“Bem-aventurado
aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos!” (Sl.128.1)
A sociedade está frágil, como uma mulher, sujeita a todos os
ataques do inimigo. Não é sem razão que nossa época esta envolta em muito
sentimentalismo. Desde a renascença, com o regresso do humanismo pagão
greco-romano, a masculinidade vem sendo atacada de todas as formas, a fim de
ser substituída pelo feminismo. Mas, em vez de os homens cristãos lutarem para
preservar a pureza e a virilidade da masculinidade segundo Cristo, eles
baixaram a guarda. O gesto honroso que nobres cavaleiros medievais faziam em
sinal de respeito e lealdade a grandes líderes, ajoelhando-se perante reis e
autoridades religiosas, foi transferido para a relação romântica: a famosa
imagem de um homem prostrado perante uma mulher para pedi-la em casamento.
Infelizmente, poucas pessoas conseguem perceber nas
sutilezas daquilo que o mundo faz e estipula os problemas e os perigos pagãos. A
relação entre Cristo e a igreja deixou de ser o perfeito modelo para a relação
entre o homem e a mulher. Enquanto Cristo exige ser respeitado, honrado e
adorado pela igreja, o feminismo inverteu os papeis transformando a mulher em uma
deusa, diante da qual o homem se prostra para oferecer-lhe os mais profundos
poemas que mais se parecem com expressões de adoração a alguém que se tornou a
causa e o propósito da vida daquele homem, conforme nos mostra claramente a
usual expressão: “Eu não existo sem você”. E desse modo, filmes retratam
homens que perderam a razão de viver após a perda da mulher, como se ela desse
sentido à sua existência. Esse não é o modelo de Cristo, pois o Senhor Jesus
jamais agiria desse modo.
O pai de Peppa Pig não somente é um porco, mas é um bobão.
Ele é atrapalhado e faz muita besteira. Além disso, a própria filha o chama de:
“papai bobinho”. O mesmo acontece com Homer Simpson (Os Simpsons), Julius Rock
(Todo mundo odeia o Chris), Lineu Silva (A Grande Família), Joe Kingman
(Treinando o papai) e muitos outros pais da TV. Esses são alguns dos pais que
possuem uma imagem negativa e fazem o maior sucesso exatamente por serem bobos,
imaturos, inseguros, desengonçados e incapazes de liderar a própria família. Uma
imagem jocosa, sempre inferior à mulher descrita como madura, independente,
forte, inteligente etc. O mais triste em tudo isso é que essa ridícula
caricatura do masculino tem sido aderida por muitos homens. Desse modo, o homem
mudou a beleza de sua imagem feita à semelhança de Cristo (1Co.11.7) para outra
completamente deformada e que, portanto, é incapaz de expressar a glória do
varão perfeito: Jesus (Ef.4.13).
O que fazer com essa triste realidade? Muda-la por Cristo
Jesus!!! O profeta Isaías anunciou para Israel que um dos males que viriam
sobre a nação seria a falta de homens, principalmente capazes de liderar o povo
de Deus: “Os opressores do meu povo são crianças, e mulheres estão à testa
do seu governo. Oh! Povo meu! Os que te guiam te enganam e destroem o caminho
por onde deves seguir.” (Is.3.12). O paganismo mudou a ordem divina, dando
à mulher o papeis do homem e ao homem as funções da mulher. Até no cristianismo
mulheres assumem a condução do culto e a liderança da igreja enquanto homens se
comportam como “auxiliadores” das mulheres. E sem homens capazes de lutar por
Cristo e por sua igreja, a noiva do Cordeiro tem sido abusada de todas as
formas por aquele que é seu arqui-inimigo: Satanás.
Precisamos reagir ao feminismo tanto dentro quanto fora da
igreja. Para isso, os homens precisam começar com o arrependimento e confissão
de pecado. Deus tem entregue a presente sociedade ao pecado para sua própria vergonha
e juízo. Portanto, os homens precisam reconhecer que são culpados do estado em
que se encontra o mundo, confessando o pecado de negligência e desonra ao Filho
de Deus, por não estarem vivendo a masculinidade segundo Cristo. É obrigação de
todo homem honrar o Senhor Jesus por meio da imitação, vivendo a masculinidade
segundo o Primogênito para quem todas as coisas foram criadas e entregues
(Cl.1.15-18). O verdadeiro arrependimento é o início para a restauração da
masculinidade, pois todo verdadeiro arrependimento gera frutos e coloca o
arrependido na dependência do poder de Deus que opera por meio do Espírito
Santo e da Escritura Sagrada.
O segundo passo necessário é assumir a masculinidade segundo
Cristo, a fim de que toda a sociedade seja liderada por homens honrosos,
valorosos, corajosos, valentes, fortes, sábios, amorosos, dedicados, obedientes
e fiéis. Os homens precisam assumir que toda a responsabilidade da vida social
lhe foi entregue por Deus. No início do sexto dia da criação, Deus fez o homem
e lhe deu três ordenanças (Gn.2.15-17): Cultivar a criação (trabalho), guardar
a criação (proteção) e santificar a criação (adoração). Adão deveria conduzir
toda a criação trabalhando nela e por ela, guardando-a de todo mal e
santificando-a num contínuo gesto de adoração por meio da obediência a Deus.
Somente no final do sexto dia da criação, Deus criou a mulher, a partir da
costela de Adão, para que lhe fosse uma auxiliadora, ou seja, para que Adão
fosse ajudado por ela no cumprimento da tríplice missão; não para que a mulher
o substituísse.
Portanto, os homens precisam agir como responsáveis por toda
a criação. Isso significa que o homem precisa cuidar de sua família, incluindo
a casa onde ela reside. Imitar o sacrifício de Cristo por sua igreja não é agir
como um devoto prostrado perante uma deusa. Jesus entregou sua vida pela igreja
não porque dependia dela nem porque a amava mais do que tudo nem coisa
semelhante. O Filho de Deus agiu como um valoroso homem obedecendo aos três
mandatos que Deus havia dado para Adão (Gn.2.15-17; Jo.17). Deus é a razão
primária para o homem agir como homem segundo Cristo. Então, é preciso que os
homens ajam valorosamente como valentes guerreiros que não desistem de lutar
pela família, pela igreja, pela sociedade e pela criação até que cumpram sua
missão, assim como Jesus que foi até a cruz sem desistir.
Então, comece sua jornada de restauração da masculinidade
assumindo toda a responsabilidade sobre seu lar. Trabalhe por sua família,
protege sua casa e conduza a Cristo todos aqueles que Deus lhe confiou. Seja
forte para dar o máximo de si, a fim de que sua família tenha vida por meio de
seu constante sacrifício (Ef.5.25-27; 6.4). Pare de substituir suas
responsabilidades por distrações de interesse particular. Até a lazer do homem
deve ser associado àqueles que ele cuida, amando a esposa e lhe dando prazer,
cuidando dos filhos e alegrando o coração deles. Nem as mulheres nem os filhos
precisam de homens que digam “sim” para tudo o que querem fazer. Eles precisam
de homens sábios que façam o que é melhor para eles, mesmo que seja dizer
“não”. Então, conduza o lar segundo a Palavra de Deus!
Por fim, seja exemplo na vida social e eclesiástica,
assumindo a liderança de tudo. As nações precisam de homens exemplares
liderando o povo com coragem e firmeza, assim como a igreja precisa de homens
que sejam modelos na oração, no conhecimento da Escritura, na obra do Senhor,
na organização, na condução de todas as coisas. Quando mulheres assumem o
governo e o culto a Deus revelam que a nação e a igreja estão fragilizadas, sem
homens capazes de assumir tal responsabilidade determinada por Deus. Então, não
negligencie seu papel e lute por aqueles que Deus lhe confiou, lembrando-se “ser
Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça
de Cristo [...] por ser o homem imagem e glória de Deus, mas a mulher é glória
do homem. Porque o homem não foi feito da mulher, e sim a mulher, do homem.
Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, e sim a mulher, por
causa do homem” (1Co.11.3,7-9)
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