“Pois foi assim também que a si mesmas se ataviaram, outrora, as santas mulheres que esperavam em Deus” (1Pe.3.5)
Com o que você tem atraído mulheres à vida da igreja? Você tem dado razões bíblicas para que mulheres queiram fazer parte das relações fraternas femininas?
Talvez você me pergunte, surpresa: Mas, precisamos dar alguma razão para isso?
SIM, é claro! Ninguém deveria participar de grupos apenas por participar. Deve haver sempre boas razões para tudo o que fazemos, já que a Palavra de Deus nos diz que “quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (1Co.10.31)
Quando se trata de mulheres, devemos esperar que as cristãs reflitam a beleza da feminilidade bíblica. Pensar que mulheres serão atraídas para um grupo porque suas programações são divertidas seria subestimar a maturidade delas; ou, porque tem lanche gostoso em seus encontros seria pensar que elas só pensam em comer; ou, porque gostam de distribuir lembrancinhas seria vulgarizar os interesses pessoais, afinal não estamos falando de crianças, mas de mulheres que devem mostrar uma maturidade coerente com a idade que possuem (Tt.2.3-5).
Mulheres deveriam ser atraídas a grupos femininos por terem visto qualidades bíblicas que as ajudarão a ser mulheres mais parecidas com o padrão oferecido por Deus. As mais jovens deveriam ser atraídas por encontrarem nas cristãs um exemplo de vida no falar, no tratar, no agir, no servir, no ser esposa, no ser mãe etc. São estas as razões que agradam a Deus e conduzem mulheres a uma vida agradável ao Senhor. Como disse Paulo: “sejam sérias em seu proceder, não caluniadoras, não escravizadas a muito vinho; sejam mestras do bem, a fim de instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao marido e a seus filhos, a serem sensatas, honestas, boas donas de casa, bondosas, sujeitas ao marido, para que a palavra de Deus não seja difamada” (Tt.2.3-5). Você já pensou nisso?
Para refletirmos sobre esse assunto tão importante, queremos tomar como referência uma mulher da Bíblia: Ana. Essa mulher atribulada mostrou-se um exemplo, sendo capaz de atrair outras mulheres para Deus por meio de seu testemunho de vida piedosa, até os dias de hoje. Então, vamos refletir um pouco sobre as qualidades de uma mulher piedosa que anda com o Senhor:
COMO ANA LIDAVA COM SEUS PROBLEMAS?
Ana tinha dois grandes problemas que afligiam seu coração: 1) ela era estéril; 2) e, tinha uma adversária em sua casa. Ana não podia dar à luz filhos a seu marido; ter uma criança em seu colo. E como se isso não bastasse, ela tinha uma adversária dentro de casa, pois seu esposo tinha outra esposa (Penina), um triste desvio do povo de Deus que, infelizmente, tornou-se comum naqueles dias. Penina tinha filhos e, então, humilhava Ana, irritando-a sobremaneira até fazê-la chorar (1Sm.1.1-7).
O que Ana fazia diante das ofensas de Penina? Ana chorava na presença do Senhor. Sempre que todos iam adorar a Deus, Ana orava intensamente ao Senhor, apresentando seu clamou com lágrimas. O comportamento de Ana é digno de imitação. Ela não brigava, não xingava, não se vingava, não ficava falando mal de Penina para as outras mulheres, nem deixava de buscar a Deus (Rm.12.9-21//1Sm.2.1-10). Ana se aproximava cada vez mais do Senhor, orando e esperando humildemente nas misericórdias de Deus. Assim, podemos dizer que Ana resolveu seu problema por meio da oração, perseverando em clamar ao Deus de Israel.
Como Ana, muitas mulheres do passado esperaram em Deus, como nos diz o apóstolo Pedro (1Pe.3.5). Elas realmente esperavam o agir de Deus enquanto oravam. Sara teve que esperar 25 anos para dar à luz Isaque (Gn.12.4; 21.5); Abigail teve que esperar muito tempo para Deus livra-la de Nabal, um homem de Belial (1Sm.25.3,38); Rute esperou no Senhor, pacientemente, até que Deus providenciasse o resgatador (Rute). Esperar em Deus implica em descansar o coração no Senhor e em agir da forma correta enquanto aguarda o operar de Deus em favor daqueles que esperam nEle.
E você, como resolve seus problemas? Você ora ao Senhor ou tentar fazer tudo do seu jeito? Você espera em Deus ou segue seu coração pecador? Você clama ao Senhor ou tentar se vingar com as próprias mãos? Mulheres cristãs piedosas e maduras devem atrair outras por meio de seu testemunho, ensinando-as a orar e esperar em Deus diante dos problemas da vida. Essa, com certeza, seria uma razão para mulheres participarem de grupos de mulheres da igreja.
COMO ANA TRATAVA OS HOMENS, SOBRETUDO LÍDERES?
As santas mulheres da Palavra de Deus sabiam respeitar o homem, sobretudo a liderança. Quando Ana orava perante o Senhor, o Sumo Sacerdote Eli teve a impressão que ela estava embriagada, pois estava mexendo os lábios sem sair som algum, pois ela orava no coração. Então, o Sumo Sacerdote chamou a atenção dela: “Até quando estarás tu embriagada? Aparta de ti esse vinho!” (1Sm.1.14). Ana foi confundida com uma mulher vulgar que se entrega à bebida até durante a luz do dia.
Todavia, mesmo Eli estando errado em seu julgamento, Ana o tratou com todo o respeito devido, respondendo com piedade e humildade: “Porém Ana respondeu: Não, senhor meu! Eu sou mulher atribulada de Espírito... ... Não tenhas, pois, a tua serva por filha de Belial...” (1Sm.1.15-16). O tratamento de Ana é admirável e digno de imitação. Ela chama o Sumo Sacerdote de “senhor meu”; ela se põe diante de Eli como “a tua serva”. A humildade e a piedade de Ana cativaram o Sumo Sacerdote que logo corrigiu seu erro pronunciando palavras abençoadoras para Ana: “Então, respondeu Eli: Vai-te em paz, e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste.” (1Sm.1.17). A piedade de Ana atraiu as bênçãos do Senhor, mas se ela tivesse sido desrespeitosa teria atraído maldição.
Semelhante a Ana, encontramos Ester que mesmo sendo rainha obedeceu seu tio e em todo tempo respeitou o rei Assuero, antes e depois de ser-lhe esposa (Et.2.20). O apóstolo Pedro exorta as mulheres cristãs a serem sempre submissas ao marido, mesmo quando o esposo não é cristão (1Pe.3.1). Conforme o apóstolo, Deus se agrada de um “incorruptível trajo de um espírito manso e tranquilo” (1Pe.3.4). Essa é uma preciosa herança das piedosas mulheres de Deus do passado e deve ser preservada pelas mulheres cristãs. O comportamento feminista, libertino e rebelde de nossos dias não é fruto do Espírito Santo e, portanto, não pode agradar a Deus de forma alguma.
E você como trata a liderança, os presbíteros e o pastor? Você é exemplo de respeito, humildade e submissão? Há mulheres que saem falando mal de tudo e de todos que as desagradam em alguma medida. Há mulheres que esbravejam difamando sua própria liderança. Há mulheres que querem tratar de igual para igual, influenciadas pelo mundo feminista e ainda chamam o pastor de machista. Essas mulheres não estão imitando Ana; elas se parecem mais com Jezabel, esposa do rei Acabe (1Rs.18.4). Essas mulheres não estão testemunhando a verdadeira piedade que Deus requer de toda mulher.
Cristãs de todas as igrejas deveriam atrair outras mulheres por meio de seu “honesto comportamento cheio de temor” (1Pe.3.2), afinal Cristo é o Supremo Pastor da igreja (1Pe.5.4) e foi Cristo quem escolheu, chamou e enviou homens para pastorearem sua igreja (Ef.4.11). Em Efésios, Paulo exorta as mulheres a tratarem o marido como a própria igreja deve tratar Cristo, ou seja, com toda submissão e respeito. E já que a igreja é o povo de Deus, devemos esperar que nela as pessoas aprendam a humildade, o respeito, o serviço e o correto modo de tratar toda liderança, a começar pelos pais. Desse modo, mulheres piedosas atrairão toda mulher que desejar aprender a piedade, uma forte razão para se aproximarem de grupos de mulheres cristãs.
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