“Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.” (Fp.1.6)
A vida humana é repleta de processos, a
começar pela gestação. Para nascermos, passamos 9 meses sendo desenvolvidos na
barriga da mãe. E, depois que nascemos, precisamos crescer pouco a pouco, não
somente em estatura e força, mas, sobretudo, em conhecimento e caráter, diante
de Deus e dos homens. E tudo isso leva tempo.
O problema é que nos esquecemos disso,
muitas vezes. Você já ficou doente? Uma simples gripe dura aproximadamente 7
dias para ficar totalmente curada. E problema financeiro, você já teve? Muitas
famílias passam mais de 1 ano para se recuperar da crise financeira. Além
disso, quantos anos foram necessários para que você aprendesse coisas
importantes da vida? Seu amadurecimento durou anos de vida, e, podemos dizer,
ainda está em processo.
Mas, as pessoas esquecem que elas passaram
por muitos processos que duraram dias, meses ou anos. Então, o pai grita com
seus filhos ainda crianças exigindo deles a maturidade que ele mesmo só
adquiriu depois de dezenas de anos. Quando você esquece dos muitos processos
que passou para chegar onde está agora, termina exigindo dos outros a
instantaneidade que não se pode dar.
Até a vida cristã é um processo. Nenhum
cristão torna-se perfeito no momento de sua conversão. O Novo Testamento nos
conta o processo de amadurecimento dos discípulos de Jesus e a paciência que
Cristo teve durante todo o desenvolvimento deles. Jesus não gritou com Pedro,
dizendo: Você tem que ser perfeito agora! Antes, Cristo teve tanta paciência
que suportou todas as falhas de seu discípulo, até mesmo negá-lo três vezes
(Mt.26.75).
Portanto, aprender que a vida é marcada
por processos é tanto um conforto quanto uma exortação. É um conforto, pois
devemos ter paciência com nossos próprios processos, certos de que Deus está
operando em nosso viver a cada dia até que cheguemos à perfeição. E é uma
exortação, porque devemos ser pacientes com os outros, a fim de não exigir
deles aquilo que nem mesmo nós somos capazes de fazer. Então, em vez de cobrar
das pessoas, motive-as a perseverarem até o fim.
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