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quarta-feira, 5 de junho de 2019

Você é feliz?


na Tua presença há plenitude de alegria, na Tua destra, delícias perpetuamente” (Sl.16.11)

A felicidade foi e continua sendo uma questão discutida por filósofos e religiosos do mundo todo. Afinal, quem não quer ser feliz? A busca pela felicidade faz parte dos anseios do amor próprio. Mas, como o ser humano alcança a felicidade? Ela é possível de ser alcançada? O que é a felicidade?

Muitos assuntos tratados como conceitos no universo do conhecimento secular, são tratados de forma mais objetiva e pessoal pelo cristianismo. Conforme a Escritura, a Verdade não é apenas a relação correta entre o objeto e o juízo, mas uma Pessoa, Cristo Jesus: “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (Jo.14.6). Também o amor não é apenas um sentimento ou algo abstrato, pois o apóstolo João nos diz que “Deus é amor” (1Jo.4.8) e este amor foi manifesto em atitude, pois “Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm.5.8).

De modo semelhante, podemos dizer que a felicidade é mais que um conceito e encontra-se não apenas na virtude e justiça, como dizia Sócrates; nem na alma do sujeito, como pensou Platão; muito menos em uma vida ascética, como entendiam outros filósofos e, também, teólogos. A felicidade também nos remete para uma pessoa, Cristo Jesus:

“Servi ao SENHOR com temor e alegrai-vos nele com tremor” (Sl.2.11)

“Alegrai-vos no SENHOR e regozijai-vos, ó justos; exultai, vós todos que sois retos de coração” (Sl.32.11)

“Alegrai-vos, pois, filhos de Sião, regozijai-vos no SENHOR, vosso Deus” (Jl.2.23)

“Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos” (Fp.4.4).

“alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando” (1Pe.4.13)

A felicidade tanto envolve a mente quanto o coração, tanto a consciência quanto o estado da alma, pois está relacionada à presença/relacionamento do Criador em/com suas criaturas. Todo ser humano possui um vazio em sua alma, como se algo tivesse sido tirado dela. A perda da plena comunhão com o Criador deixou um vazio no homem, pois a felicidade encontra-se naquele que nos criou para sermos felizes nEle, então Cristo pagou o preço da redenção para restaurar essa felicidade, nEle.

Mas, o que é felicidade? Felicidade é a plenitude do ser, que estando completo não sente necessidade de nada mais. Uma pessoa realmente feliz está sempre satisfeita, como Paulo que aprendeu “a viver contente em toda e qualquer situação” (Fp.4.11). Esse era o estado de Adão e Eva, antes da queda. Eles não sentiam falta de nada mais, pois estavam completos em Deus. Por isso, Satanás precisou enganá-los, à semelhança do que faz o marketing comercial de nossos dias tentando convencer-nos de que precisamos comprar algo que não é realmente necessário. O diabo iludiu Eva, fazendo com que acreditasse que precisava de algo que não era necessário: o conhecimento do bem e do mal. Ao deixar-se iludir, Deus deixou de ser suficiente para a mulher que cobiçou o fruto proibido e o comeu (Gn.3). Veio, então, a infelicidade, o vazio da alma, a privação da plenitude da presença de Deus.

E, por que Cristo é a felicidade do homem? Pessoas sem Cristo não poderiam ser felizes? Se você entende felicidade por um bem-estar momentâneo, uma alegria sentida ocasionalmente, então, afirmará que qualquer pessoa pode ser feliz. A felicidade, nesse caso, seria algo subjetivo, ou seja, interno ao sujeito, e relativo, pois mudaria de uma pessoa para a outra, tornando-se praticamente indefinida. Mas, a mesma pessoa que desfrutou de momentos alegres na vida, também encontrará desventuras em sua alma e, por fim, a morte e seus temores, com suas implicações (Ec.12.14). Poderíamos dizer que alguém com momentos alegres é realmente feliz? Não devemos reduzir a felicidade à temporalidade e espacialidade de nossa vida fugaz, pois tudo nesse mundo é imperfeito e passageiro.

Por não encontrar a felicidade, o preenchimento do vazio da alma, o homem procura, ao longo da história, algo que o satisfaça definitivamente quer em filosofias quer em experiências, seja em coisas boas seja em ruins, tanto nos relacionamentos quanto na solidão, na luxúria ou no asceticismo. Vem geração e vai geração e o mundo não consegue encontrar respostas eficazes para a necessidade mais profunda da alma humana, porque só há uma solução: Cristo.

Portanto, a felicidade está mais acessível ao homem do que muitos pensadores espalhados pelo mundo têm cogitado, pois Jesus nos chama para sermos felizes nEle (Mt.11.28-29). A felicidade está ao alcance de todo aquele que “tem ouvidos para ouvir” (Lc.8.8), sem qualquer acepção de pessoa, sendo ofertada gratuitamente por meio da pregação do Evangelho de Cristo. A porta de acesso a esta felicidade é a verdadeira fé em Cristo, demonstrada por meio de uma entrega completa da vida ao Senhor, a fim de que Ele viva em você.

Há um vazio no coração do homem e esta geração está tentando preencher comprando, passeando, comendo, bebendo, trabalhando etc., mas nada disso satisfará sua alma, de modo que o vazio permanece dia após dia. Contudo, Jesus chama para preencher esse vazio, restaurando sua vida perdida por meio do Espírito e da Palavra de Deus, a fim de que tenha um eterno e pleno relacionamento com o Criador. Nele, você se sentirá completo, pleno e satisfeito, pois Ele basta. E independentemente de onde você esteja, desfrutará da felicidade de Cristo Jesus.

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