“os homens perversos e os impostores irão de
mal a pior, enganando e sendo enganados” (2Tm.3.13)
Conforme
Charles Darwin, os seres vivos possuem um mecanismo básico para a preservação e
domínio de algumas espécies em detrimento de outras. Ele observou que os mais
fracos tendem a morrer mais facilmente enquanto os mais fortes permanecem por
longo tempo. Darwin chamou esse processo de domínio do mais forte sobre o mais
fraco de seleção natural. Segundo Darwin, a seleção natural explica a capacidade
de determinados seres vivos sobreviverem muito tempo e gerarem diversas outras
espécies dentro do processo evolutivo. Uma vez que o ser humano foi reduzido a
animal racional, ou seja, uma mera espécie de animal que conseguiu prevalecer
por meio da seleção natural, tornando-se cada vez mais numeroso e forte
enquanto evoluía gradativamente, eu pergunto: Por que se queixam os
evolucionistas das atrocidades que outros evolucionistas fazem contra as
mulheres, os negros, os homossexuais etc? Pensei que os evolucionistas
levantassem a bandeira da seleção natural: Que prevaleça o melhor! Que vença o
mais forte! Isto tudo deveria ser considerado por eles como simples seleção
natural.
A
violência tem crescido bastante nos últimos anos. Contudo, diante do forte racismo
que tem matado milhares de pessoas e deixado milhões desabrigadas; diante do
alto número de violência e estupro contra as mulheres; diante do preconceito
religioso que tem sido motivo para o sofrimento e morte de milhões de pessoas,
a única resposta que os “doutos” conseguem dar é: os órgãos sexuais
não definem o gênero. Eles querem diminuir a violência e morte ensinando para
as crianças que elas não podem ser aquilo que são, pois o menino tem que
escolher ser menina e a menina deve escolher ser menino, pois o natural não é
suficiente para os “doutos”. E pela insistência com respeito ao assunto, parece
que os “doutos” realmente acham que essa “descoberta” irá mudar o mundo para
melhor como se violência, estupro e mortes tivessem como causa principal a sexualidade
das pessoas.
O
reducionismo dos “doutos” conduz à ignorância. Será que eles sabem quantos
cristãos morrem no mundo por causa da fé? Mas, para os “doutos” a mudança de gênero
irá resolver o problema. Será que eles sabem quantas pessoas morrem de fome por
causa da ambição dos ricos? Será que a guerra por causa do petróleo, a
corrupção na política, os abusos das indústrias farmacêuticas, os diamantes de
sangue e as vítimas de terrorismo são consequências da menina e o menino não terem
a “liberdade” para decidir ter relações homossexuais? É curioso o fato de que a
maioria dos homossexuais mortos são vítimas de seus próprios parceiros
ciumentos. Fico perplexo em saber que pessoas passam 10 ou mais anos da vida
estudando, a fim de responder aos sérios problemas sociais vigentes dizendo: a
solução é a “ideologia de gênero”.
Além
do propósito de doutrinar as pessoas, obrigando-as a aceitar a “ideologia de
gênero”, não há qualquer reflexão sobre as bases que constituem o pensamento
filosófico da sociedade pós-moderna. Será que os fundamentos adotados no mundo
ocidental são bons? Será que os paradigmas que regem a vida social são
adequados para a ordem, preservação e bem estar do homem? Os “doutos” não estão
refletindo sobre a visão de mundo adotada a partir do humanismo e do
evolucionismo. Ninguém observa que o sistema filosófico ateísta que rege a
educação está acabando com a sociedade, pois tirou do homem os valores
absolutos e a esperança da vida eterna, resumindo a vida humana à sobrevivência
até que a morte lhe seja fatal, já que não há alma para os evolucionistas. O
homem ocidental vive a tensa incoerência entre a teoria e a realidade, pois se
ensina às crianças, adolescentes e jovens que não passamos de animais racionais,
contudo todos os homens querem ter direitos como pessoas criadas à imagem de
Deus. Foram os fundamentos evolucionistas que trouxeram sérios problemas para a
sociedade, portanto acrescentar à base da sociedade mais paradigmas evolucionistas
como a “ideologia de gênero” só trará mais problemas. Parece que para os
“doutos” a vida é tão simples que é necessário complicar um pouco, criando
incoerências e contradições na cabeça das pessoas.
Quem
disse para os “doutos” que a mulher é infeliz pelo fato de querer ter uma
família nos padrões bíblicos? Quem disse que a mulher é infeliz por desejar ter
filhos e, também, educa-los priorizando a vida familiar? Quem disse que a
mulher é infeliz em ser submissa ao marido que a ama e está pronto a dar a vida
por ela, conforme nos ensina a Palavra de Deus (Ef.5.22-33)? Quem disse para
eles que assumir a identidade de gênero natalício é algo ruim para o ser
humano? Quem disse que ser homossexual é melhor do que ser heterossexual? E
quem disse para os “doutos” que eles fazem as regras ou que eles decidem o que
é melhor para nós ou que eles sabem o que nos faz mais felizes? Muitas mulheres
cristãs repetiriam tudo o que fizeram na vida com muito amor e alegria, pois
além da convicção de estarem glorificando a Deus, elas foram muito felizes por
toda a vida e tiveram o prazer de ver os filhos crescerem saudáveis e capazes
de constituir família cristã sadia. Contudo, será que há alguma razão para se
orgulhar da loucura criada pelos “doutos” evolucionistas? Acredito que ninguém
gostaria de repetir o caos social vigente decorrente da confusão ideológica e
ausência de valores absolutos na base da educação.
Voltemos
aos valores absolutos ensinados na Palavra de Deus. A Escritura Sagrada não
ensina as aberrações que os homens estão vivendo nesses dias. Os valores do
Reino de Deus ensinados na Palavra do Senhor são justos, igualitários, santos e
verdadeiros. Por esta razão, o cristianismo é pioneiro na história em diversas
lutas por igualdade e qualidade de vida. E, se um dia cristãos fizeram coisas
erradas é porque se distanciaram das Escrituras, pois a Palavra de Deus não
ensina o erro. Depois que o homem moderno rejeitou a Palavra do Senhor,
declarando a “morte de Deus”, a sociedade decaiu e os problemas sociais
aumentaram assustadoramente. Os países que mantiveram os valores cristãos por
mais tempo conseguiram desfrutar da ordem, paz e harmonia que o ensino bíblico
proporciona aos que o obedecem. Contudo, os “doutos” não conseguem ver que eles
mesmos são a causa de boa parte das desgraças que estão acontecendo no mundo,
pois incentivaram a desordem ao colocarem bases movediças sob a educação,
excluindo Deus de todas as áreas da sociedade.
Ainda
que a igreja do Novo Testamento tenha forte confessionalidade definida pela
Escritura Sagrada, o cristianismo bíblico não obriga as pessoas a ser o que não
querem, pois não é ao cristão que o homem prestará contas de sua vida, mas a
Deus. A conversão das pessoas ao cristianismo é algo pessoal e livre. Ninguém é
obrigado a se tornar cristão, no entanto todo aquele que se torna cristão é
obrigado a viver de acordo com a Palavra de Deus, regra de fé e prática para
todo aquele que quis se tornar cristão. Portanto, o cristianismo Bíblico não
tira das pessoas a “liberdade” de ser o que querem. Contudo, o cristão também tem
o direito de pensar e conduzir sua vida conforme sua fé na Palavra de Deus,
afinal o cristão não acredita que o mundo é mera obra do acaso e que o ser
humano é apenas um animal racional. O cristão acredita que a sociedade deve ter
valores morais e éticos absolutos, pois o ser humano foi criado à imagem de
Deus. Por esta razão, o cristianismo bíblico é o único que pode trazer ordem
para a sociedade. Nele, o homem é valorizado da forma correta e as pessoas
possuem direitos e deveres justos e bons que proporcionam a harmonia entre
todos.
É
preciso voltar aos antigos paradigmas bíblicos deixados por Deus para uma vida
social saudável. As pessoas estão clamando por solução, mas não percebem que se
afundam cada vez mais. O mundo precisa de famílias bem estruturadas, de
crianças bem educadas. O mundo precisa de uma educação coerente e benéfica. O
mundo precisa de ruas tranquilas onde os filhos possam brincar sem medo de
abusos e violência. As mulheres precisam de respeito, amor, carinho e proteção.
Portanto, convido os “doutos” a ler o Novo Testamento para refletir sobre os
valores morais e éticos ensinados nele: justiça, igualdade, amor, respeito,
paz, paciência, bondade, benignidade, mansidão, moderação, responsabilidade
social, serviço ao próximo, apreço à Verdade. O homem pós-moderno está
cometendo suicídio social e não consegue perceber que ele é a causa de sua
própria destruição. Por conseguinte, está mais do que na hora de voltar aos
valores absolutos que foram abandonados. O homem moderno criou um mundo “sem
Deus” e a sociedade pós-moderna está sofrendo as consequências disso.
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