“Cristo amou a igreja e a si mesmo se
entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da
lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem
mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito.”(Ef.5.25-27)
Quão grande é
o amor de Deus por Sua igreja! Na eternidade, Ele a gravou em Seu coração e
quando o pecado a distanciou do Senhor, como um grande abismo, Ele nada poupou
para salvá-la da merecida ira vindoura. E, se na entrega de seu filho, no monte
Moriá, Abraão mostrou grande temor a Deus (Gn.22.12), quanto maior foi o amor
do Pai ao entregar Seu Filho Unigênito para que Seu povo fosse justificado e
reconciliado com Ele. E, para que andássemos na Sua Santa presença, Deus nos
atraiu pelo Santo Espírito, a fim de nos abençoar com o deleite da vida eterna
ao Seu lado. Por tudo isso, suspiro de alegria: Que imenso amor! Que eterno
amor!
O imenso amor
de Deus é perfeito, pois todos os atributos do Senhor coexistem em plena
harmonia, revelando Sua glória e santidade. Por Seu amor somos abençoados com
terna providência que nos concede vida, livramentos, saúde e provisão diária de
alimento. Também a esperança é derramada em nosso coração, fortalecendo-nos nas
adversidades, alegrando a alma com a certeza das bênçãos vindouras e atraindo
nossos olhos para o autor e consumador de nossa salvação (Rm.5.5). Que gracioso
amor! Que eterno amor!
E, o mesmo
doce amor que alegra nossa alma com muitas bênçãos é também o santo amor que
não nos deixa viver segundo a própria carne, porque “enganoso é o coração, mais do que
todas as coisas, e desesperadamente corrupto” (Jr.17.9). Portanto,
quando erramos o Senhor nos disciplina, “pois
que filho há que o pai não corrige?” (Hb.12.7). “Porque o Senhor corrige a quem ama e castiga a todo filho a quem recebe”
(Hb.12.6). Quando pecamos, Deus não sorri para a gente, antes nos adverte da
seriedade do pecado e seus efeitos devastadores, endireitando nosso caminho
para que recebamos a coroa da vida, reservada aos fiéis. Afinal, como disse o
apóstolo Paulo, o mesmo amor que é “paciente
e benigno” também “não se alegra com
a injustiça, mas regozija-se com a verdade” (1Co.13.4,6). E, em todas essas
coisas, também suspiro: Que santo amor! Que eterno amor!
Como filhos,
recebidos em Cristo, desfrutamos da plenitude do amor de Deus, derramado em
nosso coração pelo Espírito (Rm.5.5). Seu amor é justo e bom, misericordioso e
santo, abençoador e disciplinador e nos acompanha a vida toda, traspassando a
morte para a eternidade. Este amor não deve ser apenas contemplado, como por
bons observadores que admiram e se extasiam com uma bela obra de arte. Seu amor
deve ser provado (Sl.34.8) como o mais doce mel que fortalece o corpo e a mais
refrescante água que satisfaz plenamente a alma do sedento. Você já provou o
amor de Deus? Aquele que um dia provou o grande amor de Deus, nunca mais
desejará estar longe desta fonte de delícias perpétuas. E, provando-o, você
suspirará: Que doce amor! Que eterno amor!
E, além das
delícias que desfrutamos em Seu imenso amor, o amor de Deus é perfeito modelo
que nos ensina a cumprir os três mandamentos do amor: 1- Amar a Deus com todo o
ser e acima de todas as coisas; 2- Amar o próximo como a si mesmo; 3- Amar o
irmão na fé como Cristo o amou, entregando a vida por ele. É em Cristo que esse
amor encontra sua plenitude. Ele amou o Pai de tal maneira que, por obediência
entregou a vida para cumprir a vontade de Deus, dizendo: “não se faça a minha vontade, e sim a Tua” (Lc.22.42). Jesus amou as
multidões e se compadeceu delas, curando-as, libertando-as e restaurando a
dignidade de muitos perante a sociedade. Contudo, muitos daqueles que receberam
seu amor, nunca voltaram para agradecer, pois a única coisa que eles queriam
eram os benefícios que Jesus podia trazê-los. E, à semelhança do Pai, Jesus foi
“benigno até para com ingratos e maus”
(Lc.6.35). Mas, seu tão grande amor foi demonstrado na cruz, entregando a vida
por Sua igreja que tanto Ele ama. Foi ali no Calvário que Ele nos demonstrou
seu amor, fazendo ecoar suas Palavras em nosso coração: “que vos ameis uns aos outros; assim
como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros” (Jo.13.34).
Em tudo isso, portanto, me alegro sobremaneira e, então, suspiro: Que eterno
amor!
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