“Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto.” (Sl.32.1)
“Aquele que dentre vós estiver sem
pecado seja o primeiro que lhe atire pedra” (Jo.8.7). Com essa Palavra,
Jesus não só livrou uma mulher pecadora da condenação de homens maus, como,
também, reafirmou a doutrina da depravação total, pois “todos pecaram e
carecem da glória de Deus” (Rm.3.23).
Davi foi um importante instrumento de Deus
para nos ensinar sobre a supremacia da graça divina sobre o pecado do homem. No
Salmo 32, Davi não está olhando para os inimigos a seu redor, mas dentro dele
mesmo. Ele vê sua própria miséria e como ela atraia a ira do Santo Deus,
envelhecendo seus ossos, pois a mão do Senhor pesava dia e noite sobre ele.
Contudo, não era o juízo divino que o
atormentava, mas a disciplina graciosa do bondoso Pai, conduzindo-o ao
arrependimento, pois “o SENHOR distingue para si o piedoso” (Sl.4.3).
Não sabemos qual o pecado que Davi cometeu contra Deus, mas somos conduzidos à
disciplina e graça divinas por meio de sua experiência, “pois que filho há
que o pai não corrige?” (Hb.12.7).
Por essa razão, mesmo que o Salmo 32 seja
uma confissão de pecado, está adornado com gratidão. Davi testemunha a graça
divina que superabundou onde abundou o pecado (Rm.5.20). Ele confessa seu
pecado ao Senhor, buscando em Deus o perdão e encontra na graça divina a paz
que precisava para seu coração (Rm.5.1). A disciplina paterna o conduziu à
graça e a graça do Senhor o guiou à paz de Deus que excede todo entendimento
(Fp.4.7).
Só Jesus Cristo nunca cometeu um só erro
em toda sua vida. Por isso, Ele é o único Justo e Justificador que sofreu a ira
divina para nos dar a graça do Pai celeste. Mesmo não tendo pecado uma só vez,
Jesus sofreu com as tentações do mundo, tornando-se semelhante a nós para nos
salvar, “pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso
para socorrer os que são tentados” (Hb.2.18).
Portanto, em Cristo, Deus nos chama à
graça. E para desfrutar dela, basta confessar seus pecados e entregar toda sua
vida ao Justo e Justificador, Jesus, que sofreu, morreu e ressuscitou para nos
dar o perdão divino e a vida eterna.
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