“Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus.” (Sl.51.17)
Uma das primeiras marcas da genuína
conversão é a contrição. Essa foi a primeira evidência do eficaz operar do
Espírito Santo falando pela Palavra de Deus, pregada pelo apóstolo Pedro, ao
coração dos judeus que estavam em Jerusalém, no dia de Pentecostes: “ouvindo
eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos
demais apóstolos: Que faremos, irmãos?” (At.2.37).
São esses homens e mulheres contritos que
formam a igreja de Jesus, o Santuário do Espírito de Deus, o povo do Senhor.
Eles ainda são pecadores, mas o mover do Espírito Santo mantem em seus corações
a contrição, a fim de que sempre estejam prontos para se arrepender de seus
pecados, quando confrontados pela Palavra do Senhor.
Portanto, o pecador se achega ao Reino de
Deus com o coração quebrantado, sentindo-se o mais miserável dos homens, “o
pior dos pecadores” (1Tm.1.15). E na porta do Reino de Deus, encontra diversas
pedras preciosas escritas: arrependimento, humildade, fé, contrição etc. Sendo
uma das pedras precisas, a contrição deve estar presente em toda a caminhada
cristã, tendo em vista que, mesmo justificado, o cristão ainda é um pecador
propenso a diversos pecados, inclusive o orgulho.
Por isso, é necessário que todo servo de
Deus volte seus olhos para o começo de tudo, para a porta de entrada do Reino,
a fim de lembrar sempre que é preciso ter um coração contrito. Ao mesmo tempo,
o cristão deve olhar para as promessas que nos apontam a glória futura, quando
“a trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos
transformados” (1Co.15.52).
Até que Jesus volte para restaurar toda a
criação, o Reino de Deus estará repleto de pecadores. E enquanto essa for a
realidade, seremos a igreja dos contritos, um povo de coração quebrantado
sempre pronto para confessar seus pecados e abandoná-los. E se alguém não tem
um coração contrito, não conhece a Cristo, pois “se dissermos que não temos
cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós”
(1Jo.1.10).
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