“O SENHOR reina para sempre; o teu Deus, ó Sião, reina de
geração em geração. Aleluia!”
(Sl.146.10)
Jesus é o Senhor de toda a sua vida? Tem certeza?
Todo cristão dirá que sim, com bastante convicção. Afinal,
Jesus é Senhor e Salvador de todo aquele que nEle crê. Todavia, nem sempre os
cristãos se mostram realmente dispostos a serem conduzidos pela vontade de
Deus, principalmente quando esta vontade se revela contrária aos desejos do
coração. Ou seja, o senhorio de Cristo sobre a vida de muitos cristãos está
restrito àquilo que lhes é conveniente. O mesmo acontece com as crianças.
Quando um filho é presenteado ele se dirige ao pai com um sorriso, dizendo: “O
senhor é o melhor pai do mundo. Amo o senhor!” Em outro dia, quando castigada,
necessariamente, por causa de seus pecados, a mesma criança se volta contra o
pai murmurando em sussurros: “O senhor é muito chato. Vou sair de casa. Quero
outro pai etc.” Caso fosse um adulto, provavelmente teria saído de casa com
raiva de seu pai; algo não incomum.
Poderíamos, realmente, afirmar que Jesus é o Senhor dessa presente
geração de “cristãos”? O número crescente de instituições religiosas
propagadoras da teologia da prosperidade e a presença expressiva da massa
dentro delas tornam necessário esse questionamento. A redução do tempo de
pregação e a superficialização do conteúdo dos sermões também indicam
que a presente geração não está interessada em saber o que Deus tem para falar.
Quando um pregador anuncia que Deus tem bênçãos para aqueles que creem em
Jesus, as pessoas gritam: “Amém!” Mas, trocam de igreja quando são exortadas a
abandonar seus pecados: orgulho, maledicência, desonestidade, mentira,
discórdia, prostituição etc. Não é sem razão que as “caixinhas de promessas”
costumam estar repletas, apenas, com palavras agradáveis aos ouvidos. Também,
não é sem motivo que surgiu uma geração de “pastores” engraçados que fazem a
plateia sorrir durante as preleções, mas não promovem uma só lágrima naqueles
que precisam verdadeiramente crer em Jesus, entregar-lhe a vida, abandonar
pecados e viver uma vida santa em Cristo.
Em nossos dias, Jesus é somente salvador das pessoas. Ele é
propagado como alguém que ama o pecador, que deu a vida para salvar os
perdidos, que faz de tudo para resgatar vidas, que aceita as pessoas como elas
estão sem aparentemente se incomodar com a forma como viverão, desde que elas o
aceitem como salvador. A visão sobre Deus tem se parecido muito com a figura do
“Papai Noel” que só aparece uma vez ao ano e quando aparece dá presentes para
todos. Parece-nos que o ideal democrático, em que o homem decide o rumo de sua
vida e nação, tem colaborado com a visão da redução do alcance do senhorio de
Cristo sobre as pessoas. Jesus tornou-se uma espécie de “presidente” que é
elogiado até o momento em que “toca na ferida” da nação, momento em que os
homens pedem seu “impeachment”.
Então, pergunto novamente: Jesus é o Senhor de toda sua
vida? Ou você somente o reconhece como salvador? Sua vida testemunhará a
verdade sobre sua real relação com Cristo.
Jesus não é somente Salvador. Portanto, é fundamental falar
sobre o senhorio de Cristo e suas implicações para a vida da igreja. Tanto os
cristãos quanto aqueles que se mostram interessados em adentrar à vida do povo
de Deus precisam saber que Cristo é Senhor, não somente salvador, a fim de que
possam ter todas as informações básicas necessárias para calcularem os “custos”
de ser cristão, conforme advertiu o Senhor Jesus, em Lucas 14.25-35, àqueles
que o seguiam:
Grandes multidões o acompanhavam, e ele, voltando-se,
lhes disse: 26 Se alguém vem
a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e
ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27 E qualquer que não tomar a sua
cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo. 28 Pois qual de vós, pretendendo
construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e
verificar se tem os meios para a concluir?
29 Para não suceder que, tendo lançado os alicerces e não a
podendo acabar, todos os que a virem zombem dele, 30 dizendo: Este homem começou a
construir e não pôde acabar. 31
Ou qual é o rei que, indo para combater outro rei, não se assenta primeiro para
calcular se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte
mil? 32 Caso contrário,
estando o outro ainda longe, envia-lhe uma embaixada, pedindo condições de
paz. 33 Assim, pois, todo
aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu
discípulo. 34 O sal é
certamente bom; caso, porém, se torne insípido, como restaurar-lhe o
sabor? 35 Nem presta para a
terra, nem mesmo para o monturo; lançam-no fora. Quem tem ouvidos para ouvir,
ouça.
A Escritura afirma que Jesus é o Senhor de tudo que existe
no universo e dono do próprio universo. Ele é o Criador de todas as coisas e o
legítimo herdeiro de todas elas, também. Portanto, Ele é o Senhor do todo e de
suas partes, ou seja, não somente da macro criação como também da micro
criação. Logo, Jesus é o Senhor de todas as pessoas, mesmo que elas não saibam,
mesmo que elas não queiram, de modo que nada pode fugir de seu senhorio, razão
para que Ele decida o destino final de tudo, tanto o dia da morte (Mt.6.27;
10.29) quanto a destinação pós-morte (Mt.25.31-46).
Proclamarei o decreto do SENHOR: Ele me disse: Tu és meu
Filho, eu, hoje, te gerei. 8
Pede-me, e eu te darei as nações por herança e as extremidades da terra por tua
possessão. (Sl.2.7-8)
Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem
ele, nada do que foi feito se fez. (Jo.1.3)
Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as
coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém! (Rm.11.36)
nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a
terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados,
quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. (Cl.1.16)
nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem
constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.
(Hb.1.2)
Então, em sentido objetivo, podemos dizer que Jesus é o
Senhor de todas as pessoas indistintamente, não apenas dos cristãos. Contudo,
em sentido subjetivo, somente aqueles que reconhecem o senhorio de Cristo
afirmam verdadeiramente que Jesus é o Senhor de suas vidas, não apenas em
palavras, mas, sobretudo, por meio de uma vida de alegre obediência à Escritura
(Jo.14.21). Mas, por que essa distinção entre relação objetiva e relação
subjetiva? Será possível, em alguma medida, que alguém rejeite o senhorio
daquele que é o Todo-poderoso Criador do universo? Será que todas as pessoas
que dizem crer em Jesus como Salvador também se submetem a Ele como Senhor?
Quais seriam as implicações tanto do reconhecimento quanto da rejeição do
senhorio de Cristo?
Precisamos distinguir a relação objetiva da relação
subjetiva do senhorio de Cristo, porque nem todas as criaturas aceitam o fato
de que Jesus é o Senhor de todas as coisas que existem, animadas e inanimadas.
Por relação objetiva queremos dizer que é fato inegável e imutável (conforme a
Escritura) que Cristo é Senhor de tudo, independentemente da relação subjetiva
de cada ser com o Criador. Os pagãos podem não aceitar o senhorio de Jesus, mas
isso não muda o fato de que Cristo é o Senhor da vida deles e, portanto, tem
completo poder sobre suas vidas. O senhorio objetivo de Jesus sobre tudo e
todos não depende de suas criaturas, mas apenas do próprio Deus Criador. Porém
a relação subjetiva do senhorio de Cristo sobre as criaturas diz respeito ao
modo como cada sujeito se porta diante do Criador: muitos seres vivos lhe
prestam culto com satisfação (Sl.16), algumas criaturas o obedecem apenas por
obrigação (Tg.2.19) e há, ainda, aqueles que o rejeitam rebeldemente: “Mas
os seus concidadãos o odiavam e enviaram após ele uma embaixada, dizendo: Não queremos
que este reine sobre nós” (Lc.19.14).
Podemos dizer, então, que o senhorio de Cristo não pode ser
rejeitado em seu aspecto objetivo. Contudo, também é verdade que as criaturas
de Deus podem demonstrar rejeição pessoal, subjetiva, ao senhorio de Jesus. Cristo
afirmou que o povo de Israel por muitas gerações rejeitou o senhorio de Deus,
razão para sofrer as implicações disso: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os
profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os
teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós
não o quisestes! Eis que a vossa casa vos ficará deserta.” (Mt.23.37-38).
De modo semelhante, todo aquele que rejeita o convite gracioso à salvação
também está recusando submeter-se ao governo de Cristo, ainda que nem todas as
pessoas que dizem ter Cristo como Salvador se submetam verdadeiramente a seu
senhorio. Isso ocorre porque faz parte da natureza pecadora do ser humano a
resistência contra todo tipo de autoridade, principalmente quando esta
autoridade é legitimamente boa. A natureza pecadora do homem é, por si mesma,
contrária e indisposta ao Criador, existindo para rejeitar seu querer.
Então, mesmo que ninguém possa fugir do governo objetivo divino,
e “até os demônios creem e tremem” (Tg.2.19) certos de que o dia do
juízo divino chegará (Ap.12.12), contudo é possível que as criaturas vivam como
se estivessem longe do alcance do domínio de Deus. O que não se costuma levar
em consideração é que a ignorância e o desprezo do homem não anulam a realidade
do governo divino e que para cada escolha feita pelas criaturas são reservadas
implicações boas ou ruins, tanto para o presente quanto para o futuro.
Terminando o sermão registrado no capítulo 5 a 7 de Mateus, Jesus afirma que o
desprezo pelo seu senhorio acarretará em negação da salvação no dia do juízo
divino: “Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de
mim, os que praticais a iniquidade.” (Mt.7.23//Mt.25.41). Portanto, a
rejeição do governo divino é algo prejudicial ao próprio homem, ou seja, não é
algo bom nem inteligente nem provém de uma sã liberdade. Diante disso surge a
plena necessidade humana do agir gracioso e irresistível de Deus que muda tanto
a mentalidade do homem quanto sua vontade, para que não mais rejeite o senhorio
de Cristo, antes viva alegremente por meio dEle e para Ele.
Mas, a conversão não anula completamente o poder do pecado
sobre a pessoa. Mesmo após o agir gracioso e irresistível de Deus, a natureza
pecadora insiste em permanecer no ser humano disputando a supremacia sobre o
mesmo: “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a
carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja
do vosso querer” (Gl.5.17). Essa disputa pelo coração do homem, com o fim
de assumir suas vontades, somente terminará quando Cristo voltar trazendo a
incorruptibilidade e imortalidade para seu povo (1Co.15.50-57). Até aquele dia,
Deus quer que seu povo lute bravamente contra o pecado (Hb.12.4), buscando “as
coisas lá do alto, onde Cristo vive” (Cl.3.1), demonstrando que realmente
ama mais o Senhor do que a própria vida (Lc.14.26), afirmando e praticando que
“já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora,
tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se
entregou por mim” (Gl.2.20).
Mas, será que todos aqueles que se dizem cristãos realmente
vivem segundo o governo do Senhor Jesus? Infelizmente, não! Dizer que Jesus é o
Senhor de nossa vida significa submeter toda nossa forma de pensar, toda nossa
vontade, todas nossas palavras e todas nossas ações ao Senhor Jesus. Ou seja, o
cristão deve pensar, desejar, falar e fazer somente aquilo que agrada Cristo. Para
isso, Deus nos deu seu Santo Espírito e sua Santa Palavra que têm poder para
agir em nós moldando-nos à imagem de Jesus (2Co.3.18). Ou seja, somos feitos
semelhantes a Cristo, a fim de que vivamos eternamente com o Senhor em
perfeição e glória. E para que isso realmente ocorra, Cristo deve ser
reconhecido como Senhor da vida do cristão, não somente no aspecto objetivo,
mas, também, subjetivo.
O reconhecimento do senhorio de Cristo deve se expressar em
toda a vida do cristão. Frequentar uma igreja local não é sinônimo desse
reconhecimento. Muitos cristãos frequentam assiduamente alguma igreja local,
mas vivem o dia a dia como se Jesus tivesse ficado dentro do prédio da igreja. Criou-se,
então, uma vida dualista, ou seja, um cristianismo de dois modos de viver: um
na igreja e outro fora dela. Entretanto, Jesus não é apenas Senhor de momentos
vivenciados dentro de um prédio chamado de igreja. Cristo é Senhor de tudo e
todos: da oração, dos desejos, dos pensamentos, das palavras, das roupas, dos
livros, das músicas, dos filmes, dos tratamentos, do tempo, dos bens, das
profissões, das relações, do dinheiro, da natureza etc. Portanto, viver segundo
o senhorio de Cristo significa submeter a Ele toda a vida, a fim de que Ele
dirija cada momento de nosso viver segundo sua vontade que é sempre “boa,
agradável e perfeita” (Rm.12.2).
Pergunto outra vez: Jesus é Senhor de toda a sua vida? Se
Ele é o Senhor de toda a sua vida, então seus pensamentos estão sendo
submetidos a Cristo. Você tem buscado pensar “tudo o que é verdadeiro, tudo
o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é
amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe”
(Fp.4.8)? Para isso, é fundamental a escolha correta do que ouvir, ler e
assistir, afinal Jesus também é Senhor de nossos ouvidos e olhos. Você já
avaliou se as músicas que ouve, as conversas que participa, os livros que lê e
os filmes que assiste são realmente aprovados por Cristo? Seria isso um
exagero? Não, pois Cristo é verdadeiro Senhor de toda nossa vida e a quer pura
e santa para Deus (1Pe.1.16). Para que você tenha bons pensamentos, segundo a
pureza de Jesus, faz-se necessário preencher a mente apenas com aquilo que é justo
e bom. Nenhum recipiente pode ser considerado limpo se aquilo que colocam nele é
lixo. O que você tem jogado dentro de sua cabeça?
E de seus desejos, Cristo é Senhor? Isso dependerá de onde
está seu coração (Mt.6.21). Para que seus desejos sejam verdadeiramente
dirigidos para Deus é necessário amá-lo “de todo o teu coração, de toda a
tua alma e de todo o teu entendimento” (Mt.22.37). Você ama Cristo mais do
que a si mesmo? Então, deseje tudo o que realmente glorifica a Deus, mesmo
quando for contrário aos interesses de sua natureza pecadora que persiste
dentro de você. Em muitos momentos e assuntos da vida, submeter os desejos ao
senhorio de Cristo será algo trabalhoso, afinal é natural ao ser humano o fazer
escolhas que julga serem mais deleitáveis, mais favoráveis a nosso bem-estar. É
mais fácil abandonar o casamento do que lutar por ele, principalmente quando exige
grande esforço dos cônjuges; é mais fácil sair de uma igreja do que se esforçar
para conviver com as diferenças e erros uns dos outros; é mais fácil deixar os
filhos “se virarem sozinhos” do que persistir na educação cristã deles etc.
O mesmo pode ser dito sobre muitas outras escolhas da vida.
Nem sempre a profissão (ou negócio) mais lucrativa é aquela que Deus quer para
seus filhos. Muitas vezes, a profissão que melhor serve a um cristão é aquela
que não lhe proporciona grande status social, mas lhe possibilita o fiel
serviço e testemunho. Também devemos aplicar o senhorio de Cristo à escolha da
moradia e de outros bens. Ou seja, o cristão deve desejar aquilo que tem melhor
proveito para o Senhor Jesus, aquilo que se enquadra melhor à vida segundo
Cristo. Por isso, o cristão deve orar sempre, pedindo direção para tudo aquilo
que necessita fazer, falar e escolher (Tg.4.15). E quando orar pedindo a
direção do Senhor, o coração do cristão deve estar realmente disposto a aceitar
a vontade de Deus, mesmo quando esta for contrária às expectativas da natureza
pecadora. Portanto, submeter os desejos ao senhorio de Jesus significa estar
realmente disposto a querer que a vontade de Deus seja feita “assim na terra
como no céu” (Mt.6.10), sabendo que muitas vezes a vontade de Deus nos
conduzirá para desertos nos quais o Senhor trabalhará nossa vida (Mt.4.1),
provando-nos e aperfeiçoando-nos para que sejamos vasos de bênção em suas mãos
(Tg.1.2-4).
Assim como os pensamentos e desejos do coração devem
submeter-se ao senhorio de Cristo, não poderíamos esperar algo diferente das
palavras e ações do cristão. Reconhecer Jesus como Senhor, não somente como
salvador, implica em consagrar os lábios para uso exclusivo de Deus, ou seja,
para falar somente aquilo que é puro, justo e bom, “falando entre vós com
salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos
espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso
Senhor Jesus Cristo” (Ef.5.19-20). Portanto, tendo os lábios consagrados a
Deus, o cristão não deve participar de “conversação torpe, nem palavras vãs
ou chocarrices, coisas essas inconvenientes; antes, pelo contrário, ações de
graças” (Ef.5.4). Por isso, a igreja deve combater toda maledicência e
mentira, brincadeiras impuras e piadas indecentes, ensinos errados e conversas
injustas. O fato de duas ou mais pessoas serem cristãs não significa que tudo
que fizerem será santificado (Mt.15.18-19; Tg.3.1-12). Contudo, se o conteúdo
da conversa de dois ou mais cristãos for puro, justo e bom, então esses
cristãos estarão se santificando para a glória de Deus.
Por fim, as ações dos cristãos deverão ser coerentes com
seus pensamentos, desejos e palavras. Alguém que tenha pensamentos santos ao
Senhor, desejos agradáveis a Deus e palavras purificadas em Cristo não poderia
ter ações contrárias à vida cristã. O modo humilde de tratar as pessoas, o
servir alegremente o próximo, o cuidado com a vida da igreja, o viver
responsável e agradável na família, a dedicação em todo trabalho, a priorização
da adoração ao Senhor etc. atrairão as pessoas para Cristo, pois são ações
decorrentes da nova vida dada e conduzida pelo Senhor. Portanto, as ações
cristãs devem ser testemunhas da verdadeira fé, à semelhança do que disse o
apóstolo Pedro sobre o comportamento da esposa e do marido:
“Mulheres, sede vós,
igualmente, submissas a vosso próprio marido, para que, se ele ainda não
obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de
sua esposa, ao observar o vosso honesto comportamento cheio de temor [...]
Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e,
tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com
dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que
não se interrompam as vossas orações” (1Pe.3.1-2,7)
Quando Jesus não é o Senhor absoluto dos cristãos, a igreja sofre
vendo as pessoas dentro dela fazerem apenas a vontade do próprio coração.
Inimizades dentro de igrejas locais, politicagens dentro dos concílios,
programações com o objetivo de agradar as pessoas, práticas desonestas entre
cristãos, tentativas para se derrubar o outro, exaltação de tradições em detrimento
do evangelho, idolatria de pessoas vaidosas etc. são implicações da rejeição do
senhorio pleno de Jesus. Para combater tudo isso, os cristãos precisam se
prostrar perante Cristo, a fim de entregar-lhe a vida, reconhecendo a
necessidade de que Jesus reine sobre cada pensamento, desejo, palavra e ação de
seu povo. Portanto, reconheça Cristo como Senhor absoluto de sua vida,
entregando-lhe todo seu viver, não apenas parte dele, pois no Senhor há
esperança “se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e
me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus,
perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (2Cr.7.14).
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