“Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca
esmorecer” (Lc.18.1)
Júlia era uma menina persistente, como boa parte das crianças. Quando
desejava algo, costumava insistir com os pais até que conseguisse alcançar sua
petição. Nem sempre o que ela pedia era bom, e, por isso, às vezes a resposta
era realmente negativa, acompanhada de uma explicação da razão pela qual não
era possível atender ao pedido dela. Mas, quando seu pedido era aprovado pelos
pais, Júlia não desistia dele. E mesmo que não pudesse ser atendida logo, ela
continuava persistindo pelos dias seguintes, até que seus pais pudessem dar-lhe
o desejado.
- Painho, posso brincar na casa de minha amiga?
- Agora não, estou muito ocupado esta semana e preciso concluir um importante
trabalho. Depois, levarei você.
A resposta não foi a desejada, mas alimentou a esperança de Júlia. Para
ela, as palavras do pai soavam da seguinte forma: Você pode sim, mas não posso leva-la
agora. Continue me lembrando de seu pedido e eu levarei você depois.
Naquele dia, o pai estava bastante ocupado, dificultando, portanto, a ida
de Júlia para a casa de sua amiga. Porém, ela não desistiu de seu desejo. Seu
pai não havia negado o pedido, apenas adiado, tendo em vista a circunstância.
Por isso, Júlia continuou perseverando em pedir aos pais que a levassem à casa
da amiga. E de tanto que Júlia persistiu, mesmo atarefado durante aquela
semana, seu pai decidiu parar um pouco para atender ao pedido de sua filha.
- Está bem minha filha, vamos até a casa de sua amiga.
Assim, o pai a levou para brincar, proporcionando-lhe um dia agradável,
pelo qual agradeceu. À noite, quando a família se reunia para orar, o pai
lembrou-lhe de agradecer a Deus pelo maravilhoso dia que ela tivera com a
amiga.
Algumas semanas depois, a amiga de Júlia adoeceu, e, pelo muito que
gostava dela, Júlia ficou muito triste. Todos os dias, quando orava com seus
pais, Júlia apresentava sua amiga diante de Deus, pedindo para que Jesus a
curasse logo. Porém, os dias se passaram, e após duas semanas, Júlia, muito
triste, sentou-se ao lado de seu pai, chorando e dizendo:
- Pai, Deus não me ouve. Deus não liga para mim. Será que Deus não gosta
de mim?
- Por que, minha filha? Por que você acha que Deus não gosta de você?
- Já faz duas semanas que estamos orando por minha amiga, mas Deus não a
curou ainda. Ele não está me ouvindo.
Aquele era um momento muito adequado para que Júlia aprendesse sobre
perseverança, pois apesar de ser persistente, ela não havia pensado ainda na
importância de não desistir. Portanto, com um olhar terno, seu pai a colocou no
colo, dizendo:
- Minha filha, lembra o dia em que você me pediu para ir até a casa de
sua amiga? Eu não pude levar você logo, e você teve que esperar alguns dias. Mas,
porque você insistiu muito, resolvi atender a seu pedido e a levei para brincar
lá. Mesmo ouvindo a gente, às vezes Deus não nos atende logo. Não sabemos a
razão, mas quando o Senhor não nos atende, Ele nos ensina a perseverar. Na
vida, precisamos saber persistir para vencer problemas. Se você tivesse
desistido de pedir para ir à casa de sua amiga, eu teria me esquecido. Jesus
disse que deveríamos “orar sempre e nunca
desanimar” (Lc.18.1). Então, minha filha, continue orando ao Senhor, pois
Ele é bom e prometeu que aqueles que o buscam de verdade sempre o encontram em
Jesus (Jr.29.14). Vamos continuar orando, pedindo que Deus cure sua amiga.
Júlia se animou diante das palavras de seu pai, e pediu que orassem
naquele momento. Alguns dias se passaram, e Júlia não desistiu de pedir a Deus
que curasse sua amiga. Após cinco dias, o telefone tocou. O pai atendeu e logo
mostrou um sorriso no rosto. Então, chamou Júlia para atender ao telefonema.
Era sua amiga animada, pois já estava boa e queria muito ter outro dia alegre
com Júlia em sua casa.
Pergunta: Por que devemos
perseverar em oração, quando nossa petição é boa e justa diante de Deus?
Leitura Bíblica: Lucas 18.1-8
Oração: Pai, agradeço por
todas as bênçãos derramadas sobre mim, principalmente por causa de Jesus que
morreu em meu lugar. Ensina-me, Senhor, a persistir, para que eu nunca desista
de lutar nem de orar, mesmo que pareça difícil ou demorado. Ajuda-me a confiar em
tuas promessas e sempre crer que tu podes todas as coisas. Amém!
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