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sábado, 11 de agosto de 2012

(Re)criados à imagem de Deus


Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.” (Ef.2.10)

O perfeito modelo para a criação do homem e da mulher foi o próprio Criador: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn.1.27). Com base nos seus próprios atributos comunicáveis, Deus criou Adão e Eva perfeitos em santidade e sabedoria, mas com a possibilidade de transgredirem a lei do Senhor. Foi o único período da história humana em que o homem era livre, pois somente onde há santidade e sabedoria existe real liberdade para escolher entre o bem e o mal.
Após a queda, a imagem estava prejudicada, e com ela a liberdade se fora. Nem a santidade nem a sabedoria estavam mais presentes, e com isso o homem se tornou escravo de suas próprias paixões carnais. Agora, homem e mulher são pecadores, e esta é a realidade que predomina geração após geração, escravizando a humanidade.
As profundas marcas do pecado apareceram cedo. Ao nascer o primeiro filho, Caim, logo se revelou a herança do pecado presente em seu coração e este se tornou o primeiro homicida da história humana (Gn.4.8). Deus havia ensinado Caim a resistir a tentação para não pecar (Gn.4.7), mas sem o Espírito de Deus é impossível dominar a carne, e a transgressão foi inevitável, pois o homem já era escravo do pecado. A imagem de Deus não estava mais intacta, pois o pecado a contaminara, então torna-se visível a natureza caída do pecador que sofre o pecado que “tenazmente nos assedia” (Hb.12.1).
Por terem a santa e sábia imagem de Deus contaminada, pecadores estão caminhando para o inferno, vivendo segundo seus pecados e não conforme a “beleza da santidade” do Senhor (Sl.29.2). Por estarem mortos em seus “delitos e pecados” (Ef.2.1), homens e mulheres passarão a eternidade sofrendo o juízo divino, porque quando se depararam com a necessidade de escolher entre o bem e o mal, eles preferiram pecar contra o Senhor, pois lhes foi impossível buscar a vontade de Deus que é “boa, perfeita e agradável” (Rm.12.2).
É preciso restaurar a pureza da imagem de Deus no homem, e somente Cristo pode fazê-lo. Para isso, Jesus realizou o pagamento da dívida eterna, a satisfação da justiça de Deus, o cumprimento da lei, trazendo perdão ao homem transgressor. Por meio de Cristo, o pecador é justificado, pois toda a dívida foi paga por Jesus na cruz do calvário (Jo.19.30; 1Pe.1.18-19). E, uma vez considerado justo, inicia-se a obra de reconstrução da imagem de Deus no homem, através do operar constante do Espírito Santo falando por meio da Santa Palavra de Deus.
Através do operar eficaz e poderoso do Espírito do Senhor, ocorre a restauração da liberdade perdida com a queda de Adão e Eva. A regeneração operada pelo Espírito Santo oferece ao homem a liberdade necessária para que possa ver a Verdade e decidir viver pela Verdade (Ez.36.26-27). Em Cristo, o Espírito Santo estará presente na vida do cristão, concedendo-lhe capacidade de decidir entre o bem e o mal. A santidade e a sabedoria começam a ser recuperadas, pois o pecador arrependido recebe um “coração novo” (Ez.36.26) e a “mente de Cristo” (1Co.2.16), para desejar e pensar nas “coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra” (Cl.3.2). Por meio do conhecimento da Palavra de Deus o pecador é liberto do domínio do pecado, pois “conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo.8.32).
Agora, “com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito” (2Co.3.18). Somos como vasos sendo restaurados pouco a pouco por meio das habilidosas e pacientes mãos do oleiro, o Senhor, que pelo Espírito Santo “efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Fp.2.13).
Em Cristo, não é a imagem de nossos pais pecadores pecadores que prevalece, mas a imagem do Senhor, cada vez mais intensa naqueles que foram alcançados pelo poder do Espírito Santo, recriados em Cristo Jesus, pela Palavra do Senhor, a fim de que digam: “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl.2.20).

Um comentário:

  1. O amor de Deus em Cristo é imensurável! O que seria de nós sem a sua graça?!
    Que o Senhor continue te usando, meu amigo!

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