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sábado, 11 de novembro de 2017

Cristo, Salmos e Você - SALMO 9

Levanta-te, SENHOR; não prevaleça o mortal. Sejam as nações julgadas na tua presença. Infunde-lhes, SENHOR, o medo; saibam as nações que não passam de mortais.” (Sl.9.19-20)

Há várias causas para o elevado número de pessoas com depressão em nossos dias. Uma dessas causas é a falta de esperança diante dos problemas da vida, unido ao amor demasiado a si mesmo. Mas, é possível uma pessoa ter alegria e esperança no coração em dias maus? Agradecer a Deus e louvá-lo mesmo diante de sofrimentos? Sim! Pois, a segurança daquele que teme ao Senhor encontra-se na justiça do Rei de toda a Terra. O Salmo 9 nos revela que Davi esperava em Deus e nEle punha sua confiança mesmo em dias maus quando seus inimigos pareciam prevalecer.

A nobreza de Davi não se encontrava em sua realeza, mas em sua plena confiança no Reinado do SENHOR, o Deus de toda a Terra. Ele tinha valentes em sua guarda pessoal e um grande exército a seu dispor, mas sua segurança estava no poder e justiça de Deus que “permanece no seu trono eternamente” e “julga o mundo com justiça; administra os povos com retidão” (Sl.9.7,8). Portanto, Davi não olhava para si mesmo nem confiava em sua força; ele não vivia para si mesmo nem olhava apenas para as circunstâncias a seu redor. Por essa razão, Davi encontrava ânimo, esperança, força e alegria mesmo nos piores dias de sua vida, pois seus olhos estavam sempre fitos em Deus, sua rocha e fortaleza.

Com o coração em Deus, Davi encontrava razões de sobra para glorificar o Senhor, oferecendo graças e louvores ao Criador; firmado sobre a rocha, Davi esperava naquele que é “refúgio e fortaleza, socorro bem presente na tribulação” (Sl.46.1). Com esta confiança, Davi venceu Golias e muitos outros adversários e aguardava pacientemente o dia do Senhor quando este traria juízo sobre os inimigos de Deus e plena salvação para todos os que esperavam a redenção de Israel.

A confiança e a esperança em Deus são características fortemente presentes nos salmos de Davi. Boa parte de seus 73 salmos revelam as muitas aflições a que sujeitaram o ungido do Senhor. Seu clamor, em grande medida, prefigurou o sofrimento de Cristo que se humilhou e se sujeitou a este mundo para ser nosso redentor. Assim como Davi, Jesus era odiado por muitos de sua geração; e semelhante ao filho de Jessé, Cristo teve que lutar contra muitos adversários para trazer paz sobre o povo de Deus.

Mas, não apenas o sofrimento davídico tipificava as angústias do servo sofredor (Is.53). A confiança daquele servo de Deus, também, nos remete à firmeza de Cristo que viveu para dar glórias ao Pai (Sl.9.11; Jo.4.34). Em suas orações, Jesus sempre dava graças a Deus (Mt.11.5; 15.36; 26.27; Jo.6.11; 11.41) e mesmo diante de seus inimigos, Ele esteve pronto para perdoar (2Sm.19.16-23//Lc.23.34). Sua alegria era fazer a vontade do Pai (Jo.5.30) mesmo quando esta o colocou em aperto diante de seus adversários (Mc.14.36), pois sabia que do Senhor é “o reino, o poder e a glória para sempre” (Mt.6.13), “porque Tu, SENHOR, não desamparas os que Te buscam” (Sl.9.10).

Tal confiança e alegria no Senhor, mesmo em dias maus, provêm do Espírito de Deus que habita em seu povo. Jesus foi cheio do Espírito do Senhor (Lc.4.1) e nos deu de Seu Espírito para que sejamos cheios, também (Jo.20.22; At.4.8; Ef.5.18). Por isso, os apóstolos louvavam a Deus mesmo em cadeias (At.16.25) e não desistiram da fiel pregação da Escritura mesmo diante das muitas ameaças sofridas (At.5.40-42). E quando se viam diante das muitas ameaças do mundo ao redor, a igreja clamava a Deus, confiante, pois sua segurança estava no governo do Senhor da glória (At.4.29). Desta forma, a igreja seguia, corajosamente, pregando o Evangelho da graça de Cristo Jesus (At.4.31).

Jesus é nossa rocha sobre a qual firmamos nossa fé (1Co.10.4); Ele é nosso Rei eterno que governa o mundo com “cetro de ferro” (Sl.2.9); Cristo é nosso resgatador que nos livrou do império das trevas (Cl.1.13); Ele é o Senhor de tudo que fará separação entre as ovelhas e os bodes, a fim de que seu povo tenha paz eterna (Mt.25.31-46). Pois, em Jesus, Deus manifestará tanto sua poderosa e graciosa salvação quanto seu justo e santo juízo, para que em tudo o Senhor seja glorificado (Sl.9.19-20). Diante disso, espere nEle com perseverança, alegria e esperança; e “não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor” (Rm.12.19)!


Mantenha seu olhar fito sobre Cristo, então, em dias maus, você encontrará, nEle, ânimo e alegria, força e sabedoria para enfrentar as adversidades sem se abalar. Lembre-se que o Senhor é o juiz de toda a Terra e “fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los” (L.c.18.7). Aguarde em Jesus, pois Deus não desamparará seu povo jamais, então “regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes” (Rm.12.12).

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