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terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Restaurando a masculinidade

Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos!” (Sl.128.1)

A sociedade está frágil, como uma mulher, sujeita a todos os ataques do inimigo. Não é sem razão que nossa época esta envolta em muito sentimentalismo. Desde a renascença, com o regresso do humanismo pagão greco-romano, a masculinidade vem sendo atacada de todas as formas, a fim de ser substituída pelo feminismo. Mas, em vez de os homens cristãos lutarem para preservar a pureza e a virilidade da masculinidade segundo Cristo, eles baixaram a guarda. O gesto honroso que nobres cavaleiros medievais faziam em sinal de respeito e lealdade a grandes líderes, ajoelhando-se perante reis e autoridades religiosas, foi transferido para a relação romântica: a famosa imagem de um homem prostrado perante uma mulher para pedi-la em casamento.

Infelizmente, poucas pessoas conseguem perceber nas sutilezas daquilo que o mundo faz e estipula os problemas e os perigos pagãos. A relação entre Cristo e a igreja deixou de ser o perfeito modelo para a relação entre o homem e a mulher. Enquanto Cristo exige ser respeitado, honrado e adorado pela igreja, o feminismo inverteu os papeis transformando a mulher em uma deusa, diante da qual o homem se prostra para oferecer-lhe os mais profundos poemas que mais se parecem com expressões de adoração a alguém que se tornou a causa e o propósito da vida daquele homem, conforme nos mostra claramente a usual expressão: “Eu não existo sem você”. E desse modo, filmes retratam homens que perderam a razão de viver após a perda da mulher, como se ela desse sentido à sua existência. Esse não é o modelo de Cristo, pois o Senhor Jesus jamais agiria desse modo.

O pai de Peppa Pig não somente é um porco, mas é um bobão. Ele é atrapalhado e faz muita besteira. Além disso, a própria filha o chama de: “papai bobinho”. O mesmo acontece com Homer Simpson (Os Simpsons), Julius Rock (Todo mundo odeia o Chris), Lineu Silva (A Grande Família), Joe Kingman (Treinando o papai) e muitos outros pais da TV. Esses são alguns dos pais que possuem uma imagem negativa e fazem o maior sucesso exatamente por serem bobos, imaturos, inseguros, desengonçados e incapazes de liderar a própria família. Uma imagem jocosa, sempre inferior à mulher descrita como madura, independente, forte, inteligente etc. O mais triste em tudo isso é que essa ridícula caricatura do masculino tem sido aderida por muitos homens. Desse modo, o homem mudou a beleza de sua imagem feita à semelhança de Cristo (1Co.11.7) para outra completamente deformada e que, portanto, é incapaz de expressar a glória do varão perfeito: Jesus (Ef.4.13).

O que fazer com essa triste realidade? Muda-la por Cristo Jesus!!! O profeta Isaías anunciou para Israel que um dos males que viriam sobre a nação seria a falta de homens, principalmente capazes de liderar o povo de Deus: “Os opressores do meu povo são crianças, e mulheres estão à testa do seu governo. Oh! Povo meu! Os que te guiam te enganam e destroem o caminho por onde deves seguir.” (Is.3.12). O paganismo mudou a ordem divina, dando à mulher o papeis do homem e ao homem as funções da mulher. Até no cristianismo mulheres assumem a condução do culto e a liderança da igreja enquanto homens se comportam como “auxiliadores” das mulheres. E sem homens capazes de lutar por Cristo e por sua igreja, a noiva do Cordeiro tem sido abusada de todas as formas por aquele que é seu arqui-inimigo: Satanás.

Precisamos reagir ao feminismo tanto dentro quanto fora da igreja. Para isso, os homens precisam começar com o arrependimento e confissão de pecado. Deus tem entregue a presente sociedade ao pecado para sua própria vergonha e juízo. Portanto, os homens precisam reconhecer que são culpados do estado em que se encontra o mundo, confessando o pecado de negligência e desonra ao Filho de Deus, por não estarem vivendo a masculinidade segundo Cristo. É obrigação de todo homem honrar o Senhor Jesus por meio da imitação, vivendo a masculinidade segundo o Primogênito para quem todas as coisas foram criadas e entregues (Cl.1.15-18). O verdadeiro arrependimento é o início para a restauração da masculinidade, pois todo verdadeiro arrependimento gera frutos e coloca o arrependido na dependência do poder de Deus que opera por meio do Espírito Santo e da Escritura Sagrada.

O segundo passo necessário é assumir a masculinidade segundo Cristo, a fim de que toda a sociedade seja liderada por homens honrosos, valorosos, corajosos, valentes, fortes, sábios, amorosos, dedicados, obedientes e fiéis. Os homens precisam assumir que toda a responsabilidade da vida social lhe foi entregue por Deus. No início do sexto dia da criação, Deus fez o homem e lhe deu três ordenanças (Gn.2.15-17): Cultivar a criação (trabalho), guardar a criação (proteção) e santificar a criação (adoração). Adão deveria conduzir toda a criação trabalhando nela e por ela, guardando-a de todo mal e santificando-a num contínuo gesto de adoração por meio da obediência a Deus. Somente no final do sexto dia da criação, Deus criou a mulher, a partir da costela de Adão, para que lhe fosse uma auxiliadora, ou seja, para que Adão fosse ajudado por ela no cumprimento da tríplice missão; não para que a mulher o substituísse.

Portanto, os homens precisam agir como responsáveis por toda a criação. Isso significa que o homem precisa cuidar de sua família, incluindo a casa onde ela reside. Imitar o sacrifício de Cristo por sua igreja não é agir como um devoto prostrado perante uma deusa. Jesus entregou sua vida pela igreja não porque dependia dela nem porque a amava mais do que tudo nem coisa semelhante. O Filho de Deus agiu como um valoroso homem obedecendo aos três mandatos que Deus havia dado para Adão (Gn.2.15-17; Jo.17). Deus é a razão primária para o homem agir como homem segundo Cristo. Então, é preciso que os homens ajam valorosamente como valentes guerreiros que não desistem de lutar pela família, pela igreja, pela sociedade e pela criação até que cumpram sua missão, assim como Jesus que foi até a cruz sem desistir.

Então, comece sua jornada de restauração da masculinidade assumindo toda a responsabilidade sobre seu lar. Trabalhe por sua família, protege sua casa e conduza a Cristo todos aqueles que Deus lhe confiou. Seja forte para dar o máximo de si, a fim de que sua família tenha vida por meio de seu constante sacrifício (Ef.5.25-27; 6.4). Pare de substituir suas responsabilidades por distrações de interesse particular. Até a lazer do homem deve ser associado àqueles que ele cuida, amando a esposa e lhe dando prazer, cuidando dos filhos e alegrando o coração deles. Nem as mulheres nem os filhos precisam de homens que digam “sim” para tudo o que querem fazer. Eles precisam de homens sábios que façam o que é melhor para eles, mesmo que seja dizer “não”. Então, conduza o lar segundo a Palavra de Deus!

Por fim, seja exemplo na vida social e eclesiástica, assumindo a liderança de tudo. As nações precisam de homens exemplares liderando o povo com coragem e firmeza, assim como a igreja precisa de homens que sejam modelos na oração, no conhecimento da Escritura, na obra do Senhor, na organização, na condução de todas as coisas. Quando mulheres assumem o governo e o culto a Deus revelam que a nação e a igreja estão fragilizadas, sem homens capazes de assumir tal responsabilidade determinada por Deus. Então, não negligencie seu papel e lute por aqueles que Deus lhe confiou, lembrando-se “ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo [...] por ser o homem imagem e glória de Deus, mas a mulher é glória do homem. Porque o homem não foi feito da mulher, e sim a mulher, do homem. Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, e sim a mulher, por causa do homem” (1Co.11.3,7-9)

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