Pages

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Cristo, Salmos e Você - SALMO 10

O SENHOR é rei eterno: da sua terra somem-se as nações. Tens ouvido, SENHOR, o desejo dos humildes; tu lhes fortalecerás o coração e lhes acudirás, para fazeres justiça ao órfão e ao oprimido, a fim de que o homem, que é da terra, já não infunda terror.” (Sl.10.16-18)

Há dias em que temos a sensação de que tudo está perdido, não há mais solução. Você olha para um lado e vê a política nacional submersa em corrupção; olha para o outro e se depara com a cultura da ignorância, tão imoral e vazia. Então, tenta desviar o olhar de ambas e se depara com a ciência caminhando qual cego diante de uma linda paisagem, pois “o perverso, na sua soberba, não investiga; que não há Deus são todas as suas cogitações” (Sl.10.4).

Contudo, não é o fim para quem conhece a Cristo. Mesmo diante de períodos tão caóticos, o cristão deve ter esperança como o autor do Salmo 10. Tudo estava muito ruim e a maior parte do Salmo é dedicada a descrever os problemas daqueles dias. Durante a leitura do Salmo, temos a impressão que o autor está sem esperança e que o mal havia dominado sobre tudo, sem haver mais quem pudesse livrar os justos das mãos dos ímpios. Todavia, mesmo diante de tamanho problema, o Salmista clama a Deus por auxílio e justiça, então seu coração encontra, nEle, consolo, relembrando o Reinado sempre eterno do Senhor dos senhores e Rei dos reis.

Cristo também sofreu a sua geração. Por onde Ele andou encontrou incredulidade, dureza de coração e maldade. Por ser justo, muitos o perseguiram até a morte; por amar a Deus, pessoas o humilharam e maltrataram; por ser o Filho de Deus, sua geração o desprezou e não fez caso de seu ensino. Então, “Jesus exclamou: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei?” (Mt.17.17). A perplexidade do salmista diante da perversidade de sua geração assemelha-se ao espanto de Jesus por causa da dureza de coração encontrada em seus dias.

Todavia, Jesus não apenas veio contemplar a maldade do homem, mas trazer a justificação de Deus para seu povo. Ele é o “Rei eterno” (Sl.10.16), que socorre os humildes (Mt.11.28) e fortalece o coração dos que esperam em Deus (Jo.14-17). Ele é a justiça de seu povo (Rm.5.1) e o vingador que há de julgar o mundo com retidão e defender os mansos (Ap.12.5; 19.15). Ele, portanto, é a viva esperança que o salmista aguardava ver; a resposta a todas as orações dos aflitos vilipendiados pelos ímpios; a perfeita intervenção divina em favor de seu povo que dia a noite clama por socorro diante de um mundo que jaz no maligno (Ap.6.9-11).

Portanto, devemos lembrar, no dia a dia, que antes de Jesus ser nosso amado amigo e Senhor, Ele foi, e sempre será, nosso auxílio, socorro e libertador (Rm.5.8; Cl.1.13; Hb.4.16). Assim como o salmista, também temos a impressão que o mundo está tomado pela maldade de tal forma que não parece mais haver solução. Mas, se por um momento olharmos para o Senhor da glória, o Deus da criação, o redentor do pecador, então contemplaremos seus atos redentores operados no decurso dos séculos, a fim de conduzir o homem ao único e perfeito salvador, o restaurador de toda a criação: Jesus (Rm.8).


Foi exatamente isso que Jesus fez, já próximo de sua crucificação (Mt.26.39). Ele contemplou a glória do Pai e descansou diante de sua perfeita vontade, certo de que assim como Ele havia glorificado a Deus por meio de suas obras, também o Pai o glorificaria por meio da vitória na cruz (Jo.17). De forma semelhante, tenha seus olhos sempre fitos em Cristo, a fim de que, nEle, seu coração encontre esperança e forças para continuar a jornada proposta por Deus, pois, mesmo que pareça demorado (Lc.18.7), Ele jamais nos deixará, e “vem, vem julgar a terra; julgará o mundo com justiça e os povos, consoante a sua fidelidade” (Sl.96.13).

Nenhum comentário:

Postar um comentário