“assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros.” (Rm.12.5)
A corrida do ouro e a globalização
impactaram bastante a sociedade. O grito de guerra dos mosqueteiros: “Um por
todos e todos por um”, deu lugar ao dizer popular: “Cada um por si e Deus por
todos”. E numa sociedade individualista, a competitividade estimula a luta de
cada um por seus próprios interesses: no trabalho, nas academias, nas
denominações e, até, nas famílias.
Mas, o Reino de Deus não é assim. E o
primeiro sinal dessa diferença é a cruz do Calvário, pois nela, o Filho de Deus
entregou a sua vida por amor àqueles que Ele mesmo chama de amigos
(Jo.15.13-15). Ele, sendo o melhor de todos, santo, justo e perfeito, trocou
sua recompensa pelos sofrimentos daqueles que eram incapazes de alcançar a
perfeição, a fim de lhes dar a esperança da glória eterna.
Dentre as muitas maravilhosas lições que
Jesus dá a seu povo, encontra-se a cumplicidade, ou seja, a qualidade de ser
companheiro nos momentos bons e ruins da vida; a disposição de estar ao lado do
outro para ajudar a enfrentar os problemas, motivando e dividindo a carga, como
disse o apóstolo Pedro: “sede todos de igual ânimo, compadecidos,
fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes” (1Pe.3.8).
A cumplicidade transmite segurança para as
pessoas. Uma igreja local em que as pessoas se relacionam conforme o mandamento
de Jesus: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu
vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois
meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo.13.34-35), transmite
segurança para todos, porque, nela, sabemos que, independentemente do que
aconteça, jamais seremos traídos ou abandonados.
A cumplicidade, portanto, é uma importante
virtude do cristão. Ela anda ao lado da empatia e da compaixão que, juntas,
formam um ambiente de graça para todos, pois ali o amor de Deus está presente.
Portanto, se desfaça do individualismo moderno e venha desfrutar da bênção de
fazer parte do Corpo de Cristo. E, nele, viver a beleza da cumplicidade entre
aqueles que foram feitos irmãos em Jesus.
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