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terça-feira, 17 de maio de 2016

Cuide bem da política!

Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas.” (Rm.13.1)

Ainda que o pastor deva ter muito cuidado para não tornar o púlpito num palanque, é importante que ele eduque as ovelhas com respeito ao papel político de cada cristão, tendo em vista que o Reinado de Cristo não se limita à “esfera religiosa”, mas se expande por todas as áreas da vida social, alcançando cada parte do universo criado por Deus, afinal, disse Jesus: “Toda autoridade me foi dada no céu e na terra” (Sl.2.6-12; Mt.28.18).
A política é parte natural da vida social e está presente na família, onde o marido e pai deve governar o lar, e nas grandes organizações (tribos, empresas, cidades, estados, países e impérios), onde o governante deve administrar para a glória de Deus e benefício do povo. Ninguém, então, está isento da política, pois ela está dentro da família, nas escolas, nas fábricas, no comércio, nos condomínios, nas cidades etc. Portanto, as crianças, principalmente os homens, devem aprender a arte de governar, a fim de que cresçam tendo no coração o modelo bíblico de governo que um dia precisarão pôr em prática, governando ou sendo governadas. Digo: “principalmente os homens”, porque ao homem foi dada, desde o Éden, a ordenança de governar a criação para a glória de Deus, tendo a mulher como auxiliadora em tudo (Gn.2.15-25; 3.16; Sl.128; 1Co.11.3,7; Ef.4.11; 5.22-23; 1Tm.2.8-15; 1Pe.3.1-7; Ap.21.14). Uma geração sem homens que liderem com firmeza e sabedoria, com amor e dedicação, com piedade e fidelidade à Palavra de Deus é uma geração frágil, envergonhada e sofrida (Is.3.12). Portanto, as famílias devem investir na educação dos filhos, desde a tenra idade, para que se tornem homens capazes de conduzir a geração para Cristo.
A Palavra do Senhor contém diversos ensinos sobre como governar bem (Gn.41.33-36; 50.19-21; Êx.18.13-27; Lv.8.1-36; Nm.13.1-16; Dt.3.28; 31.3-8; Js.1.1-9; 7.1-26; 24.1-25 etc). As ordenanças do Senhor sobre a forma como se deve governar valem tanto para o pai de família quanto para os imperadores (1Tm.3.4-5), pois todos devem governar para Deus. Ao seguir tais ensinos, o líder estará governando bem, agradando a Deus e abençoando o povo. Um bom líder deve ser firme no propósito de cumprir a vontade do Senhor, pois ele foi posto por Deus não para agradar as pessoas, mas para que seja bênção para aquelas que lhes foram confiadas. Isso só acontecerá se os olhos do líder estiverem focados em valores bíblicos, meditando na Palavra do Senhor dia e noite. Somente ao encontrar a Lei do Senhor, perdida entre os aposentos do Templo (2Rs.22.8-10), o rei Josias pode começar uma importante reforma para purificação da nação, ensinando e praticando a vontade de Deus (2Rs.23.1-27). Sem a Palavra do Senhor, o governo humano está fundamentado em suposições e caminha “tateando” (At.17.27) sem saber o caminho certo.
Dentro de uma “democracia”, é maior a necessidade tanto dos governantes quanto dos governados de conhecer os princípios de um governo segundo a Palavra de Deus, pois mesmo aqueles que nunca presidirão uma cidade, estado ou país precisarão de critérios para escolher seus governantes. Os cristãos devem saber quais os princípios que tornam possível a distinção entre um bom e um mau candidato. Os cristãos precisam analisar a vida privada e pública dos candidatos, suas práticas cotidianas e políticas, analisando tendências e ideologias particulares e partidárias. Quando você não faz essa avaliação, segundo os critérios bíblicos, e aprova o governo de alguém com graves ideologias pagãs (semelhante ao PT), você se torna cúmplice de todo pecado praticado contra Deus. Portanto, não seja omisso nem negligente com sua responsabilidade política. Não escolha aquele que faz promessas bonitas, ou que investirá na economia do país apenas, pois “mais vale o pouco do justo que a abundância de muitos ímpios” (Sl.37.16). Uma nação não é feita de escolas, hospitais e bom comércio, pois “não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do Senhor viverá o homem” (Dt.8.3). Uma nação deve ser formada por valores bíblicos, pois “se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.” (Sl.127.1). Não imagine que Deus se agrade de cristãos que vão à igreja aos domingos, mas de segunda a sábado apoiam partidos defensores do aborto, do homossexualismo, da ideologia de gênero, do comunismo, entre outros muitos pecados.
Não podemos ignorar o fato de que o mundo possui, hoje, uma agenda política anticristã. Aborto, ideologia de gênero, liberdade sexual, ateísmo e outras ideias pagãs fazem parte do ideal da Organização das Nações Unidas. Contudo, ainda é possível que Deus levante homens conservadores para confrontar os ideais pagãos deste mundo. Desejando isto, a igreja deve orar ao Senhor, dia e noite, para que tenhamos dias melhores, pois “isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador” (1Tm.2.1-3), na certeza de que a Deus pertence à escolha daqueles que hão de governar. A igreja, também, deve ensinar publicamente e diligentemente os ideais cristãos para a sociedade, pois até mesmo aqueles que não se converterem a Cristo poderão assumir uma postura correta por influência de um cristianismo atuante, relevante e piedoso que aponta para a sociedade o melhor caminho a seguir: o caminho do Senhor. Desta forma, oração, educação e prática política bíblica devem andar juntas, pois tanto Deus é o Soberano de toda a terra quanto a igreja é o sal da terra e a luz do mundo (Mt.5.13-16), instrumento para a expansão do Reino divino. Portanto, comece hoje mesmo a prática da política segundo as Escrituras, liderando aqueles que Deus lhe confiou, ensinando aos filhos o governo bíblico, orando para que Deus levante líderes piedosos que conduzam a nação no temor do Senhor e elegendo bons candidatos segundo os critérios bíblicos. Política tem tudo a ver com Deus, pois Ele é e sempre será o Soberano de toda a terra.

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