“na Tua presença há
plenitude de alegria, na Tua destra, delícias perpetuamente” (Sl.16.11)
A felicidade foi e
continua sendo uma questão discutida por filósofos e religiosos do mundo todo.
Afinal, quem não quer ser feliz? A busca pela felicidade faz parte dos anseios
do amor próprio. Mas, como o ser humano alcança a felicidade? Ela é possível de
ser alcançada? O que é a felicidade?
Muitos assuntos tratados
como conceitos no universo do conhecimento secular, são tratados de forma mais
objetiva e pessoal pelo cristianismo. Conforme a Escritura, a Verdade não é
apenas a relação correta entre o objeto e o juízo, mas uma Pessoa, Cristo
Jesus: “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o
caminho, e a verdade, e a vida” (Jo.14.6). Também o amor não é apenas um
sentimento ou algo abstrato, pois o apóstolo João nos diz que “Deus é amor” (1Jo.4.8) e este amor foi
manifesto em atitude, pois “Deus prova o
seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo
nós ainda pecadores” (Rm.5.8).
De modo semelhante,
podemos dizer que a felicidade é mais que um conceito e encontra-se não apenas
na virtude e justiça, como dizia Sócrates; nem na alma do sujeito, como pensou
Platão; muito menos em uma vida ascética, como entendiam outros filósofos e,
também, teólogos. A felicidade também nos remete para uma pessoa, Cristo Jesus:
“Servi
ao SENHOR com temor e alegrai-vos nele com tremor” (Sl.2.11)
“Alegrai-vos
no SENHOR e regozijai-vos, ó justos; exultai, vós todos que sois retos de
coração” (Sl.32.11)
“Alegrai-vos,
pois, filhos de Sião, regozijai-vos no SENHOR, vosso Deus” (Jl.2.23)
“Alegrai-vos
sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos” (Fp.4.4).
“alegrai-vos
na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que
também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando” (1Pe.4.13)
A felicidade tanto
envolve a mente quanto o coração, tanto a consciência quanto o estado da alma,
pois está relacionada à presença/relacionamento do Criador em/com suas
criaturas. Todo ser humano possui um vazio em sua alma, como se algo tivesse
sido tirado dela. A perda da plena comunhão com o Criador deixou um vazio no
homem, pois a felicidade encontra-se naquele que nos criou para sermos felizes
nEle, então Cristo pagou o preço da redenção para restaurar essa felicidade,
nEle.
Mas, o que é felicidade?
Felicidade é a plenitude do ser, que estando completo não sente necessidade de
nada mais. Uma pessoa realmente feliz está sempre satisfeita, como Paulo que
aprendeu “a viver contente em toda e
qualquer situação” (Fp.4.11). Esse era o estado de Adão e Eva, antes da
queda. Eles não sentiam falta de nada mais, pois estavam completos em Deus. Por
isso, Satanás precisou enganá-los, à semelhança do que faz o marketing
comercial de nossos dias tentando convencer-nos de que precisamos comprar algo
que não é realmente necessário. O diabo iludiu Eva, fazendo com que acreditasse
que precisava de algo que não era necessário: o conhecimento do bem e do mal.
Ao deixar-se iludir, Deus deixou de ser suficiente para a mulher que cobiçou o
fruto proibido e o comeu (Gn.3). Veio, então, a infelicidade, o vazio da alma,
a privação da plenitude da presença de Deus.
E, por que Cristo é a
felicidade do homem? Pessoas sem Cristo não poderiam ser felizes? Se você
entende felicidade por um bem-estar momentâneo, uma alegria sentida
ocasionalmente, então, afirmará que qualquer pessoa pode ser feliz. A
felicidade, nesse caso, seria algo subjetivo, ou seja, interno ao sujeito, e
relativo, pois mudaria de uma pessoa para a outra, tornando-se praticamente
indefinida. Mas, a mesma pessoa que desfrutou de momentos alegres na vida,
também encontrará desventuras em sua alma e, por fim, a morte e seus temores,
com suas implicações (Ec.12.14). Poderíamos dizer que alguém com momentos
alegres é realmente feliz? Não devemos reduzir a felicidade à temporalidade e
espacialidade de nossa vida fugaz, pois tudo nesse mundo é imperfeito e
passageiro.
Por não encontrar a
felicidade, o preenchimento do vazio da alma, o homem procura, ao longo da
história, algo que o satisfaça definitivamente quer em filosofias quer em
experiências, seja em coisas boas seja em ruins, tanto nos relacionamentos
quanto na solidão, na luxúria ou no asceticismo. Vem geração e vai geração e o
mundo não consegue encontrar respostas eficazes para a necessidade mais
profunda da alma humana, porque só há uma solução: Cristo.
Portanto, a felicidade
está mais acessível ao homem do que muitos pensadores espalhados pelo mundo têm
cogitado, pois Jesus nos chama para sermos felizes nEle (Mt.11.28-29). A
felicidade está ao alcance de todo aquele que “tem ouvidos para ouvir” (Lc.8.8), sem qualquer acepção de pessoa,
sendo ofertada gratuitamente por meio da pregação do Evangelho de Cristo. A
porta de acesso a esta felicidade é a verdadeira fé em Cristo, demonstrada por
meio de uma entrega completa da vida ao Senhor, a fim de que Ele viva em você.
Há um vazio no coração do
homem e esta geração está tentando preencher comprando, passeando, comendo,
bebendo, trabalhando etc., mas nada disso satisfará sua alma, de modo que o
vazio permanece dia após dia. Contudo, Jesus chama para preencher esse vazio,
restaurando sua vida perdida por meio do Espírito e da Palavra de Deus, a fim
de que tenha um eterno e pleno relacionamento com o Criador. Nele, você se
sentirá completo, pleno e satisfeito, pois Ele basta. E independentemente de onde
você esteja, desfrutará da felicidade de Cristo Jesus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário