que desconhece a santidade do Deus
de Israel. O salmista anseia pelo templo que, parece, não ter caído ainda.
Então, lembra o doce som dos louvores cantados. Como era bom viver debaixo das
asas do Senhor.
O salmo 43, portanto, é um lamento. Ele
nos lembra que estamos no mundo e que, “no mundo, passais por aflições”
(Jo.16.33). Ao mesmo tempo, o salmista não perde sua esperança, “pois tu és
o Deus da minha fortaleza” (Sl.43.2). Por isso, ele mantém viva a confiança
de que voltará e adorará ao Senhor em seu santo templo; uma promessa divina
feita através dos profetas Isaías e Jeremias.
Estamos em um mundo de maldades, pois o
pecado a todos corrompeu. No entanto, não desanime! Jesus venceu o mundo e
prometeu voltar para nos buscar (Mt.25). Portanto, continue clamando ao Justo
Juiz de toda a terra (Lc.18). Deus sempre foi o refúgio de seus filhos e
continuará sendo a nossa segurança.
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