“Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos
outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros”
(Jo.13.34)
Nossos dias são maus e nosso coração sofre com isso. Os pecados, a
maldade do mundo e as tentações do diabo costumam deixar marcas nele. O livro
de Provérbios nos exorta a cuidar muito bem do coração: “Sobre tudo o que se deve guardar,
guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida” (Pv.4.23)
Em geral, a sociedade fria e calculista tem tornado os corações em cubos de gelo
destroçados. Os relacionamentos não são mais permeados por terno amor e real
cuidado com o próximo. As relações entre as pessoas são expressas no ditado:
“amigos, amigos negócios à parte”.
Mas, não é novidade para a Bíblia, pois o Senhor Jesus havia predito o
esfriamento do amor: “E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se
esfriará de quase todos” (Mt.24.12). No entanto, a igreja não deve
se acomodar com o mundo e nem aceitar sua forma. O esfriamento do mundo não
deve levar a igreja a se esfriar também: “E não vos conformeis com este século, mas
transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja
a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm.12.2). A igreja
deve reagir ao mundo, lutando contra o sistema maligno e buscando a graça de
Deus. Enquanto o mundo te odeia, “não te
deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm.12.21).
Enquanto o mundo quase todo esfria ao seu redor, a igreja deve permanecer
ardendo em amor, pois “nisto conhecerão todos que sois meus discípulos:
se tiverdes amor uns aos outros” (Jo.13.35). Além do esfriamento, a
descrição e práticas do amor no mundo são marcadas pelo pecado. O amor do mundo
é um sentimento egoísta, conveniente a cada um, que visa o prazer. Ou seja, não
passa de sensações internas que produzem satisfação ao corpo. O amor, segundo
vemos no mundo, é um sentimento que justifica pecados. Os jovens se entregam à
relação sexual antes do tempo em nome de um suposto amor. Há aqueles que
aprisionam e até matam por um fictício amor que dizem ter; enquanto outros são
ciumentos e utilitaristas em seus relacionamentos.
Isto ocorre porque o coração do homem está impregnado com a maldade, “a boca,
eles a têm cheia de maldição e de amargura; são os seus pés velozes para
derramar sangue, nos seus caminhos, há destruição e miséria”
(Rm.3.14-16). E mesmo quando o mundo demonstra boas ações e aparentes gestos de
amor, não consegue produzir verdadeiros frutos de justiça, pois seu amor não
procede da Verdade.
O verdadeiro amor é gerado pela Palavra do Senhor e procede de Deus: “Amados,
amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama
é nascido de Deus e conhece a Deus” (1 Jo.4.7). Desta forma, o
verdadeiro amor é restrito àqueles que conhecem a Cristo. Assim como os verdadeiros
adoradores são aqueles que nasceram de Deus, pois o verdadeiro amor é uma
virtude que pertence ao Reino dos céus e “quem não nascer da água e do Espírito não pode
entrar no reino de Deus” (Jo.3.5). Somente os que nascem do
Espírito, recebem novo coração para amar a Deus e ao próximo para “que
andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis”
(Ez.36.27). Por isso, enquanto o mundo desprezar a Deus não conhecerá o
verdadeiro amor.
Você está sem amor? Você é incapaz de amar as pessoas? Incapaz de perdoar
o outro? É preciso conhecer a Cristo primeiro e lhe entregar o coração. Somente
Cristo pode colocar amor em teu coração como fez com o apóstolo Paulo. Antes de
conhecer a Cristo, Paulo “respirava ameaças de morte contra os discípulos” (At.9.1-2).
Mas, depois de conhecer a Jesus ele torna-se capaz de dar a vida pelos irmãos
em Cristo: “Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Cristo Jesus, por amor de
vós, gentios” (Ef.3.1).
Deus nos amou primeiro e nos deu de Seu amor para que amemos também. Recebemos
o amor de Deus para mostrá-lo ao mundo pecador. A igreja é o reflexo da glória
de Deus, mostrando as virtudes de Deus ao mundo. É através da igreja que Deus
revela ao mundo a santidade de todas as suas virtudes prescritas nos
mandamentos, “guardai-os, pois, e cumpri-os, porque
isto será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos
que, ouvindo todos estes estatutos, dirão: Certamente, este grande povo é gente
sábia e inteligente” (Dt.4.6).
Diferente do que os dicionários dizem sobre o amor considerando-o
abstrato e emocional, o amor não é um simples sentimento, mas uma parte do fruto
do Espírito (Gl.5.22,23). O amor faz parte de um conjunto de virtudes que vem
de Deus através do Espírito Santo. O amor não se limita ao sentimento do
coração, amar é um modo de agir, de pensar, de vê o mundo ao redor, de vê a
própria vida. O cristão age com amor e por amor a Cristo, refletindo nas
conseqüências de suas ações. As decisões do cristão são pensadas e conduzidas
pela Palavra, em amor a Jesus. O cristão projeta a vida por amor a Jesus,
visando também o bem ao próximo (Rm.14.15). Por amor a Cristo, e ao irmão, o
cristão abre mão de suas vontades. Além disso, o amor de Deus na vida do
cristão confirma sua conversão e sua eleição eterna: “recordando-nos, diante do nosso Deus
e Pai, [...] da abnegação do vosso amor [...] reconhecendo, irmãos, amados de Deus, a vossa eleição” (1
Ts.1.3,4)
A Bíblia revela três modos da igreja se relacionar com o próximo:
O primeiro é o relacionamento entre os irmãos em Cristo. A este chamo de:
Amor na Verdade. Os cristãos devem
amar uns aos outros como Jesus os amou: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos
outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros”
(Jo.13.34). Trata-se de um amor sacrificial, pronto para dar a vida pelo irmão,
fazendo tudo por ele: “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida
por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos” (1 Jo.3.16). É tirar
de si para dar ao outro, preferir a honra do outro que a própria: “Amai-vos
cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos
outros” (Rm.12.10).
O segundo é o relacionamento com a criação, um amor dispensado a todos os
seres humanos em geral. A
este chamo de Amor conforme a Verdade.
O cristão deve imitar a graça comum de Deus que abençoa a criação com gestos de
bondade: “amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos
torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus
e bons e vir chuvas sobre justos e injustos” (Mt.5.44,45). Todos
devem ser tratados com cordialidade, bondade, paciência, mansidão, justiça e
etc. O cristão não deve maltratar as pessoas, nem mesmo as que perseguem a
igreja. O cristão deve fazer de tudo para que o ímpio chegue ao conhecimento de
Deus. E nesse empenho o testemunho é fundamental mostrando ao descrente a nova
vida em Cristo: “Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo
para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns” (1
Co.9.22)
O terceiro é o relacionamento com os falsos profetas, anticristos,
deturpadores da verdade. A este chamo de Amor
à Verdade. O cristão não deve tolerar as heresias que surgem dentro e fora
da igreja. “Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em
casa, nem lhe deis as boas-vindas” (2 Jo.1.10). É preciso lutar pela
preservação da fé, ou seja, a sã doutrina, que nos conduz à salvação: “Amados, [...] me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes,
diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos”
(Jd.1.3). O cristão, à semelhança de Jesus, zela pela Palavra de Deus, lutando
contra toda distorção da verdade.
Mas, por que a Bíblia faz distinção entre estes três tipos de
relacionamento?
a) Relacionamento entre os
cristãos (Amor na Verdade)
b) Relacionamento com a criação (Amor conforme a Verdade)
c) Relacionamento com os inimigos
de Deus (Amor à Verdade)
Em primeiro lugar, porque o amor cristão está fundamento na Verdade, a Palavra
de Deus. O amor cristão não é um simples sentimento, mas um mandamento que vem
de Deus. Devemos amar a quem Deus nos mandar, e da forma como Deus nos ensina a
amar. O amor cristão é resultado do conhecimento de Deus revelado nas
Escrituras Sagradas: “Ora,
temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a
seu irmão” (1 Jo.4.21).
Em segundo lugar, porque o amor cristão é virtude proveniente de Deus e
reflete a glória de Deus. O amor cristão vem de Deus para mostrar ao mundo as
virtudes de Deus. Desta forma, o cristão imita a Deus para revelar ao mundo Sua
glória:
a) Deus ama sacrificialmente Sua igreja, então, os cristãos devem
se amar assim também: “Suportai-vos
uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa
contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós”
(Cl.3.13)
b) Deus cuida da criação com bênçãos comuns, então, os cristãos
devem abençoar também: “para que
vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre
maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos” (Mt.5.45)
c) Deus abomina os falsos profetas, então, os cristãos devem
rejeitá-los também: “porque o
SENHOR abomina o perverso, mas aos retos trata com intimidade”
(Pv.3.32)
E porque nosso amor não vem de nosso coração pecador, devemos buscar em
Deus esse amor. Se precisas de amor peça-o a Deus, entregando o coração a
Cristo. Nosso amor vem de Deus e é guiado pela Palavra do Senhor, a fim de
glorificar àquele que em Sua essência é Amor.
O amor verdadeiro para com todos os meus verdadeiro irmão em cristo está entrando no meu interor (no meu ccoração). Meu contato fasutec@gmail.com
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