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domingo, 1 de novembro de 2015

Eles precisam de Jesus!

agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que creem; porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm.3.21-23)

Eles estão em todos os lugares. Fazem parte das cortes e parlamentos, mas também estão em meio aos lixões. Uns desfrutam a vida tranquila do campo enquanto outros estão imersos na agitação frenética das metrópoles. Há os casados e, também, os solteiros; os sadios e os doentes. Alguns deles fizeram nome e discursam nas grandes universidades apresentando suas confabulações para doutores. Mas, outros pescam à beira dos rios e multiplicam sua descendência sem preocupações, sorrindo a simplicidade da vida com os poucos dentes que lhes restam. Portanto, eles estão em todos os lugares, vivendo as mais díspares vidas entre os extremos das castas sociais. Mesmo tão distintos, com variadas aparências e diversos modos de se viver, todos possuem a mesma necessidade gritante: ELES PRECISAM DE JESUS!
O sorriso não esconde a miséria do coração nem a lágrima é sinônimo de arrependimento para a salvação. Eles querem pão para saciar o ventre vazio e fortalecer as mãos cansadas da luta diária da vida. Contudo, o que eles precisam mesmo é da Palavra do Senhor que alimenta a alma daquele que tem sede de Deus, pois “não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do SENHOR” (Dt.8.3). Alguns se regalam largamente com os manjares que este mundo pode oferecer, esquecendo que para o túmulo nada se levará e que as maravilhas prometidas por Jesus são demasiadamente melhores do que tudo que aqui se pode conquistar. As multidões trabalham duro para sobreviver, se fatigando debaixo do sol escaldante, dormindo tarde e acordando cedo para comer o pão que penosamente granjearam (Sl.127), pois lhes está oculto dos olhos a maravilhosa promessa do Senhor Jesus: “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt.6.33). Assim, os homens correm atrás de dinheiro como se fosse o salvador do mundo, a fim de comprar poder, prazer e bens sem perceber que nada disso lhes aproveitara quando, enfim, a morte chegar. Enganando e sendo enganados tentam comprar a vida sem atentar que o preço de nossa redenção já foi pago não com prata ou ouro que se dissipam com o tempo e se tornam inúteis com a morte, “mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo” (1Pe.2.18-19). Essas pessoas não sabem, mas dentre todas as suas necessidades vitais a maior delas é Jesus.
Foi esse mesmo triste contexto que Jesus encontrou no primeiro século, quando começou seu ministério. As multidões o seguiam, contudo não compreendiam quem Ele era. Elas “estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não tem pastor” (Mt.9.36), mas não conseguiam ver que a fonte de água viva estava presente (Jo.4.10). Olhando para essas pessoas, Jesus teve compaixão delas e dedicou seu ministério à pregação da Palavra de Deus, poder de Deus para a salvação, a fim de que os pecadores fossem libertos da escravidão do pecado (Mc.1.38; Jo.8.32). Jesus também atendeu a diversas necessidades das multidões carentes, porém Ele não apenas alimentou o ventre delas, antes saciou a alma dos famintos com a Palavra de Deus; Ele não somente curou as feridas do corpo, mas, principalmente, sarou a alma; ele não somente ressuscitou os mortos, mas, sobretudo, concedeu nova vida por meio do Espírito Santo, para aqueles que estavam mortos em seus delitos e pecados. E em acompanhar Jesus durante seus anos de ministério, os discípulos foram movidos a ter compaixão das ovelhas perdidas, e aprenderam que somente a Palavra de Deus poderia salvá-las.
Paulo também tinha forte desejo de ver as pessoas serem salvas, e, para isto, ele se esforçava bastante, fazendo “tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns” (1Co.9.22). O apóstolo Paulo foi alvo da compaixão do Senhor e tendo sido alcançado graciosamente, por causa do grande amor de Jesus, passou a dedicar sua vida à pregação da Palavra de Deus na convicção de que ela é o “poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm.1.16), afinal “como invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?” (Rm.10.14). Por isso, indo de uma cidade para outra, ele procurava um lugar adequado para expor as Escrituras, “pregando o reino de Deus, e, com toda a intrepidez, sem impedimento algum, ensinava as coisas reverentes ao Senhor Jesus Cristo” (At.28.31).
Há muita gente precisando da compaixão daqueles que conhecem o evangelho. Mas, o que eles precisam não é apenas de pão, roupa e teto. A maior necessidade das pessoas é o evangelho de Jesus Cristo que tem poder para salvar suas vidas e, também, fazê-las desfrutar do Reino de Deus que já está entre nós. Portanto, você deve ajuda-las todos os dias testemunhando o poder do evangelho da graça de Deus. Para isso, você não precisará de dinheiro, pois basta abrir a boca e pregar a Palavra do Senhor. Contudo, você precisará dedicar tempo em oração e estudo das Sagradas Escrituras, a fim de que você esteja cheio do Espírito Santo e de conhecimento de Deus para transmitir o evangelho com precisão, firmeza e excelência. Mas, lembre-se: seu papel não é salvar vidas, e sim anunciar o evangelho salvador, pois somente o Espírito de Deus pode converter o coração do pecador, a fim de que o coração seja como boa terra onde a Palavra do Senhor germinará e frutificará para Deus (Ez.36.26-27; Mt.13.1-23; Jo.3.1-10).
O mundo não conhecerá Jesus sozinho. É preciso que os cristãos abram a boca e anunciem o evangelho. O mundo não sabe quem é Deus, mas o cristão conhece o caminho para o Pai: Jesus Cristo (Jo.14.6). O mundo não sabe viver de forma agradável ao Senhor, mas o cristão pode lhe ensinar a “boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm.12.2). As pessoas querem paz, mas só o cristão a possui em seu coração, por meio da justificação recebida do Senhor Jesus (Rm.5.1), e pode lhes mostrar o meio para alcança-la. Portanto, você, cristão, é o único que pode mostrar ao mundo o “Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo.14.6) para que as pessoas possam encontrar a “paz de Deus que excede todo entendimento” (Fp.4.7). Então, assuma seu lugar como agente de transformação no mundo e desenvolva os potenciais dados por Deus com o objetivo de glorificar ao Senhor perante as pessoas, apontando para Cristo, “o Autor da vida” (At.3.15) e “Consumador da fé” (Hb.12.2).
Sendo assim, comece a evangelizar hoje mesmo. O cristão deve ser uma seta apontando constantemente para Cristo. Você pode começar pela sua casa, ensinando a Palavra do Senhor para seus filhos, irmãos ou pais. Ao viver o fruto do Espírito (Gl.5.22-23), as pessoas ao seu redor serão impactadas com a vida do Reino de Deus. Você deve mostrar para os vizinhos a transformação que o Senhor Jesus operou em sua vida, para que “vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mt.5.16), convidando-os para desfrutar da nova vida, também. Seu trabalho será uma excelente oficina onde você poderá trabalhar o evangelho do Reino, pregando as Escrituras enquanto demonstra em seu exercício profissional e relação com os colegas de trabalho que “o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm14.17).

A vida cristã não se desenrola fortuitamente, sem direcionamento objetivo. Na plena dependência de Deus, o cristão procura dominar a vida para que cada esfera dela glorifique a Deus apontando para Cristo Jesus. Portanto, faça planos para usar seu tempo, bens, dinheiro e competências, a fim de viabilizar a pregação do evangelho. Se envolva com a sociedade de forma ativa para que todas as esferas da vida social sejam sujeitadas ao governo de Cristo que é Senhor de tudo, conforme disse Abraham Kuyper, na Universidade Livre de Amsterdã: “não há um milímetro quadrado em todo o domínio da nossa existência humana a respeito do qual Cristo, que é soberano sobre tudo, não brade ‘MEU!’”. Atraia os pecadores para Jesus, brilhando a luz de Cristo no meio deles e, semelhante a Jesus, esteja entre os pecadores para conduzi-los a Deus. As pessoas precisam de Jesus e você é o instrumento escolhido por Deus para apontar Cristo ao mundo.

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