“Quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos. Pois eu invejava os arrogantes, ao ver a prosperidade dos perversos” (Sl.73.2-3)
Em
minha jornada como pastor, vi, várias vezes, pastores serem tentados a
abandonar a pureza do evangelho com o propósito de fazer a igreja local crescer
rapidamente. Basta observar que as entidades religiosas que mais crescem são
aquelas que mais distorcem a Palavra de Deus, a ponto de venderem as bênçãos do
Filho de Deus para as multidões (1Tm.6.5).
E
de fato é tentador para qualquer homem ver que pessoas mentirosas corruptas,
injustas e desonestas estão à frente de governos, enriquecem rapidamente e até
são engrandecidas dentro de denominações, enganando as multidões. E diante
disso, os poucos fiéis que ainda existem são testados a se manterem fiéis,
apenas observando de longe o mal que se alastra.
Além
da tentação desse mal, aqueles que veem a injustiça prosperar tem a impressão
que Deus não se importa que os homens cultivem a arrogância e a injustiça,
gloriando-se da esperteza do coração leviano. A sensação de impunidade é outro
perigo que desafia os verdadeiros filhos de Deus a continuarem olhando para
Cristo que a si mesmo se esvaziou enquanto via os líderes
político-eclesiásticos da época dominarem (Mt.23).
Mas,
e meio ao caos social observado pelo salmista, Deus revela ao seu filho,
ansioso por uma resposta divina, que o Senhor a tudo vê e, no devido tempo,
julgará o mundo com justiça, “pois aquele que faz injustiça receberá em
troco a injustiça feita; e nisto não há acepção de pessoas” (Cl.3.25). Deus
revela dos céus que Ele jamais aprovará qualquer pecado nem deixará impune os
pecadores.
Portanto,
“não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que
praticam a iniquidade. Pois eles dentro em breve definharão como a relva e
murcharão como a erva verde. Confia no SENHOR e faze o bem; habita na terra e
alimenta-te da verdade” (Sl.37.1-3). Olhe para Cristo e mantenha seus olhos
nEle, pois a salvação pertence ao Senhor (Jn.2.9) e, no devido tempo, Ele dará
a seus filhos a glória de um novo céu e nova terra (Ap.21-22).
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