“que
aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará
o homem em troca da sua alma?” (Mt.16.26)
Com olhos inchados e fitos ao
caixão a sua frente, a mãe do jovem falecido diz ao pastor: - Eu daria tudo que
tenho para ter meu filho de volta. Mas, o que mais dói em meu coração, pastor,
é saber que ele morreu sem Cristo. Uma mulher bem-sucedida, mas com um grande
peso nas costas, pois sabia que sua negligência custara não somente a vida de
seu filho, mas, também, sua alma, porque durante os poucos anos de vida do
jovem, ela preferira a “realização profissional” à educação de seu filho.
Muitas mães de nossos dias trocam
os filhos com 3, 2 ou mesmo 1 ano de idade por outros afazeres “mais
importantes”, entregando-os para instituições ou outras pessoas, a fim de que assumam
seu papel enquanto elas cuidam da “própria vida”. A justificativa é quase
sempre a mesma: “realização profissional”. Contudo, sei que a realidade não é a
mesma para todas as pessoas e que muitas mães de famílias pobres são
“obrigadas” a batalhar para sustentar os filhos por razões diferentes, tais como
o abandono do marido. No entanto, mesmo sabendo que há diferentes casos, todas
as mães devem ponderar sobre a importância da presença e educação dos filhos.
Ainda tão novos, os pequeninos não
fazem ideia das implicações da terceirização da educação deles. Mas, se
pudessem compreender o problema, eles fariam uma série de indagações:
- Mãe, você está dizendo que se
sente mais satisfeita trabalhando fora do que cuidando de mim?
- Mãe, você prefere ganhar dinheiro
para gastar com futilidades a passar tempo comigo?
- Mãe, você prefere investir em seu
status acadêmico e profissional a investir em minha vida?
- Mãe, você prefere investir em
coisas temporárias como casa, carro, roupas, calçados, comida etc a investir na
condução de minha vida para a eternidade?
- Mãe, você prefere investir em sua
beleza externa a investir em minha pureza interna?
Outras perguntas poderiam ser
feitas, mostrando para você que seu amor próprio é maior do que o amor que diz
ter por aquele que saiu de seu ventre, chamado pela Escritura de “herança do Senhor” (Sl.127.3). Nenhum
bem material deveria ser considerado mais importante do que a alma de um filho.
Seu filho pode ser médico, engenheiro, advogado ou doutor em qualquer área
acadêmica, mas sem Cristo o único futuro certo que ele terá será o inferno. Nem
dinheiro nem bens nem status comprarão a salvação para seu filho; e, no dia do
juízo você lamentará todo desperdício de tempo e esforço que você gastou com
sua “realização profissional”, pois seu filho sentirá naquele dia as fortes
implicações de seu abandono: o inferno.
Mães, ouçam a voz de Cristo
dizendo: “que aproveitará o homem se
ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua
alma?” (Mt.16.26). Não deixem que o mundo defina suas escolhas; não deixem
que o mundo diga o que é melhor para vocês e seu filho. Sua felicidade não está
nas oportunidades do mundo, mas nas mãos do Criador. Se Cristo não trouxer
realização a seu coração nenhuma profissão a fará feliz. Os subterfúgios que o
mundo oferece mascaram as necessidades mais profundas da alma humana, pois só
Cristo pode completar seu ser. Profissão, lazer, roupas e sapatos, entre outras
coisas, podem até esconder o vazio de seu coração por algum tempo, mas jamais
preencherão sua necessidade de Cristo. Mães felizes com Cristo se realizam
educando, cuidando, orando, conversando e amando seus filhos, a fim de
entrega-los saudáveis física e espiritualmente nas mãos do Senhor.
Diversas parábolas podem ser
aplicadas ao papel materno conferido pelo Senhor às mulheres. A parábola do
semeador (Mt.13.1-9) exorta ao ensino constante da Palavra de Deus, esperando
em Deus que ela caia em boa terra. A parábola da ovelha perdida (Mt.18.10-14)
deve lembrá-las quanto ao valor da alma de um filho, e a necessidade de se
deixar tudo para trás, a fim de lutar pela salvação dele. A parábola dos
talentos (Mt.25.14-30) adverte quanto a necessidade de se dedicar tempo e
esforço aos filhos, pois são semelhantes a talentos recebidos do Senhor para
serem trabalhados e desenvolvidos. Um dia, Jesus voltará para pedir contas com
respeito a tudo que Ele nos confiou. E dentre todas as responsabilidades
confiadas a nós, a maior delas é a educação de filhos no Caminho do Senhor. Portanto,
mães, não troquem o fundamental papel materno por “realizações” temporárias.
Não há nada que Deus cobrará mais das mulheres do que o cumprimento de seu
papel confiado em sua própria natureza. Não troque a vida de seu filho pelos
desejos íntimos de seu coração pecador.
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