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quarta-feira, 31 de julho de 2019

Que amor é esse?

O amor [...] não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade” (1Co.13.4,6)

O que você faria caso seu amigo estivesse em um precipício pronto para pular? Você o “ajudaria” a seguir em frente na decisão dele e lhe daria um empurrãozinho? Ou você lhe diria: “Estou contigo em todas as suas escolhas meu amigo, vá em frente”? Ou, ainda, ficaria calado com medo de seu amigo ficar chateado com você por você discordar das escolhas dele?

Por mais estranho que pareça a ilustração acima, ela representa com exatidão o que ocorre no dia a dia em muitas relações, inclusive cristãs. Qual a sua atitude quando pessoas, que você afirma amar, fazem escolhas erradas? Você adverte-as quanto aos perigos daquilo que estão planejando? Você exorta-as com severidade e amor, mostrando-lhes a profundidade do problema do mau caminho? Você se mostra contrário às suas escolhas, a fim de tentar convencê-las das consequências das más decisões? Se você não faz nada disso, então você não ama essa pessoa, você ama a si mesmo e não quer que essa pessoa deixe de tratar você bem.

Que amor é esse que não se esforça para tirar as pessoas do caminho errado? Que amor é esse que não faz nada ao ver os amigos irem para o inferno? Que amor é esse que se preocupa mais com a própria imagem do que com o bem-estar do amigo? Que amor é esse que não tem coragem de dizer a verdade que pode salvar? Que amor é esse que só se preocupa em usufruir dos benefícios das relações? Que amor é esse que não chora ao ver o outro indo ao inferno? Isso não é amor! Isso é apenas utilitarismo! O outro é apenas um objeto para causar satisfação! Se é assim, então você só ama a si mesmo.

O verdadeiro amor é abnegado, ou seja, não está preocupado consigo mesmo, não busca seus interesses (1Co.13.5). O verdadeiro amor é doador, pois prefere tirar de si mesmo para garantir que o outro tenha. Logo, o verdadeiro amor prefere sofrer prejuízos a deixar o outro sofrer os danos de suas más escolhas. Por essa razão, verdadeiros bons pais preferem ser considerados chatos por ordenarem coisas necessários aos filhos a negligenciarem o cuidado para serem chamados de pais legais; por isso, um bom pastor prefere ser mal compreendido por ensinar a verdade que salva a ser bem tratado por falar o que agrada ao povo.

Portanto, o amor não se poupa com medo de ser mal afamado por falar a verdade salvadora. Foi isso que Jesus fez durante todo seu ministério, pois ele amava seus discípulos e queria salvá-los de seus próprios pecados. É isso, também, o que encontramos na carta de Paulo aos gálatas (Gl.3.1-5) que estavam sendo tentados a se desviarem de Cristo. E, é o que você deveria fazer sempre que alguém está procurando o mau caminho, principalmente quando for seu amigo(a).

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