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terça-feira, 18 de junho de 2024

Salmo 17


Eu, porém, na justiça contemplarei a tua face; quando acordar, eu me satisfarei com a tua semelhança” (Sl.17.15)

 

Como de costume, Davi se prostra perante o Juiz de toda a terra, para clamar por justiça. Seu coração está em paz com Deus, pois, ainda que tivesse a consciência de ser pecador (Sl.32), ele confiava nas misericórdias de Deus e buscava viver piedosamente (Sl.17.3). E mesmo sendo valente, disposto a lutar contra os inimigos do Senhor (1Sm.17), Davi procurava ser bênção para as pessoas, até mesmo para seus adversários (2Sm.9).

Seu constante clamor a Deus por causa das injustiças e perversidades dos inimigos nos mostram que Davi não confiava na justiça dos homens, pois o coração deles é corrupto. A ambição e a avareza costumam potencializar os enganos do coração, e Davi bem sabia. Então, em vez de procurar nos pecadores o julgamento de seu caso, Davi se lançava perante Deus e esperava seu justo parecer.

E mesmo não tendo feito mal aos inimigos que o perseguiam, Davi também não confiava em seu próprio coração, de modo que não se entregou à vingança. Por duas vezes, Davi teve a chance de se vingar de Saul, matando-o na caverna (1Sm.24 e 26). Mas, refletiu bem e entregou a vingança nas mãos do Senhor, pois Deus é justíssimo e julgaria seu caso com perfeição.

Os clamores de Davi nos lembram, ainda hoje, que não devemos confiar nossas vidas às mãos de pecadores. Até aparentes cristãos se corrompem por amor ao poder e ao dinheiro. Ao mesmo tempo, os Salmos de Davi exortam a igreja a ser justa e íntegra, pois os verdadeiros cristãos precisam, muitas vezes, de alento frente ao mundo corrupto, injusto e perverso.

Então, o que fazer? Davi nos ensina a confiar na justiça de Deus, pois nosso coração pode errar na medida do juízo sobre os adversários. A vingança costuma ser desmedida, acima daquilo que é justo cobrar do outro. Porém, a justiça divina sempre é perfeita, na medida certa, nem para mais nem para menos. Portanto, quando você tiver alguma queixa a fazer, quando os inimigos estiverem a sua porta, clame ao Juiz de toda a terra e confie, pois Ele fará justiça a seus filhos, “embora pareça demorado em defende-los” (Lc.18.7).

  

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