Pages

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Daniel (5.1-31) - Tal pai, tal filho

Tu, Belsazar, que és seu filho, não humilhaste o teu coração, ainda que sabias tudo isto” (Dn.5.22)

Educar filhos é algo muito sério e tem resultados que vão muito além de toda a vida, implicações eternas. Uma correta e zelosa educação cristã será o forte fundamento que norteará a vida dos filhos durante todo o curso da história deles, ajudando-os a fazerem boas escolhas que tanto glorificarão a Deus quanto lhes serão de grande proveito por toda a vida. A educação é o poderoso recurso que Deus nos deu para moldar o SER, o modo de VER a vida (cosmovisão) e as ATITUDES do ser humano. Filhos bem-educados saberão viver a vida com sabedoria, se alegrando no pouco e no muito, sendo bons maridos ou boas esposas e, também, bons pais, sabendo desfrutar sensatamente das bem-aventuranças da vida e tendo maturidade para agir e reagir nos piores momentos da jornada, servindo com satisfação no uso de tudo que lhes foi confiado: trabalho, faculdades e bens. São filhos bem-educados que formam uma sociedade justa, amável, trabalhadora e descente. Todavia, filhos mal-educados são desgraça para si mesmos, para a família e para a sociedade.

Chegamos ao quinto capítulo do livro do profeta Daniel e leremos os quatro primeiros versículos dele:

O rei Belsazar deu um grande banquete a mil dos seus grandes e bebeu vinho na presença dos mil.  2 Enquanto Belsazar bebia e apreciava o vinho, mandou trazer os utensílios de ouro e de prata que Nabucodonosor, seu pai, tirara do templo, que estava em Jerusalém, para que neles bebessem o rei e os seus grandes, as suas mulheres e concubinas.  3 Então, trouxeram os utensílios de ouro, que foram tirados do templo da Casa de Deus que estava em Jerusalém, e beberam neles o rei, os seus grandes e as suas mulheres e concubinas.  4 Beberam o vinho e deram louvores aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra. (Dn.5.1-4)

O quinto capítulo do livro de Daniel nos revela o fim do Império Babilônico. Nabucodonosor saiu de cena com um ótimo testemunho registrado no capítulo quatro. Agora, seu filho entra no enredo do livro, como sucessor do trono do pai e, com ele, o reino da Babilônia será derrubado pelos Medo-Persas. Considerando que Nabucodonosor se converteu apenas no final de sua vida, não deveríamos esperar dele uma educação exemplar dada aos filhos. Em geral, os filhos dos reis eram educados pelas mães, principalmente por ser comum que tivessem várias esposas. Desse modo, dificilmente o imperador não tenha negligenciado a educação de seu filho, estando ausente em boa parte de sua vida, no dia a dia, ocupando-se com tudo menos com a educação de seus descendentes. Entretanto, o principal erro do imperador para com a educação de seu filho não foi a ausência, mas os maus exemplos dados em seu comportamento arrogante, leviano, tirano e tolo. Um pai ausente por causa das muitas tarefas que lhes são confiadas é algo ruim, pois o discipulado exige a presença do discipulador. Contudo, pior do que estar ausente é ser mau exemplo para os filhos, pois mesmo que um filho conheça o pai apenas de ouvir falar, seu exemplo de vida ainda será a melhor forma de impactar sua vida.

Daniel não nos conta com quantos anos Nabucodonosor morreu nem quantos anos Belsazar tinha quando começou a reinar nem, ainda, quantos anos reinou na Babilônia. O capítulo cinco simplesmente narra o último dia do reinado do filho de Nabucodonosor. Por meio do comportamento do rei naquele dia, podemos ver algumas marcas deixadas por seu pai ao longo dos anos (antes que Deus tivesse humilhado Nabucodonosor, conforme nos conta o capítulo quatro de Daniel). Desejamos destacar três comportamentos de Belsazar, presentes no capítulo cinco, que nos remetem a educação que seu pai lhe dera através de seu modo de viver ao longo dos anos.

1)      O modo leviano de ser
Todo o capítulo cinco de Daniel se dá em um “grande banquete” que Belsazar deu a mil dos seus grandes nobres (Dn.5.1). Havia bebida em grande quantidade, o suficiente para embriagar o rei e seus convidados. Contudo não deveríamos pensar que a mão e a escritura vistas na parede fossem resultado de embriagues, pois o profeta Daniel, chamado posteriormente, também as viu e ainda as interpretou (Dn.5.13-28). O rei estava “curtindo” seus privilégios reais, esbanjando tudo o que podia diante de seus nobres. Seu pai também esbanjava seus privilégios com as “finas iguarias da mesa real e do vinho que ele bebia” (Dn.1.5), no meio do qual criara seu filho Belsazar. E mesmo que não tenhamos um capítulo contando-nos sobre as festas que Nabucodonosor fazia, não deveríamos esperar que tenham sido muito diferentes daquela que o filho realizou para os nobres. A presença de mulheres na festa, dentre as quais estavam concubinas, nos indica que a festa não somente tinha bebida em abundância, mas, provavelmente, luxúria também. Essa prática não era incomum nas festas de realezas pagãs antigas (Et.1.3), mesmo que algumas pudessem ser mais descentes do que outras. Portanto, Belsazar não estava fazendo algo estranho nem sendo rebelde aos usos e costumes da Babilônia. Ele estava seguindo os hábitos bem conhecidos, pois seu pai os manteve durante, pelo menos, boa parte de sua vida. Seu desenvolvimento ocorreu dentro desse ambiente pagão extravagante em que o rei podia fazer o que quisesse, quase sem limites a suas vontades.

Podemos considerar que Belsazar aprendeu a ser extravagante com seu pai que gostava muito bem de se exibir para todas as pessoas. Com tantas vitórias sobre os povos, Nabucodonosor deixou que a soberba crescesse cada vez mais em seu coração. Ele se gabava de todas as conquistas e riquezas alcançadas. A grande estátua de ouro que ele ergueu para ser objeto de culto (Dn.3) é uma demonstração da extravagancia de Nabucodonosor, mas sua auto exaltação expressa ainda melhor esse modo de ser dele: “falou o rei e disse: Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder e para glória da minha majestade?” (Dn.4.30). É bem possível que todo esse modo de ser de Nabucodonosor tenha sido razão para Daniel não querer comer das finas iguarias de sua mesa, a fim de não se associar aos pecados do imperador (Dn.1.8). Belsazar estava seguindo os passos de seu pai, exibindo-se para os nobres, mostrando aquilo que julgava ser sua glória: comida e bebida em fartura, ouro em abundância, superioridade sobre os povos e muitas mulheres. O filho de Nabucodonosor não foi ensinado a ser sensato e discreto, mas descomedido e exibido, pois seu pai tinha o mesmo comportamento diante do reino.

A santidade da vida dos pais é fundamental para conduzir os filhos à santidade de Deus. Os pais são exemplos em tudo. Lembro-me de uma família em que o filho não falava quase nada, mesmo já estando com, aproximadamente, seis anos. Então, os pais decidiram leva-lo ao médico, a fim de verificar se havia algum problema de saúde. Tendo feito os exames, viram que o menino tinha uma saúde normal. Então, o médico perguntou: vocês conversam com ele em casa? O problema da criança era falta de diálogo dentro da família. Não havendo conversas, o menino não estava desenvolvendo a fala como deveria. Os pais não estavam se dando conta que o desenvolvimento da criança se dá, principalmente, através do exemplo que ela tem dentro da família.

Portanto, não adianta ensinar aos filhos aquilo que não se pratica. Sua família deve ser uma viva oficina para o desenvolvimento dos filhos. Nela, os filhos devem ver os pais praticarem os mandamentos do Senhor, aprendendo pela observação; os pais também devem chamar os filhos para praticarem juntos aquilo que é ensinado por Deus; e, devem motivar os filhos a assumirem responsabilidades que serão supervisionadas, a fim de aperfeiçoar o aprendizado dos filhos (Dt.6.1-25). Desse modo, todo ensino verbalizado será bem fixado no coração dos filhos por meio da observação e da prática. Então, muito dificilmente, os filhos se desviarão da Verdade quando estiverem mais velhos (Pv.22.6). Vejamos alguns exemplos:

1.      Não apenas diga para seu filho que é errado mentir. É necessário que os pais falem apenas a verdade em todo tempo, dentro e fora de casa. Portanto, não façam promessas que não poderão cumprir e quando prometerem algo, cumpram a palavra, mesmo com possíveis prejuízos.
2.      Não apenas mande seus filhos lerem a Bíblia. Chame-os para ler a Bíblia; leia a Palavra de Deus para eles e com eles. Sua prática devocional ensinará aos filhos a importância de ler a Escritura e orar. Chame a família e faça cultos domésticos, ensinando aos filhos que Cristo é o centro do lar.
3.      Não apenas ensine aos filhos a importância de amar o próximo. O marido ame a esposa e a mulher ame o marido dentro e fora de casa (Ef.5.25; Tt.2.4). Os pais passem tempo com os filhos e mostrem o amor por meio da valorização um do outro. Mostrem amor às pessoas de fora, servindo com alegria e amem a igreja mostrando prazer em estar com os irmãos. Todas essas práticas de amor, fixarão bem no coração dos filhos a beleza dos mandamentos de Deus: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt.22.37) e “vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros” (Jo.13.34).

Esses e outros exemplos são ensinados não apenas por meio de palavras. Um marido que não cuida de sua família não pode esperar que os filhos sejam dedicados ao lar quando tiverem casados. Uma esposa que não honra o marido nem é submissa a ele não pode esperar que os filhos saibam tratar o cônjuge quando casarem. Pais que não sejam trabalhadores marcarão os filhos negativamente. Assim, o melhor método para ensinar aos filhos é o exemplo. É assim que Deus nos ensina a educar, e foi dessa forma que Jesus nos deu o exemplo durante seus três anos de ministério educando os discípulos. O discipulado é a melhor forma de ensinar a alguém, pois Deus nos criou para imitar, então o mimetismo é o modo mais eficaz de se aprender.

2)      O desprezo aos outros
Em meio à festa, Belsazar “mandou trazer os utensílios de ouro e de prata que Nabucodonosor, seu pai, tirara do templo, que estava em Jerusalém, para que neles bebessem o rei e os seus grandes, as suas mulheres e concubinas” (Dn.5.2). Belsazar sabia que os utensílios haviam sido consagrados ao Deus de Israel e que, portanto, eram santos, separados para o culto apenas. Todavia, ele solicitou que os trouxessem para os profanar fazendo uso deles em uma festa profana. Desse modo, Belsazar desprezou o Deus de Israel e, também, o povo que bem conhecia (Dn.5.13), pois Daniel, Hananias, Misael e Azarias tornaram-se pessoas importantes na Babilônia (Dn.1.19-21; 2.48-49; 3.29-30; 4.8-9). E para aumentar a culpa de Belsazar, Daniel nos conta que ele sabia de toda a humilhação à qual o Deus de Israel submetera seu pai por causa da arrogância, afinal Nabucodonosor deu testemunho perante todos os povos (Dn.4.1; 5.22). O rei fez pouco caso dos judeus, ofendendo o Deus de Israel enquanto profanava os objetos sagrados da religião desse povo.

No livro de Habacuque, Deus disse que suscitaria, contra Judá, “os caldeus, nação amarga e impetuosa, que marcham pela largura da terra, para apoderar-se de moradas que não são suas” (Hc.1.6). Portanto, o desprezo dos Caldeus pelos outros povos era algo antigo e Nabucodonosor encabeçou isso muito bem. Belsazar, então, aprendeu “direitinho” a tratar as outras pessoas com desprezo, fazendo pouco caso até mesmo daquilo que é mais importante para elas: Deus. Diferente do Império greco-macedônio que permitia a preservação da cultura de cada povo conquistado, os babilônios tinham uma política menos diplomática. Na ocasião da festa, o rei não estava em contexto de guerra em que, geralmente, se comemorava a superioridade de um povo sobre o outro e a suposta superioridade dos deuses pessoais sobre os deuses daqueles que foram derrotados. Essa prática era comum e fazia parte do contexto da guerra, como podemos ver no cântico de Moisés, em Êxodo 15. Mas, no capítulo cinco de Daniel, Belsazar está satisfazendo seus caprichos, humilhando os judeus e sua religião e afrontando do Deus ao qual serviam.

Devemos observar que na ocasião da festa, Daniel e seus amigos, que também eram pessoas importantes (Dn.1.19-20; 2.48-49; 3.30; 5.11), não estavam presentes. Por que? Por causa de suas crenças: os mandamentos de Deus. Eles não se envolviam com as comemorações pagãs da Babilônia, como demonstrou Hananias, Misael e Azarias no capítulo três. Por causa da firmeza dos judeus em rejeitar os maus costumes de outros povos, durante o período do cativeiro, eles ficaram conhecidos (Dn.3.8,12). Belsazar, portanto, sabia muito bem a importância do sagrado para esse povo que procurava viver uma vida santa, separada dos maus hábitos dos demais povos (Dn.1.8). Nabucodonosor havia colocado Daniel por chefe dos sábios e magos do Império (Dn.2.48; 4.9; 5.11) e o testemunho dele permaneceu exemplar, como vemos em todo o livro de Daniel. Contudo, mesmo depois de todo o testemunho que ele e seus três amigos deram e todos os benefícios que Daniel trouxe para a Babilônia, servindo a Nabucodonosor, Belsazar não respeitou a religião dos judeus nem reconheceu a nobreza deles e a grandeza do Deus de Israel. Belsazar simplesmente desprezou o povo e seu Deus.

Como você trata as pessoas? Como o esposo está tratando a esposa, seus gostos, sonhos, vontades? Como a esposa trata aquilo que é importante para o marido? Como os pais estão lidando com os feitos de seus filhos, suas brincadeiras, descobertas e aprendizados? Estão valorizando aquilo que é importante para o próximo? Muitas vezes, aquilo que é insignificante para uma pessoa é importante para a outra. Não me refiro a escolhas boa e ruins, mas ao subjetivismo da pessoalidade. Será que somente aquilo que você pensa, gosta, faz ou diz é importante? Será que somente você é capaz de coordenar um grupo ou mesmo presidir um Concílio? Será que outras pessoas não tem boas ideias e bons planos? Somente você sabe o que é melhor para a família, para a igreja, para a empresa, para a sociedade? Nas redes sociais, muitos cristãos tem debatido teologia em tom de desprezo como se o estudo da Palavra de Deus fosse algo simplório, esquecendo que os cristãos do outro lado também levam a sério suas conclusões, mesmo que estejam erradas. O hábito de desprezar torna a sociedade em uma colcha de retalhos em que cada um só pensa em seu “próprio umbigo”. Filhos egoístas, que não compartilham, é só o começo desse pecado.

3)      O profundo orgulho
Nabucodonosor é retratado, no livro de Daniel (Dn.2-4), como um rei extremamente orgulhoso. Soberba era o “sobrenome” daquele imperador, de modo que podemos imaginar a forma como ele tratava seus servos e até suas esposas e filhos. A arrogância não escolhe nomes nem grau de intimidade. O orgulhoso age com arrogância tanto dentro quanto fora de casa, tanto entre amigos quanto em meio aos inimigos. A soberba é uma deformação da cosmovisão em que o indivíduo se acha melhor que os demais e tudo o que é seu é considerado superior ao que pertence aos outros. Para isso, não é necessário ter algo em especial, pois o orgulho também pode ser encontrado naqueles que pouco tem a oferecer, já que a soberba cega o entendimento, impossibilitando o pecador de ver o óbvio. De um modo infantil, o arrogante acha que o mundo gira em torno dele, onde suas opiniões, pensamentos, vontades, gostos, ações, palavras e planos são tratados sempre como superiores aos demais. Até os pecados são medidos de forma desigual, pois seus erros são justificáveis, mas as falhas alheias são indesculpáveis. E mesmo que um povo arrogante venha a se acostumar com tal pecado em seu meio, ele também afetará as relações entre seus cidadãos. Assim, o orgulho é capaz de consumir uma sociedade, como um vírus contagioso.

Portanto, devemos considerar as muitas vezes em que Belsazar viu seu pai agir com soberba diante das pessoas, incluindo sua própria família. Todo ser humano nasce pecador e, portanto, inclinado naturalmente para a arrogância. Contudo, assim como os demais pecados, o orgulho também é potencializado na educação familiar. Foi em sua casa que Belsazar desenvolveu o pecado chamado orgulho. Por isso, não nos é estranho ver o rei Belsazar agir arrogantemente na ocasião da festa do capítulo cinco do livro. Daniel se dirige ao imperador, dizendo: “não humilhaste o teu coração” (Dn.5.22), mesmo conhecendo tudo o que Deus fez e disse nos dias de Nabucodonosor, sabendo que “Deus, o Altíssimo, tem domínio sobre o reino dos homens e a quem quer constitui sobre ele” (Dn.5.21). O orgulho cegou o entendimento de Belsazar, impossibilitando-o de ver até aquilo que era tão claro: os sinais da glória do Senhor manifestos diante de seu pai, Nabucodonosor.

O orgulho é um perigosíssimo pecado que consome tudo ao redor da pessoa. O orgulhoso se dá bem com pessoas às quais consegue manipular, anulando-as no dia a dia, pois, em sua visão, tudo gira em torno dele. Contudo, isso não significa que esteja tudo bem, mas, apenas, que as demais pessoas conseguem se anular para manter um bom relacionamento com o orgulhoso, pois este é incapaz de perceber que vive em função de si mesmo. Com o passar do tempo, o relacionamento com o soberbo se torna pesado, pois a necessidade de se anular para preservar o relacionamento com ele torna-se cada dia mais cansativa. E mesmo que esse pecado seja natural do ser humano, ele se desenvolve dentro de uma família igualmente orgulhosa ou, pelo menos, displicente. Por essa razão, é possível encontrarmos a arrogância como pecado partilhado por uma cidade, estado ou mesmo nação. Isso não é bonito e não deve ser confundido com um patriotismo saudável. A soberba é um pecado e gera muitos outros pecados. Portanto, deve ser tão combatida quanto combatemos o furto, o assassinato, a corrupção, as injustiças, as heresias etc.

Em vista disso, é fundamental que o orgulho natural do ser humano seja quebrado desde cedo dentro do lar. Uma família humilde proporcionará um ambiente saudável para que os filhos sejam humildes também. Homens humildes tem tudo para ser bons líderes que sabem valorizar os liderados. Mulheres humildes são grandes auxiliadoras, pois estão prontas para servir e ser conduzidas pelo marido. Pais humildes são capazes de reconhecer quando erram, mesmo diante de seus filhos. Uma sociedade, em que as pessoas aprenderam a ser humildes dentro de casa, estará refletindo a beleza da humildade de Jesus Cristo, o Filho de Deus, o Senhor dos senhores e Rei dos reis que a si mesmo se humilhou indo até a cruz para nos salvar (Fp.2.5-8).


Todo esse modo de ser pecaminoso de Belsazar atraiu a condenação do Senhor sobre ele. Bem que o rei poderia ter evitado o juízo divino sobre si, caso tivesse aprendido com a lição que fora dada a seu pai, conforme o capítulo quatro do livro. Contudo, a queda da Babilônia naquele dia é relacionada ao comportamento que o filho de Nabucodonosor teve no dia da festa. Belsazar deveria ter reconhecido a santidade, a glória e o domínio do Deus de Israel, mas preferiu despreza-lo. Se Nabucodonosor tivesse recebido a oportunidade de ver o que seu filho se tornara e os males que atraiu sobre si mesmo e para seu povo, provavelmente teria lamentado todo mau exemplo que lhe dera durante sua vida.

A família é o importante ambiente em que os filhos, criados à imagem e semelhança de Deus (Gn.1.26-27) são educados para que se tornem parecidos com Jesus. Uma vez que os filhos também são imagem dos pais (Gn.5.3), nascem com a natureza igualmente corrompida, carecendo de grande auxílio para dominá-la. Os pais devem ser esse instrumento gracioso que ajudará os filhos a vencer a natureza pecadora enquanto eles são ensinados a fazer aquilo que é bom e agradável a Deus. Nesse ambiente, os filhos aprendem a pureza, o amor e a humildade vendo na relação familiar os exemplos práticos, para que todo ensino seja bem fixado na mente e no coração. Nenhuma escola, por melhor que seja (aos olhos da sociedade secularizada) poderá substituir a educação familiar e seu modelo bíblico de ensino-aprendizado: o discipulado. Então, seja exemplo para seus filhos em todo o processo de educação deles e aproveite cada momento concedido por Deus lhes ensinar a Palavra do Senhor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário