“Entrai pela porta estreita (larga é
a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que
entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz
para a vida, e são poucos os que acertam com ela.” (Mt.7.13-14)
A jornada do salmão
é surpreendente. Na fase juvenil ele sai de seu lugar de origem, descendo o rio
onde nasceu, e vai para o mar onde viverá a juventude e parte da fase adulta.
Já adulto, o salmão dará início à sua jornada de volta às origens, a fim de procriar,
concluindo, assim, seu ciclo de vida. Sua jornada de volta é cheia de
obstáculos, nadando contra a correnteza do rio, despistando os predadores que
aparecem pelo caminho. Desta vez, ele não estará mais descendo com o rio, mas
subindo, desafiando assim a força da água que o empurrará para baixo o tempo
todo.
O curso deste
mundo segue naturalmente para baixo, como qualquer rio. E todo o que quiser
chegar à foz, à parte mais baixa do rio, deve apenas se deixar levar pela
correnteza. Não é preciso fazer grandes esforços para descer correnteza abaixo
até se afogar nas profundezas do encontro entre o rio e o mar. Assim também, o
mundo caminha em procissão sem saber para onde vai. A morte é a única certeza
desta carreata, que leva consigo os perdidos, até que alguém seja despertado
para o propósito de nadar contra a correnteza do mundo ao seu redor, a fim de
subir em direção àquele que o criou para a Sua glória.
O pecado cegou
o homem. O mundo diz: “É moda vestir calça preta”. Então, todo mundo passa a
usar calça preta. O mundo mostra que é moda ter um celular novo. E o homem
natural segue atrás, sem perguntar qual a razão, copiando os modismos que são
propagados insistentemente. Desta forma, o mundo segue em procissão para o
inferno sem perceber para onde está indo, sem conseguir sair deste caminho de
morte.
E você, qual
percurso está trilhando? Para onde você está indo? Já percebeu que pode estar
indo com a multidão perdida?
Estávamos
todos caminhando juntos à multidão que segue em carreata para o inferno. Até
que um dia, o Senhor da glória, com Sua imensa graça, tocou em nosso coração,
trocando-o por um coração de carne enquanto nos dava Seu Espírito para ouvir
Seu chamado (Ez.36.26). Vendo-nos na multidão perdida, o Senhor nos chamou para
fora e nos mostrou um caminho sobremodo excelente. Então, tendo ouvido e
compreendido Sua voz, saímos de entre a multidão para começar outra jornada
épica rumo à glória que só os vencedores herdarão.
Estávamos
sendo levados pela correnteza, sem forças para lutar contra ela. Então, o
primeiro milagre aconteceu. O Senhor nos arrancou da multidão. E despertados,
percebemos que estávamos indo correnteza abaixo em direção à morte eterna. E,
sem saber o novo caminho por onde deveríamos trilhar, o Senhor nos mostrou o
CAMINHO, a VERDADE e a VIDA, que é Jesus, Senhor e Salvador daqueles que crêem.
Por este belo caminho, saímos do meio da multidão.
A saída de
entre a multidão é pedregosa. De um lado vêm as críticas, pois saímos da moda
do mundo. Por outro lado vêm as ironias, pois deixamos de ser iguais à massa
perdida. Portanto, os desafios começam cedo, procurando nos fazer desistir da
nova jornada, que poucos irão trilhar com coragem até o fim (Js.1.7; Mt.7.14).
A jornada dura
uma vida inteira. Nadamos contra a correnteza de um mundo pecador que não dá
trégua. Quando todos dizem sim ao pecado, então dizemos não. Quando todos dizem
não para Deus, nós dizemos: “Eis-me aqui,
envia-me a mim” (Is.6.8). Lutamos contra a massa sabendo que sofreremos,
certos do risco de sermos “apedrejados” por aqueles que querem nos obrigar a
percorrer o mesmo caminho de morte.
Ainda há tempo
para você começar uma jornada diferente do mundo. A jornada cristã não é fácil,
mas sua vitória é certa. Como o salmão é preciso nadar contra a correnteza que
fará de tudo para nos arrastar junto com o restante deste mundo maligno. É
preciso perseverar até o fim, vencendo os obstáculos, lutando contra os
predadores que surgem no caminho.
Não desista de
“lutar o bom combate do Senhor, tomando posse da vida eterna” (1Tm6.12). A
recompensa para os que chegam é certa e como disse Paulo: “tenho por certo que os sofrimentos
do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós”
(Rm.8.18).
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