“Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte” (Mt.5.14)
Em minha infância, era corriqueiro faltar
energia, inclusive à noite. E quando a lua era nova, o bairro inteiro ficava em
total escuridão. Seria necessário acender velas para se enxergar um palmo à
frente do nariz. Nesse momento, víamos como até a mais fraca luz era importante
para iluminar nosso caminho. E como é bom ter, ainda que seja, um feixe singelo
de luz para nos guiar na escuridão.
O pecado trouxe escuridão para a criação.
As mais diversas ideologias dos homens mostram quão distantes estão de ver a
verdade da realidade. O humanismo nega que Deus seja o centro de todas as
coisas; o evolucionismo nega a existência de um Criador; o iluminismo nega que
o homem precise da Escritura, a Revelação divina; o relativismo nega a
existência da Verdade; o feminismo nega as distinções entre o homem e a mulher;
a ideologia de gênero nega que fomos criados homem ou mulher, um para o outro.
Desse modo, o homem segue sua jornada sombria negando a realidade, pois não
consegue vê-la por tão grandes trevas em que se encontra.
Sem esperança e sem Deus no mundo
(Ef.2.12), os pecadores vivem as trevas de uma criação debaixo do pecado,
cheios de toda injustiça, mentira e maldade (Rm.3.10-18). Não há certeza de
nada, nem do presente nem do porvir. Sem Cristo, não há direção alguma para o
pecador que tenta desesperadamente fugir da inevitável morte. Como em noites
escuras, a glória divina está oculta aos olhos das almas perdidas que não
percebem que caminham para um profundo abismo de morte eterna.
Porém, há dois mil anos, um clarão jamais
visto acendeu na terra como uma estrela. Em João 8.12, Jesus disse: “Eu sou
a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz
da vida”. Cristo é a verdadeira luz que guia os pecadores que estão na
escuridão. Ele nos guia até o Pai, sendo Ele mesmo o caminho (Jo.14.6), através
de sua justiça justificadora (Rm.3.26; 5.1). Ele nos revela a Verdade sobre a
realidade do pecado e da salvação. E nos dá esperança de uma nova e eterna vida
cheia de graça, justiça e amor.
Então, “o povo que jazia em trevas viu
grande luz, e aos que viviam na região e sombra da morte resplandeceu-lhes a
luz” (M4.16). E, naqueles que estavam perdidos, acendeu-se o brilho
celeste, um novo viver movido pelo Espírito do Senhor (2Co.3.18), o Filho de
Deus habitando no humilde pecador convertido (Gl.2.20). Assim, a límpida e
forte luz de Jesus passou a ser irradiada pelo seu povo. E como tochas acesas
ao longo de uma estrada, os cristãos cumprem o propósito de guiar os pecadores
ao Senhor e Salvador, a fim de que, em Cristo, vejam a luz divina também neles
brilhar.
Portanto, à igreja aqui na terra não pode
faltar a integridade. Ela precisa ser honesta, verdadeira e fiel; ela deve ser
cheia de amor, graça e misericórdia; ela tem obrigação de ser humilde, abnegada
e dedicada. Porque, se aqueles que foram postos por luz estiverem em escuridão,
quão grandes trevas haverão na sociedade (Mt.6.23). Logo, ao cristão é
indispensável o caráter nobre, de um cidadão que honra sua palavra e glorifica
a Palavra de Deus. Desse modo, todo cristão deve resplandecer a luz de Cristo,
para que a glória de Deus seja vista por todos os homens.
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