“Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos.” (Sl.19.1)
Desde o princípio do universo, Deus tem
falado por meio de sua criação. No primeiro dia, o Senhor fez a luz e a separou
das trevas, revelando que Ele é completamente puro e nEle não há mal algum
(1Jo.1.5). Desde então, o Senhor tem falado por meio da natureza, usando-a para
comunicar ora sua ira ora sua graça, a fim de que os homens temam ao Criador de
todas as coisas.
Assim, “grandes são as obras do SENHOR,
consideradas por todos os que nelas se comprazem” (Sl.111.2). Mas, nem todas as
pessoas se mostram atentas ao agir divino. No sexto dia da criação, Deus
plantou um jardim e nele colocou o homem, mostrando seu amor, sua bondade, sua
graça, seu cuidado (Gn.2). Mas, quando o homem pecou Deus o expulsou do jardim,
revelando sua reprovação; e, ao multiplicar-se o pecado humano, o Senhor trouxe
o dilúvio para acabar com a humanidade, comunicando seu juízo sobre um povo cheio
de pecado (Gn.6).
E no decurso da história redentora, o
Senhor usou a natureza para falar algo aos homens. Nos dias de Jacó, Deus
mostrou sua justiça e seu cuidado fazendo com que as ovelhas sempre dessem cria
a filhotes que beneficiassem Jacó, pois Labão estava sempre tentando engana-lo
(Gn.30.27-43). E quando Israel vivia em profunda idolatria, o Senhor reteve as
chuvas por três anos e meio (1Rs.18).
Desse modo, a natureza é instrumento de
Deus, comunicando aos homens uma mensagem divina. Quando os homens são
arrogantes como Faraó, Deus transtorna a criação para servir de juízo a um povo
endurecido, assim foram as dez pragas do Egito. Mas, àqueles que ouvem a voz do
Senhor, o mar se abre para passarem a pés enxutos (Ex.1-15) e até o universo
para, a fim de lhes dar a vitória sobre os inimigos de Deus (Js.10).
E por mais que a revelação natural seja
imperfeita, continua sendo um instrumento divino, pois tudo o que o Senhor
criou nos conduz ao Filho de Deus, herdeiro de todas as coisas. Então, não
despreze a pregação da Palavra de Deus e nem mesmo ignore o agir do Senhor
falando pela criação. Pois, sempre que Deus fala, há uma esperança, a esperança
das misericórdias do Senhor.
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