“ponha a boca no pó; talvez ainda haja esperança.” (Lm.3.29)
O Senhor é Deus de grande compaixão. Por
toda a Escritura temos a revelação da graça e misericórdia divinas se
manifestando aos homens. Quando Adão e Eva pecaram contra o Senhor (Gn.3.6),
Deus lhes prometeu o perdão em Cristo (Gn.3.15). O Criador viu suas criaturas
humilhadas, envergonhadas com o estado caído em que se encontravam (Gn.3.7) e
completamente impotentes para se salvar. Então, estendeu a destra da compaixão,
a fim de resgata-las. E, por toda a história, o Senhor tem demonstrado a
grandeza de suas misericórdias aos pobres pecadores.
Sendo assim, há esperança para o pecador
nas misericórdias de Deus. Essa é a experiência dos mais diversos homens e
mulheres que se humilharam na presença do Senhor da glória, pois, como o
profeta Jonas, sabiam que “és Deus clemente, e misericordioso, e tardio em
irar-se, e grande em benignidade, e que te arrependes do mal.” (Jn.4.2).
Elas se humilhavam diante de Deus, pois “Sacrifícios agradáveis a Deus são o
espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus.”
(Sl.51.17).
Foi assim que, homens e mulheres de Deus,
pecadores quebrantados, “por meio da fé, subjugaram reinos, praticaram a
justiça, obtiveram promessas, fecharam a boca de leões, extinguiram a violência
do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram força, fizeram-se
poderosos em guerra, puseram em fuga exércitos de estrangeiros. Mulheres
receberam, pela ressurreição, os seus mortos” (Hb.11.33-35). Todos eles
olhavam para a graça e a misericórdia do Senhor. Todos esperavam na compaixão e
no poder de Deus.
Portanto, na grandeza das misericórdias de
Cristo, há esperança para todo pecador que se achega humildemente aos pés do
Senhor, reconhecendo sua pequenez e dependência. Cheios de si mesmo, os
pecadores estão fadados à ruina e destruição, porque são incapazes de salvar a
si mesmos. Então, abandonados à própria miséria, sofrem os danos das próprias
escolhas e ações. Mas, aqueles que reconhecem a verdade sobre a própria
natureza e, pela fé, creem na grandeza do Senhor, encontram esperança no Deus
“que trabalha para aquele que nEle espera” (Is.64.4).
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