O que você faria caso seu amigo
estivesse em um precipício pronto para pular? Você o “ajudaria” a seguir em
frente na decisão dele e lhe daria um empurrãozinho? Ou você lhe diria: “Estou
contigo em todas as suas escolhas meu amigo, vá em frente”? Ou, ainda, ficaria
calado com medo de seu amigo ficar chateado com você por você discordar das
escolhas dele?
Por mais estranho que pareça a
ilustração acima, ela representa com exatidão o que ocorre no dia a dia em
muitas relações, inclusive cristãs. Qual a sua atitude quando pessoas, que você
afirma amar, fazem escolhas erradas? Você adverte-as quanto aos perigos daquilo
que estão planejando? Você exorta-as com severidade e amor, mostrando-lhes a
profundidade do problema do mau caminho? Você se mostra contrário às suas
escolhas, a fim de tentar convencê-las das consequências das más decisões? Se
você não faz nada disso, então você não ama essa pessoa, você ama a si mesmo e
não quer que essa pessoa deixe de tratar você bem.
Que amor é esse que não se esforça
para tirar as pessoas do caminho errado? Que amor é esse que não faz nada ao
ver os amigos irem para o inferno? Que amor é esse que se preocupa mais com a
própria imagem do que com o bem-estar do amigo? Que amor é esse que não tem
coragem de dizer a verdade que pode salvar? Que amor é esse que só se preocupa
em usufruir dos benefícios das relações? Que amor é esse que não chora ao ver o
outro indo ao inferno? Isso não é amor! Isso é apenas utilitarismo! O outro é
apenas um objeto para causar satisfação! Se é assim, então você só ama a si
mesmo.
O verdadeiro amor é abnegado, ou
seja, não está preocupado consigo mesmo, não busca seus interesses (1Co.13.5).
O verdadeiro amor é doador, pois prefere tirar de si mesmo para garantir que o
outro tenha. Logo, o verdadeiro amor prefere sofrer prejuízos a deixar o outro
sofrer os danos de suas más escolhas. Por essa razão, verdadeiros bons pais
preferem ser considerados chatos por ordenarem coisas necessários aos filhos a
negligenciarem o cuidado para serem chamados de pais legais; por isso, um bom
pastor prefere ser mal compreendido por ensinar a verdade que salva a ser bem
tratado por falar o que agrada ao povo.
Portanto, o amor não se poupa com
medo de ser mal afamado por falar a verdade salvadora. Foi isso que Jesus fez
durante todo seu ministério, pois ele amava seus discípulos e queria salvá-los
de seus próprios pecados. É isso, também, o que encontramos na carta de Paulo
aos gálatas (Gl.3.1-5) que estavam sendo tentados a se desviarem de Cristo. E,
é o que você deveria fazer sempre que alguém está procurando o mau caminho,
principalmente quando for seu amigo(a).
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