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sábado, 23 de março de 2013

Entre Pai e filhos


Agrada-te do SENHOR, e ele satisfará os desejos do teu coração.” (Sl.37.4)

O bom filho tem prazer na vontade do pai. Seu coração se alegra em ver a face paterna resplandecer de satisfação e com ternura dizer: “Este é o meu filho amado, em quem me comprazo” (Mt.3.17). O bom filho se esforça para conseguir um momento de atenção, uma palavra de elogio, um sorriso de aprovação. Elabora presentes que demonstram carinho; pratica, explicitamente, os ensinos aprendidos para demonstrar, com terno amor, o prazer de obedecer ao pai a quem ama profundamente.
Davi fala a filhos, não bastardos. O Salmo 37 é conforto para os filhos da aliança; para os que servem unicamente ao Senhor; para aqueles que têm o Espírito Santo testificando no coração que são filho de Deus (Rm.8.16). Quem mais teria prazer na vontade do pai, senão o filho que o ama? E, à medida que este amor se aperfeiçoa, o desejo por conhecer os ensinos paternos aumenta e o propósito de fazer aquilo que agrada seu progenitor cresce. O coração imaturo que um dia rejeitou os bons ensinos dá lugar a um novo coração desejoso de agradar o pai e fazer a sua vontade.
Neste amável ambiente se cumprem as encantadoras promessas do Senhor acerca das orações: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á. Ou qual dentre vós é o homem que, se porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará pedra?” (Mt.7.7-9). Não são mercenários os que pedem, nem muito menos cachorrinhos que “comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos” (Mt.15.27). Deus fala para pecadores feitos filhos amados por meio da justiça do “Unigênito do Pai” (Jo.1.14). O Senhor fala a homens e mulheres que tiveram o coração de pedra trocado por um de carne, “para que andem nos meus estatutos, e guardem os meus juízos, e os executem” (Ez.11.20). São estes os que amam a “boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm.12.2). São eles que desfrutam da intimidade do Senhor, “aos quais Ele dará a conhecer a Sua aliança” (Sl.25.14).
Próximo da crucificação, o Senhor Jesus orou no jardim do Getsêmani entregando sua missão nas mãos do Pai. Consciente do sofrimento que suportaria no corpo e na alma, Jesus conta ao Pai sobre a tentação de desistir de seu ministério redentor. As angústias seriam muito grandes e, afinal, estaria pagando pelos erros que não cometeu. No entanto, mesmo no momento mais difícil de sua vida terrena, Jesus preferiu a vontade do Pai, pois seu prazer era glorificá-lo (Jo.17.4). Assim, Jesus termina sua oração dizendo: “Contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua” (Lc.22.42). Em todo seu ministério, Jesus desejou, buscou e fez tão somente o que glorificaria o Pai e todas as suas petições foram atendidas.
Portanto, podemos parafrasear o versículo 4 do Salmo 37 assim: “Tenha prazer em fazer a vontade de Deus e verá que suas petições serão sempre agradáveis a Ele e, por isso, o Senhor as atenderá”. Deus atende as orações de seus filhos não apenas porque fizeram algo que o agradou, mas porque as orações deles estão sempre de acordo com a sua vontade. Em cada pedido uma manifestação da santidade do Pai; em cada oração um veículo para a concretização do querer de Deus. E para que a vontade do Senhor esteja sempre presente nas orações de Seus servos, o Espírito Santo nos auxilia, conduzindo nosso coração a desejos santos e petições Bíblicas, concedendo-nos assim, a certeza de que seremos atendidos (Rm.8.26).
Desta forma, para que você seja sempre atendido por Deus em suas orações é preciso que deseje sempre a sua vontade, glória e santidade. E para desejar o que agrada a Deus é necessário andar continuamente na presença do Senhor. Quanto mais intimamente você andar com Deus, meditando em Sua Santa Palavra, mais será tomado pelo prazer de glorificar o Senhor. Portanto, estreite seu relacionamento com Deus, buscando-o diariamente, andando com ele como um filho que tem prazer em estar ao lado do Pai. Assim, perceberás que o amor “de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento” (Lc.10.27), será aperfeiçoado em teu coração e, então, te agradarás do Senhor e Ele terá prazer em satisfazer tua oração.

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