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terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Vaidade



Ah, epiderme homem de olhar disforme e entendimento devoluto.

Quem esclarecerá sua efêmera vida de imorredouro destino aterrador?


Se se gloria naquilo que tange seus atarantados sentidos corrompidos,

Mas ignora as mais belas promessas de infindável valia imensurável.


Que faz de suas obras, acessórias à história divina, protagonista singular,

Mas avilta a irremovível e inalterável vontade redentiva do Todo-Poderoso.


Que à politia devota adoração e à traditio chama minha deusa,

E por elas destrói o templo do único e verdadeiro Deus: o homem,

Esculpido pelas mãos do Oleiro divino, soprado pelo vivificante hálito do Criador,

Erguido pelo sangue do Cordeiro divino e talhado pelo Espírito do Senhor.


Que voraz consome ouro e planta vãos tesouros, ambição de seus olhos.

E, assim, torna líquida a própria vida que já rapidamente se esvai para a lúgubre foz.


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