“Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de
antemão preparou para que andássemos nelas.” (Ef.2.10)
O perfeito modelo para a criação do homem e da mulher
foi o próprio Criador: “Criou Deus, pois, o homem à sua
imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn.1.27). Com base nos seus próprios atributos
comunicáveis, Deus criou Adão e Eva perfeitos em santidade e sabedoria, mas com
a possibilidade de transgredirem a lei do Senhor. Foi o único período da história
humana em que o homem era livre, pois somente onde há santidade e sabedoria
existe real liberdade para escolher entre o bem e o mal.
Após a queda, a imagem estava prejudicada, e com ela a
liberdade se fora. Nem a santidade nem a sabedoria estavam mais presentes, e
com isso o homem se tornou escravo de suas próprias paixões carnais. Agora,
homem e mulher são pecadores, e esta é a realidade que predomina geração após
geração, escravizando a humanidade.
As profundas marcas do pecado apareceram cedo. Ao nascer
o primeiro filho, Caim, logo se revelou a herança do pecado presente em seu
coração e este se tornou o primeiro homicida da história humana (Gn.4.8). Deus
havia ensinado Caim a resistir a tentação para não pecar (Gn.4.7), mas sem o
Espírito de Deus é impossível dominar a carne, e a transgressão foi inevitável,
pois o homem já era escravo do pecado. A imagem de Deus não estava mais intacta, pois o pecado a contaminara, então torna-se visível a natureza caída do pecador que sofre o pecado que “tenazmente nos
assedia” (Hb.12.1).
Por terem a santa e sábia imagem de Deus contaminada, pecadores
estão caminhando para o inferno, vivendo segundo seus pecados e não conforme a
“beleza da santidade” do Senhor
(Sl.29.2). Por estarem mortos em seus “delitos
e pecados” (Ef.2.1), homens e mulheres passarão a eternidade sofrendo o
juízo divino, porque quando se depararam com a necessidade de escolher entre o
bem e o mal, eles preferiram pecar contra o Senhor, pois lhes foi impossível
buscar a vontade de Deus que é “boa,
perfeita e agradável” (Rm.12.2).
É preciso restaurar a pureza da imagem de Deus no homem, e
somente Cristo pode fazê-lo. Para isso, Jesus realizou o pagamento da dívida eterna, a satisfação da justiça de Deus, o cumprimento da
lei, trazendo perdão ao homem transgressor. Por meio de Cristo, o pecador é
justificado, pois toda a dívida foi paga por Jesus na cruz do calvário
(Jo.19.30; 1Pe.1.18-19). E, uma vez considerado justo, inicia-se a obra de
reconstrução da imagem de Deus no homem, através do operar constante do Espírito Santo falando por meio da Santa Palavra de Deus.
Através do operar eficaz e poderoso do Espírito do Senhor, ocorre a restauração da liberdade perdida
com a queda de Adão e Eva. A regeneração operada pelo Espírito Santo oferece ao homem a liberdade necessária para que possa ver a Verdade e decidir viver pela Verdade (Ez.36.26-27). Em Cristo, o Espírito Santo estará presente na vida
do cristão, concedendo-lhe capacidade de decidir entre o bem e o mal. A
santidade e a sabedoria começam a ser recuperadas, pois o pecador arrependido
recebe um “coração novo” (Ez.36.26) e
a “mente de Cristo” (1Co.2.16), para
desejar e pensar nas “coisas lá do alto,
não nas que são aqui da terra” (Cl.3.2). Por meio do conhecimento da
Palavra de Deus o pecador é liberto do domínio do pecado, pois “conhecereis a verdade, e a verdade vos
libertará” (Jo.8.32).
Agora, “com o
rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos
transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o
Espírito” (2Co.3.18). Somos como vasos sendo restaurados pouco a pouco por
meio das habilidosas e pacientes mãos do oleiro, o Senhor, que pelo Espírito
Santo “efetua em vós tanto o querer como
o realizar, segundo a sua boa vontade” (Fp.2.13).
Em Cristo, não é a imagem de nossos pais pecadores pecadores que
prevalece, mas a imagem do Senhor, cada vez mais intensa naqueles que foram
alcançados pelo poder do Espírito Santo, recriados em Cristo Jesus , pela
Palavra do Senhor, a fim de que digam: “logo, já não sou eu
quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne,
vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl.2.20).
O amor de Deus em Cristo é imensurável! O que seria de nós sem a sua graça?!
ResponderExcluirQue o Senhor continue te usando, meu amigo!