“Há no coração do ímpio a voz da transgressão; não há temor de Deus diante de seus olhos” (Sl.36.1)
Deus é Santíssimo! Portanto, não há nEle
qualquer mancha de pecado. O Senhor nunca mente, nunca engana, nunca é injusto,
nunca erra. Por isso, todo e qualquer pecado ofende a Deus, ainda que possa
parecer o menor dos pecados. Por isso, mesmo que o Senhor seja profundamente
misericordioso, Ele nos ensina a detestar o mal e nos apegar somente ao bem
(Rm.12.9).
O Salmo 36 também foi escrito por Davi.
Mas, dessa vez, Davi está comparando a beleza da santidade de Deus com a
terrível maldade dos pecadores que nos lábios só tem “malícia e dolo”
(Sl.36.3). Provavelmente, Davi está fazendo referência a seus inimigos que
costumeiramente lhe causavam males injustos e, no leito, maquinavam
perversamente (Sl.36.4).
Apesar de Davi estar indignado com a
maldade dos ímpios, seus olhos estão fitos na bondade de Deus, afinal “a tua
benignidade, SENHOR, chega até aos céus, até às nuvens, a tua fidelidade”
(Sl.36.5). Então, Davi canta a justiça divina que permeia toda a criação
(Sl.36.6), trazendo esperança para todos os que se refugiam debaixo de suas
asas. Por isso, Davi aguardava pacientemente no Senhor até ver o juízo divino
sobre seus vis adversários.
O que alenta seu coração nos dias maus de
um mundo em confusão? Davi desvia seus olhos da corrupção dos homens e
contempla a glória divina, renovando suas forças na beleza das virtudes do
Senhor. Então, ele exclama: “Como é preciosa, ó Deus, a tua benignidade! Por
isso, os filhos dos homens se acolhem à sombra das tuas asas” (Sl.36.7). A
negritude de um mundo caído não poderia impedir que Deus manifestasse a luz de
sua glória, abençoando seus filhos.
Portanto, continue olhando para o Senhor.
A Palavra de Deus nos alerta quanto aos perigos e ameaças do sistema maligno do
mundo que jaz em trevas. Todavia, o Espírito de Deus nos conclama a olhar
somente para o Senhor, a fim de que sejamos perseverantes até o fim, confiando
na presença real de Cristo conosco e a fidelidade de suas doces promessas para
o futuro, pois “tombaram os obreiros da iniquidade; estão derruídos e já não
podem levantar-se” (Sl.36.12).
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