“Sê forte e corajoso”
(Dt.31.7,23;
Js.1.6,7,9,18; 1Cr.22.13; 28.20)
O feminismo conseguiu feminilizar a mentalidade de nossa
geração. Não digo isso por causa do homossexualismo somente, mas, também, pela hipersensibilidade
e o sentimentalismo exacerbado das pessoas. Se alguém castiga o faltoso é
chamado de rude; se não abdica de suas convicções é considerado intolerante; se
usa palavras ríspidas para advertir os pecadores, dizem que não tem sabedoria.
Essa geração não suportaria as palavras de Lutero ou Calvino que “soltaram o
verbo” (leia as Institutas!) contra os adversários enquanto ensinavam a sã
doutrina; nem escutaria os sermões de João Batista ou Jesus que pronunciaram palavras
imprecatórias contra os hipócritas (Mt.3;23); tampouco, aguentaria ouvir as
exortações dos profetas do Antigo Testamento que proferiram o juízo do Senhor
contra um povo rebelde.
Alguns, então, dirão: “- Mas, o contexto histórico era
diferente”. Será!? Estão vendendo a salvação da mesma forma que fizeram nos
dias de Lutero; a politicagem eclesiástica está tão suja quanto a que João
Batista presenciou; há mais falsos mestres ensinando falsas doutrinas no meio
da igreja do que nos dias de Calvino; a hipocrisia religiosa do povo, apegado a
tradições vazias, assemelha-se ao que ocorria nos dias de Jesus; e a
libertinagem do evangelicalismo atual, idólatra de cantores e falsos apóstolos,
não é diferente da idolatria de Israel e Judá. Portanto, o contexto sócio-religioso
de nossos dias não deveria ser considerado tão diferente daquele presenciado
pelos profetas e reformadores.
Todavia, numa geração feminilizada, toda palavra tem que ser
temperada com açúcar, pois até o valente tornou-se frouxo para ouvir a Verdade
pronunciada com espírito revolto de um profeta zeloso por Deus. Uma geração feminilizada
não tem homens prontos para a guerra cultural contra o paganismo, mas tem
mulher-macho que domina dentro e fora de casa; não tem homens capazes de
conduzir com firmeza a igreja por meio da Escritura Sagrada, mas tem mulheres à
frente do povo de Deus, assumindo uma liderança formal e informal sobre
cristãos. Uma geração feminilizada não tem homens viris que lideram a família,
a igreja e a sociedade, pois foram fragilizados demais, tornando-se “tímidos e
medrosos” (Jz.7.3), incapazes de lutar valentemente pelo “Senhor dos exércitos”.
A feminilização da sociedade é uma estratégia de Satanás, a
fim de tornar a igreja frágil demais para lutar contra suas investidas
malignas. Precisamos, portanto, resgatar a masculinidade do homem, a fim de que
este sirva ao “Senhor dos exércitos” como varão valoroso. Mas, onde encontrar o
perfeito modelo varonil? Os cristãos devem olhar para Jesus, o mais corajoso de
todos os homens, que foi capaz de entregar-se ao inimigo sem covardia nem medo
algum, com o propósito de salvar seu povo. Jesus enfrentou os adversários,
suportou a humilhação e dor e manteve-se íntegro e firme no propósito de
glorificar a Deus. Cristo expulsou corruptos da casa de oração e confrontou com
palavras duras os líderes religiosos que desviavam o povo da Verdade. Ele guiou
seus discípulos na Escritura, com firme compostura sem aceitar qualquer desvio
da Palavra de Deus. Jesus é nosso perfeito modelo varonil e somente olhando
para Ele os homens dessa geração assumirão a correta postura viril que Deus
designou para Adão e seus descentes homens.
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