“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil
para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a
fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda
boa obra.” (2Tm.3.16-17)
Juninho, um adolescente de 12 anos, ouviu os amigos comentarem sobre um
show que ocorreria durante a madrugada do sábado seguinte. Empolgado com a
ideia de estar com a turma, Juninho pede ao pai para que o deixe ir. O pai sabe
que não será bom, pois nem Juninho tem idade adequada para estar na rua durante
a madrugada nem o ambiente é propício para ele nem as amizades dele são boas
companhias; e, portanto, Juninho corre o risco de ser mal influenciado. Assim, Juninho
recebe um não paterno, acompanhado das explicações. Contudo, ele não se dá por
satisfeito com a decisão do pai e corre para a mãe para que o deixe ir. Começam
os argumentos para convencer a mãe de que não há problemas em ir ao show e,
assim, Juninho quer invalidar a palavra do pai. Após ouvir todos os argumentos
do filho, a mãe pergunta: - O que seu pai disse? Juninho responde: - Ele disse
que não. Então, a mãe diz: Não é não, meu filho. Seu pai já deu a resposta e eu
não posso anular aquilo que ele disse.
Algo semelhante acontece em nossos dias dentro do cristianismo. As
pessoas estão recorrendo às “mães” para invalidar a Palavra de Deus e, assim,
conseguir fazer a própria vontade. Uma série de movimentos dentro, e às margens,
do cristianismo trouxeram para as igrejas o subjetivismo, o relativismo e o
pluralismo doutrinário. E mesmo que tais movimentos sejam bastante distintos, é
possível encontrar um ponto em comum: para todos eles, as Escrituras não são a
Verdade absoluta, inerrante, infalível, suficiente e autoritativa dada por Deus
para conduzir a igreja de todas as gerações até a volta de Jesus. As Escrituras
não se encontram no centro da vida diária deles. A Palavra de Deus não é a
regra de fé e prática dessas comunidades. Alguns adeptos poderão protestar
nesse momento, mas não poderão negar que suas igrejas praticam o relativismo, o
pluralismo e o subjetivismo doutrinário, pois invalidam a Palavra de Deus por
qualquer sonho que tenham e tornam os próprios sentimentos mais importantes e autoritativos
do que os ensinos objetivos das Escrituras Sagradas. Desta forma, demonstram
que a Palavra de Deus não é a Verdade absoluta para eles, razão pela qual
invalidam a Escritura por causa de tradições de homens.
Para o evangelicalismo de nossos dias, as igrejas que estudam, vivem e
ensinam a Palavra de Deus com fidelidade e zelo são consideradas “frias”, pois
ser “quente” é pular, dançar, falar de forma que ninguém compreenda, gritar sem
prestar atenção ao culto e à mensagem, e viver atrás de “profetadas” de falsos
profetas, pois não é suficiente o que Deus disse em sua Palavra. As Escrituras,
por exemplo, são enfáticas em mostrar os problemas do casamento misto
(Gn.6.1-6; Dt.7.3-4; Js.23.12-13; 1Rs.11.1-9; Pv.19.14; 31.30; Ed.9.1-2;
Ne.13.23-27; Ml.2.11; 1Co.7.39; 2Co.6.14-18; ), mas a menina apaixonada
encontra mil e umas desculpas para justificar um relacionamento entre luz e
trevas. A Palavra de Deus proíbe, permanentemente, a liderança feminina
(1Tm.2.11-15; 1Co.11.2-16), portanto a mulher não pode ser pastora ou
presbítera em hipótese alguma, contudo se alguém disser que teve algum sonho,
visão, desejo ou “calafrio”, simplesmente invalida todo o ensino Bíblico para
fazer a própria vontade, supostamente, em nome de Deus (recomendo a leitura do
artigo: A exclusividade do ministério pastoral masculino[1]).
Desta forma, as Escrituras são facilmente negligenciadas pelas opiniões
pessoais. Sem as Escrituras governando, de forma absoluta, o coração dos
pecadores, cada um faz o que acha mais reto, semelhante aos dias de juízes (Jz.21.25).
No entanto, “Deus não é homem, para
que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele
prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?” (Nm.23.19).
Quando alguém diz que Deus lhe revelou algo diferente e contrário do que está
escrito na Palavra de Deus, essa pessoa está chamando Deus de mentiroso, pois está
ensinando que Deus desfez sua própria Palavra. O que Deus disse está dito e
ninguém pode anular, diminuir ou acrescentar nada, afinal está escrito: “Nada acrescentareis à palavra que vos mando,
nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do SENHOR, vosso Deus,
que eu vos mando.” (Dt.4.2 // 2Co.11.3-4 // Gl.1.6-9 // Ap.22.18). O papel
da igreja é conhecer a Palavra de Deus, obedecê-la fielmente e ensiná-la com
zelo e dedicação, “pois aquele que violar
um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será
considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar,
esse será considerado grande no reino dos céus” (Mt.5.19). Sem o
conhecimento de Deus, a igreja sucumbe no erro semelhante aos saduceus, “não conhecendo as Escrituras nem o poder de
Deus” (Mt.22.29). Aquele que deseja viver uma vida cheia do Espírito Santo
deve buscar o Senhor na Palavra, examinando “as Escrituras, porque julgais ter
nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim” (Jo.5.39), disse
Jesus.
Por causa do pluralismo, relativismo e subjetivismo doutrinários, diversas
facetas do cristianismo deixaram de adorar a Deus em ESPÍRITO e em VERDADE para
viver e ensinar tradições de homens e, assim, em vão adoram ao Senhor, “ensinando doutrinas que são preceitos de
homens.” (Mt.15.9). Os sinais ao nosso redor demonstram que estamos vivendo
dias de grande apostasia. É nesse ambiente de provações que a igreja é
desafiada a ser fiel, e os verdadeiros cristãos são revelados, pois enquanto
muitos irão após falsos profetas, líderes que proferem mentiras, os verdadeiros
cristãos ouvem a voz de Jesus através da Palavra de Deus que é pregada fielmente
por aqueles que Deus tem chamado para pastorear suas ovelhas. Portanto, não se
deixe enganar pela aparência de piedade (2Tm.3.5), antes prove os “profetas”,
pois nenhum profeta de Deus falará contra a Palavra de Deus (Mt.7.15;
At.20.28-31; 2Pe.1.19-21; 2.1-3; 1Jo.4.1; ), pois o Espírito de Deus nos foi
dado para nos guiar a toda Verdade (Jo.16.13). Não tenha dúvida que, por mais
bonita que lhe seja a aparência e por mais doces que lhe pareçam as palavras,
toda mentira procede do diabo que é pai da mentira (Jo.8.44). Conheça, obedeça
e confie na Palavra de Deus, pois se Deus disse, Ele cumprirá, pois “Deus não é homem, para que minta; nem filho
de homem, para que se arrependa” (Nm.23.19).
[1]
Artigo disponível em: http://voxscripturae.blogspot.com.br/2017/08/a-exclusividade-do-ministerio-pastoral.html
Realmente estamos afunilando a cada dia. Bem-aventurado o cristão que ouve a verdadeira Palavra. Deus o abençoe!
ResponderExcluirAmém! O Senhor te abençoe, também!
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