“Todo
homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que
não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas.”
(Rm.13.1)
Ainda que o pastor deva ter muito
cuidado para não tornar o púlpito num palanque, é importante que ele eduque as
ovelhas com respeito ao papel político de cada cristão, tendo em vista que o
Reinado de Cristo não se limita à “esfera religiosa”, mas se expande por todas
as áreas da vida social, alcançando cada parte do universo criado por Deus, afinal,
disse Jesus: “Toda autoridade me foi dada
no céu e na terra” (Sl.2.6-12; Mt.28.18).
A política é parte natural da vida
social e está presente na família, onde o marido e pai deve governar o lar, e
nas grandes organizações (tribos, empresas, cidades, estados, países e
impérios), onde o governante deve administrar para a glória de Deus e benefício
do povo. Ninguém, então, está isento da política, pois ela está dentro da
família, nas escolas, nas fábricas, no comércio, nos condomínios, nas cidades
etc. Portanto, as crianças, principalmente os homens, devem aprender a arte de
governar, a fim de que cresçam tendo no coração o modelo bíblico de governo que
um dia precisarão pôr em prática, governando ou sendo governadas. Digo:
“principalmente os homens”, porque ao homem foi dada, desde o Éden, a ordenança
de governar a criação para a glória de Deus, tendo a mulher como auxiliadora em
tudo (Gn.2.15-25; 3.16; Sl.128; 1Co.11.3,7; Ef.4.11; 5.22-23; 1Tm.2.8-15;
1Pe.3.1-7; Ap.21.14). Uma geração sem homens que liderem com firmeza e
sabedoria, com amor e dedicação, com piedade e fidelidade à Palavra de Deus é
uma geração frágil, envergonhada e sofrida (Is.3.12). Portanto, as famílias
devem investir na educação dos filhos, desde a tenra idade, para que se tornem
homens capazes de conduzir a geração para Cristo.
A Palavra do Senhor contém diversos
ensinos sobre como governar bem (Gn.41.33-36; 50.19-21; Êx.18.13-27; Lv.8.1-36;
Nm.13.1-16; Dt.3.28; 31.3-8; Js.1.1-9; 7.1-26; 24.1-25 etc). As ordenanças do
Senhor sobre a forma como se deve governar valem tanto para o pai de família
quanto para os imperadores (1Tm.3.4-5), pois todos devem governar para Deus. Ao
seguir tais ensinos, o líder estará governando bem, agradando a Deus e
abençoando o povo. Um bom líder deve ser firme no propósito de cumprir a vontade
do Senhor, pois ele foi posto por Deus não para agradar as pessoas, mas para
que seja bênção para aquelas que lhes foram confiadas. Isso só acontecerá se os
olhos do líder estiverem focados em valores bíblicos, meditando na Palavra do
Senhor dia e noite. Somente ao encontrar a Lei do Senhor, perdida entre os
aposentos do Templo (2Rs.22.8-10), o rei Josias pode começar uma importante
reforma para purificação da nação, ensinando e praticando a vontade de Deus
(2Rs.23.1-27). Sem a Palavra do Senhor, o governo humano está fundamentado em
suposições e caminha “tateando”
(At.17.27) sem saber o caminho certo.
Dentro de uma “democracia”, é maior
a necessidade tanto dos governantes quanto dos governados de conhecer os
princípios de um governo segundo a Palavra de Deus, pois mesmo aqueles que
nunca presidirão uma cidade, estado ou país precisarão de critérios para escolher
seus governantes. Os cristãos devem saber quais os princípios que tornam
possível a distinção entre um bom e um mau candidato. Os cristãos precisam
analisar a vida privada e pública dos candidatos, suas práticas cotidianas e
políticas, analisando tendências e ideologias particulares e partidárias.
Quando você não faz essa avaliação, segundo os critérios bíblicos, e aprova o
governo de alguém com graves ideologias pagãs (semelhante ao PT), você se torna
cúmplice de todo pecado praticado contra Deus. Portanto, não seja omisso nem
negligente com sua responsabilidade política. Não escolha aquele que faz
promessas bonitas, ou que investirá na economia do país apenas, pois “mais vale o pouco do justo que a abundância
de muitos ímpios” (Sl.37.16). Uma nação não é feita de escolas, hospitais e
bom comércio, pois “não só de pão viverá
o homem, mas de tudo o que procede da boca do Senhor viverá o homem”
(Dt.8.3). Uma nação deve ser formada por valores bíblicos, pois “se o SENHOR não edificar a casa, em vão
trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a
sentinela.” (Sl.127.1). Não imagine que Deus se agrade de cristãos que vão
à igreja aos domingos, mas de segunda a sábado apoiam partidos defensores do
aborto, do homossexualismo, da ideologia de gênero, do comunismo, entre outros muitos
pecados.
Não podemos ignorar o fato de que o
mundo possui, hoje, uma agenda política anticristã. Aborto, ideologia de
gênero, liberdade sexual, ateísmo e outras ideias pagãs fazem parte do ideal da
Organização das Nações Unidas. Contudo, ainda é possível que Deus levante
homens conservadores para confrontar os ideais pagãos deste mundo. Desejando
isto, a igreja deve orar ao Senhor, dia e noite, para que tenhamos dias
melhores, pois “isto é bom e aceitável
diante de Deus, nosso Salvador” (1Tm.2.1-3), na certeza de que a Deus
pertence à escolha daqueles que hão de governar. A igreja, também, deve ensinar
publicamente e diligentemente os ideais cristãos para a sociedade, pois até
mesmo aqueles que não se converterem a Cristo poderão assumir uma postura correta
por influência de um cristianismo atuante, relevante e piedoso que aponta para
a sociedade o melhor caminho a seguir: o caminho do Senhor. Desta forma,
oração, educação e prática política bíblica devem andar juntas, pois tanto Deus
é o Soberano de toda a terra quanto a igreja é o sal da terra e a luz do mundo
(Mt.5.13-16), instrumento para a expansão do Reino divino. Portanto, comece
hoje mesmo a prática da política segundo as Escrituras, liderando aqueles que
Deus lhe confiou, ensinando aos filhos o governo bíblico, orando para que Deus
levante líderes piedosos que conduzam a nação no temor do Senhor e elegendo
bons candidatos segundo os critérios bíblicos. Política tem tudo a ver com
Deus, pois Ele é e sempre será o Soberano de toda a terra.
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