A última páscoa

 

“tirando-o do madeiro, envolveu-o num lençol de linho, e o depositou num túmulo aberto em rocha, onde ainda ninguém havia sido sepultado.” (Lc.23.53)

 

Aquela foi a última páscoa. E, dessa vez, o verdadeiro Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo havia sido morto numa cruz. Aquele que durante seus três anos de ministério não descansou, agora estava descansando em uma sepultura, cumprindo, em sua morte, com o propósito do sábado: dar descanso eterno para toda a criação.

O véu do santuário estava rasgado em duas partes de alto a baixo (Mt.27.51), pois o sangue do Justo e Justificador abrira o caminho para Deus. E todos quanto esperavam na salvação do Senhor, tanto vivos quanto mortos, estavam livres para buscar e adorar o Altíssimo em Espírito e em Verdade. Silenciosamente, em sua sepultura, Cristo proclamou sua vitória sobre todo pecado, libertando os vivos e os mortos da condenação eterna.

Mas, sem entender o que estava acontecendo, os discípulos foram para casa guardar o sábado. E enquanto eles nada faziam, todos os obstáculos foram retirados de diante dos pecadores, pois o Novo e Vivo caminho fora aberto, Cristo, para que todo aquele que nEle cresse pudesse ir ao Pai. Mas, durante aquele dia, a criação chorava a morte do Único Homem Justo, aguardando, o dia inteiro, que Ele vencesse a morte.

Por causa da cegueira espiritual, pessoas tem entulhado obstáculos diante de si, “tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder” (2Tm.3.5), dificultando o caminho que fora limpo por Cristo Jesus. Por sua morte, Cristo abriu o caminho e nada mais pode nos impedir de buscar e adorar a Deus em Espírito e em Verdade.

Portanto, viva a liberdade! A liberdade para orar a Deus; a liberdade para confessar seus pecados ao Senhor; a liberdade para adorar ao Criador com simplicidade; a liberdade para andar com o Pai, por meio de Cristo Jesus. Através da última páscoa, temos livre acesso a Deus. Então, dominicalmente, somos lembrados, pela Ceia do Senhor, que estamos livres e Aquele que foi morto e sepultado, voltará para que desfrutemos do eterno sábado que Ele conquistou para nós.