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segunda-feira, 11 de março de 2024

Mantenha o foco

 


corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus.” (Hb.12.1-2)

 

Uma orientação básica para todo motorista de trânsito é: mantenha a atenção durante todo o percurso. Um rápido desvio de atenção de segundos pode ser suficiente para um grave acidente de trânsito. Por isso, é tão perigoso olhar o celular enquanto está dirigindo. Ou seja, quando dirigimos exercitamos o foco, pois nossos olhos devem estar bem direcionados para nosso alvo: a estrada.

Podemos dizer que em tudo precisamos ter foco, pois a atenção ao que estamos fazendo ou àquilo com o qual estamos lidando ou aos nossos objetivos nos ajuda a fazer o melhor, dedicando todo nosso esforço para alcançarmos aquilo que é necessário. Isso vale para o estudante, para o trabalhador, para a família, para o soldado e para todo cristão.

E qual o foco do cristão? Para onde os olhos do cristão deveriam estar fitos? O autor aos hebreus, depois de falar dos heróis da fé, adverte todo cristão a perseverar também. E para isso, é preciso que seus olhos estejam fitos no Autor e Consumador da fé, Jesus. Quando seus olhos se desviam, deixando de olhar para Cristo, você se sujeita às fascinações ou tribulações do mundo. Por isso, muitos se desviam no meio do caminho.

O fenômeno Pop Star Gospel tem desviado os olhos de muitos cristãos. Ou seja, em vez de todos os cristãos estarem olhando somente para Cristo, a fim de viverem por Cristo e para Cristo, muitos estão olhando para “famosos” pecadores que investem pesado no marketing da própria imagem. Então, o cristianismo tem se assemelhado a uma colcha de retalhos, semelhante a 1 Coríntios 3 e as pessoas já não sabem o que é ser cristão.

Portanto, ponha seus olhos em Cristo! Olhe para sua graça e, também, para sua santidade; olhe para seu amor e, também, para sua pureza. Não desvie seus olhos de Cristo, para não acontecer um acidente pelo caminho. As pessoas a seu redor deverão ser instrumento de Cristo, caso contrário, estarão desviando seus olhos do Senhor. Então, não tire seus olhos de Cristo Jesus!

 

Com toda oração e súplica

 


com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos.” (Ef.6.18)

 

Você já deve ter ouvido que orar é falar com Deus que, graciosamente, se dispõe a ouvir suas criaturas, por meio de seu Filho, nosso Mediador. Por meio de Cristo, podemos entrar na presença do Senhor, a fim de ouvir sua Palavra e, também, falar-lhe de tudo, conforme aprendemos dEle mesmo.

Por meio da oração, então, exercitamos nosso conhecimento de Deus, pois falamos daquilo que aprendemos. Quanto mais conhecemos a Palavra de Deus, mais conteúdo temos para orar, pois a oração é uma resposta do cristão a tudo o que Deus lhe ensinou. Por isso, a oração deve andar lado a lado com a leitura/meditação/estudo da Palavra do Senhor. Pois, assim como o Espírito Santo opera em nossas vontades, para desejarmos o querer de Deus, Ele também nos guia a toda Verdade, para orarmos conforme a Palavra de Deus.

Em nossas orações exercitamos bastante muitos elementos da vida cristã. E, evidentemente, o primeiro deles é a fé no Senhor, pois é preciso crer nEle (poder, amor, graça etc.) e em suas promessas (cuidar de nós, nos proteger, nos conduzir etc.). Orar a Deus sem ter plena convicção de quem Deus é e que suas promessas são fiéis e verdadeiras é falar de si para si mesmo (Lc.18.11), pois ofende a Deus orar sem crer verdadeiramente.

Por meio da oração, também exercitamos nosso amor ao Senhor, pois não devemos orar apenas quando precisamos de alguma coisa. A oração é mais que um pedido de ajuda. Orar é andar com Deus, é cultivar um relacionamento profundo com o Senhor é ter verdadeiro desejo pela presença divina em nossas vidas. Por isso, nossas orações devem ser verdadeiros diálogos, sinceros e profundos, com louvores e gratidões ao Senhor.

Portanto, através de nossas orações, podemos desenvolver nossa vida cristã. Devemos ser sinceros em nossas palavras, mostrar real arrependimento em nossas confissões, ter coração grato, reconhecendo que tudo vem de Deus, e ser pacientes. Então, faça bom proveito da oração, tanto sozinho quanto com a igreja de Jesus.

 

O que você deveria encontrar numa igreja? (CONSOLO)

 


Consolai-vos, pois, uns aos outros e edificai-vos reciprocamente, como também estais fazendo.” (1Ts.5.11)

 

Quem nunca precisou de consolo? Por causa do pecado que deteriora todas as coisas que toca, o consolo é uma grande necessidade do ser humano. Precisamos ser consolados das lutas de uma jornada diária de trabalho. Precisamos ser consolado por causa das perdas, sobretudo de pessoas queridas. Precisamos ser consolados pelo simples fato de estarmos em um mundo que “jaz no maligno”.

Mas, de que adianta dar um tapinha nas costas e dizer: “Vai dar tudo certo”. Por mais sinceras que essas palavras sejam, elas não são capazes de mudar a realidade e, portanto, não podem, realmente, consolar aquele que sofre o mundo pecador. Verdadeiro consolo é alguém se voluntariar a pagar sua imensa dívida e limpar seu nome, trazendo verdadeira paz a seu coração.

Cristo é nosso verdadeiro consolador que nos consolou pagando o preço de nossos pecados, a fim de nos livrar da condenação eterna. Ele não fez promessas aparentes que não podia cumprir. Jesus realmente trouxe paz ao nosso coração e nos livrou um problema terrível: o inferno.

E para que continuemos sendo consolados em meio às aflições do mundo, Cristo nos enviou o Espírito Santo que aplica a obra de Jesus à nossa vida e alimenta nosso coração com a esperança da vida eterna, por meio das fiéis promessas de Deus.

Portanto, a igreja é lugar de consolo. E esse consolo não deve vir unicamente de Deus. Provérbios nos diz que “em todo tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão” (Pv.17.17). Assim como os membros de uma família devem encontrar consolo no lar, também os cristãos devem encontrar verdadeiro consolo na igreja, pois ela é a portadora das promessas de Deus e deve lembra-las constantemente, uns para os outros.

Então, seja um instrumento para o consolo do irmão. Empatia, paciência, cuidado e direção são virtudes consoladoras que, por meio da Palavra de Deus e do operar gracioso do Espírito Santo, trazem grande alento para o coração daqueles que são atribulados. E lembre-se que aqueles que você consolou hoje, poderão ser os instrumentos de Deus para consolar você, amanhã.

 

O que você deveria encontrar numa igreja? (LONGANIMIDADE)

 


Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade.” (Cl.3.12)

 

Já ouvi, muitas vezes, a seguinte frase: “Lidar com pessoas não é fácil”. E, de fato, isso é verdade. A razão de tal dificuldade é que todos são pecadores, inclusive você, sempre propensos a muitos erros. Para reduzir esse mal, os pais deverão insistir na educação de seus filhos na Palavra de Deus. E durante todo o processo, precisarão exercitar bastante a paciência.

Portanto, uma das virtudes que precisam ser cultivadas entre todas as pessoas, especialmente entre os cristãos é a longanimidade, também conhecida como paciência. Longanimidade é a virtude de suportar contrariedades sem mudar o ânimo. Ela anda lado a lado com a perseverança que é a virtude de ir até o fim, sem desistir. Juntas, fazem o cristão suportar, firmemente, o presente com vistas as bênçãos prometidas para o futuro.

Jesus teve muita paciência com a sua geração, desde o dia de seu nascimento, pois todos a seu redor eram falhos, menos Ele. Apesar disso, suportou com ânimo os pecados de todos, inclusive de seus pais, irmãos, amigos e discípulos que andaram dia e noite com ele durante três anos. E não pense que fora fácil. Certa vez, “Jesus exclamou: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei?” (Mt.17.17).

Como está a virtude da paciência em você? Não se preocupe! A igreja não é formada de pessoas plenas de virtudes, mas de pecadores sendo aperfeiçoados em cada uma das virtudes divinas comunicadas a nós. A partir do momento em que você se converteu a Cristo, uma jornada de restauração das virtudes em você começou por meio da obra do Espírito e da Palavra de Deus. Isso se chama: santificação.

Então, não esqueça que todos os irmãos da igreja precisarão de sua paciência. Isso não significa deixar de corrigir e ensinar cada irmão. Muito pelo contrário, diz respeito à necessidade de suportar sempre que alguém precisar ser corrigido e ensinado.

 

Contentamento em Cristo

 


Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo.” (2Co.12.9)

 

Você já observou como a sociedade atual trabalha para que as pessoas nunca estejam realmente satisfeitas? E se elas nunca estiverem satisfeitas, procurarão insaciavelmente preencher o eterno vazio com coisas novas. Até que percebam que nada preencherá o vazio delas; que nenhuma novidade atenderá à real necessidade do coração.

Logo, precisamos fazer uma pergunta importante: O que você realmente precisa? Deixe-me explicar: Se você estivesse com fome, o que você realmente precisaria seria de comida. Se você estivesse em um deserto com muita sede, o que você precisaria seria de água. Se você estivesse muito doente, o que você precisaria seria de cura. E caso alguém lhe desse outras coisas, por mais extraordinárias que fossem (ouro, dinheiro, carros etc.) elas não serviriam, pois não satisfariam a sua real necessidade.

Por isso, lhe pergunto: O que você precisa? Contentamento é estar satisfeito, porque aquilo que você realmente precisa, lhe foi dado. Então, você se sente completo, como alguém sedento que bebe água e se sente satisfeito. Caso você não esteja atento às suas reais necessidades, gastará muito tempo e esforço tentando preencher seu vazio com aquilo que não pode satisfazê-lo.

Mas, como um cristão passando por tribulações e privações pode ter contentamento? Para entender o contentamento cristão, é preciso fazer a pergunta certa para o cristão: O que você mais precisa? Se você fizesse essa pergunta para o apóstolo Paulo, ouviria dele: “para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Fp.1.21).

A maior necessidade do cristão é Cristo. E uma vez que Deus satisfaz tal necessidade, o cristão fica completo, de modo que toda e qualquer outra necessidade se torna secundária. Portanto, o pleno contentamento cristão só é possível quando Cristo realmente é a maior necessidade e anseio do cristão, de modo que todo o resto se torne secundário. Então, qual é sua maior necessidade?

 

sábado, 24 de fevereiro de 2024

O que você deveria encontrar numa igreja? (PERSEVERANÇA)

 


Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.” (Ap.14.12)

 

Perseverança é a virtude de não desistir de uma jornada, mesmo repleta de obstáculos. É uma virtude silenciosa que está sempre presente nos filhos de Deus, mesmo quando não é notada. Os heróis da fé de Hebreus 11, venceram todas as tentações e adversidades, porque creram no Senhor e, também, perseveraram até o fim. Essa é uma importantíssima virtude que não pode ser negligenciada, pois, disse Jesus: “aquele que perseverar até o fim, esse será salvo” (Mt.24.13).

E não é fácil perseverar, porque o diabo, o mundo e o pecado estão sempre lutando contra nós, para nos fazer desistir. O propósito deles não é fazer-nos pobres ou doentes. O grande objetivo dos inimigos de nossas almas é fazer-nos desistir da caminhada cristã, pois somente aqueles que perseverarem até o fim serão salvos. E nossos inimigos não querem que sejamos salvos, pois Deus é glorificado em nossa salvação.

Portanto, a perseverança cristã é movida pela certeza de que a Palavra de Deus é fiel e verdadeira. Sem essa convicção, não teríamos motivos para perseverar. Logo, a perseverança exige a fé, a convicção plena e a confiança absoluta em Deus e em toda a sua Palavra, de modo que a perseverança é motivada pelas promessas de Deus, promessas de vida eterna.

Logo, preciso perguntar para você: Por que você é cristão? Você sabe para onde a jornada cristã levará você? Você crê, de todo seu coração, que a Bíblia é a Palavra de Deus? E o quanto você está disposto a lutar pelas promessas de Deus? Seu maior propósito é viver com Cristo e para Cristo, eternamente? Você deixaria tudo pela vida eterna?

A perseverança exige de nós convicção. São essas convicções que fortalecerão a perseverança, principalmente nos dias difíceis. Mas, não devamos pensar que todos os dias serão marcados por tribulações. Deus é tão bom que nos dá alentos durante nossa dura jornada, para recobrarmos o ânimo e continuarmos firmes na luta, lembrando-nos que descanso melhor e maior nós teremos quando, finalmente, Cristo voltar para nos dar a coroa da vida eterna.

 

O que você deveria encontrar numa igreja? (HUMILDADE)

 


Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fp.2.5)

 

Humildade é a virtude do autoesvaziamento. Portanto, a maior manifestação de humildade já ocorrida na face da Terra foi a vida e morte do Senhor Jesus. Ele desceu de sua glória, assumiu a forma humana, teve uma vida cheia de privações e limitações, se submeteu a conviver com pecadores, foi ofendido e maltratado por criaturas que Ele mesmo fez e, então, morreu como se fosse um pecador, perante a humanidade. Tudo isso, porque Ele quis nos salvar.

Nenhuma humilhação será tão grande quanto a de Cristo, porque ninguém é tão grande e glorioso quanto Ele. Seu autoesvaziamento começou na história da redenção, muito antes de seu nascimento, pois escolheu para si uma genealogia nada gloriosa. E seus antecessores genealógicos seriam pecadores com marcas das quais não poderiam se gloriar, uma longa linhagem repleta de problemas.

O autoesvaziamento do Filho de Deus é singular em toda a história humana. Todavia, Jesus convidou os homens a tomarem sua humildade como modelo (Mt.11.29), de modo que seu povo seja formado por humildes servos dispostos a servir uns aos outros, desde o escravo até os reis. Enquanto o mundo procuraria glória e os poderosos dominavam sobre os pequenos, os cristãos teriam prazer em servir uns aos outros, para o louvor da glória de Deus (Mt.20.25-28).

Por isso, na ocasião em que Cristo ensinou a Santa Ceia, Ele mostrou para seus discípulos que o significado de Igreja como Corpo é tanto místico (união com Cristo) quanto prático (comunhão dos santos). Não foi por acaso que Jesus escolheu o momento da Ceia para lavar os pés de seus discípulos, dizendo: “Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (Jo.13.14-15).

Portanto, esvazie-se de si mesmo. Os pecadores buscam poder, fama e riquezas para dominar sobre outros pecadores. Mas, o Espírito Santo, por meio do Evangelho, nos liberta da soberba do coração; e livres, somos feitos servos do Deus vivo que nos amou e entregou seu Filho para nos salvar. São esses que herdarão a vida eterna.