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terça-feira, 14 de setembro de 2010

Palavra Santa num mundo corrompido

Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, por vontade de Deus, e o irmão Timóteo, aos santos e fiéis irmãos em Cristo que se encontram em Colossos, graça e paz a vós outros, da parte de Deus, nosso Pai.” (Cl.1.1,2)

Dirigindo-me para uma das congregações da igreja, passei por uma série de pequenos salões com pouquíssimas pessoas com um, ou uma, dirigente à frente, conduzindo o momento. Pelo mesmo caminho, encontramos também alguns bares bastante freqüentados, onde a depravação total do homem é explicitamente mais notória. Ficamos tristes, pois onde quer que estejamos indo, a presente geração revela-se desconhecedora do “caminho da paz, não há temor de Deus diante de seus olhos.” (Rm.3.17,18).
A presente geração tem sido um grande desafio para a igreja. De um lado, tem ocorrido a proliferação de pequenas “igrejas” independentes, dirigidas por pessoas que erram “não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus.” (Mt.22.29), e que em muitos casos, não possuem qualquer interesse pelo conhecimento da Palavra de Deus. Elas deixam as pessoas confusas prometendo ilusões, experiências místicas, conduzindo o pecador perdido e cego, por um caminho tão escuro e sombrio quanto já se encontravam.
Por outro lado, encontramos a devassidão do homem, buscando a oficialização de suas depravações, como tem ocorrido no país. O homem se destrói, mata e morre, rouba e é roubado, mas não quer se despojar da libertinagem, escrava do pecado, supondo, este homem, ser sua “liberdade”.
Os dias apostólicos não foram muito diferentes dos nossos. O mundo greco-romano vivia em devassidão. Os soldados romanos entravam em vilarejos e abusavam das mulheres virgens. Os gregos cultuavam seus deuses com orgias. Havia deuses em todas as cidades e até o imperador era idolatrado, como na maioria dos impérios antigos. A filosofia e religiões de mistério insistiam para entrar no cristianismo, trazendo prejuízos à verdadeira fé cristã. A igreja tinha um grande desafio à sua frente: Manter-se pura no testemunho e pregação da Palavra de Deus.
Contudo, mesmo com tantas lutas “a igreja, ... edificando-se e caminhando no temor do Senhor, e, no conforto do Espírito Santo, crescia em número.” (At.9.31). Ao ver a igreja crescer, o apóstolo Paulo enche-se de alegre gratidão ao Senhor, autor da fé operosa nos coração de cada cristão, do amor abnegado entre os irmãos, da firme esperança da igreja na volta de Jesus (I Ts.1.3). O Espírito de Deus estava convencendo os pecadores “do pecado, da justiça e do juízo” (Jo.16.8) e “o Senhor crescentava-lhes, dia a dia, os que iam sendo salvos.” (At.2.47).
Paulo conhecia bem o poder transformador de Deus na vida de um pecador. Para o apóstolo, ele era o “pior dos pecadores” (I Tm.1.15), tendo sido “perseguidor da igreja” (Fp.3.6). Mas, por vontade de Deus, foi feito apóstolo de Cristo, para glorificar o Senhor, “quer pela vida, quer pela morte” (Fp.1.20). Seu coração de pedra havia sido trocado e um coração de carne pulsava para Cristo (Ez.36.26,27). Havia em seu peito um novo coração movido pelo Espírito do Senhor que o regenerara “para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (I Pe.1.3). O pecador encontrou a justiça de Deus em Cristo e aquele que estava perdido encontrou o caminho da vida. O Espírito guiava e sustentava seus passos para que “tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Fp.2.13) se cumprissem em sua vida.
É assim que Paulo inicia sua carta aos Colossenses. Sua apresentação não destaca quem ele é, mas o que Deus fez em sua vida. Ele fora justificado pelo sangue do Cristo, transformado pela Palavra de Deus e responsabilizado com o ministério apostólico. A mensagem que o apóstolo traz não é simplesmente humana, não procede de seu coração (II Pe.1.21), mas da vontade de Deus, que lhe entregara o apostolado. Nem mesmo um anjo poderia desfazer a mensagem divina que o apóstolo proclamava à igreja (Gl.1.8,9).
Enquanto muitos filosofavam, com particulares conjecturas, os apóstolos falavam do que tinham ouvido a respeito do verbo da vida (I Jo.1.1). Anunciavam o que Deus ordenava, edificando a igreja “sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular;” (Ef.2.19), “porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo.” (I Co.3.11).
Enquanto muitos estão preocupados em trazer ensinos novos, “novas descobertas teológicas”, os apóstolos anunciavam o único fundamento, Jesus Cristo, “que foi morto desde a fundação do mundo.” (Ap.13.8). Eles preocupavam-se em pregar as escrituras, pois “a Palavra de nosso Deus permanece eternamente” (Is.40.8).
E você, tem tido a oportunidade de ouvir, ou ler, a Palavra de Deus e por ela ter o coração convertido para uma nova vida? Não despreze a mensagem da Cruz “porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé” (Rm.1.16,17). A Palavra de Deus é o poder do Senhor para te libertar da escravidão do pecado, que você tenta se livrar sozinho, mas não consegue. E mesmo que você seja um cristão, somente a Palavra de Deus pode te santificar, fazê-lo mortificar as obras da carne e viver no Espírito.
A Palavra de Deus é a revelação do amor e justiça de Deus, do perdão e juízo do Senhor. A Palavra de Deus é o cuidado de Deus com sua igreja, é instrumento pela qual o Senhor arrebanha as ovelhas perdidas. Por ela somos guiados “por pastos verdejantes, e águas de descanso” (Sl.23.2). Pela Palavra de Deus somos disciplinados como filhos pelo Pai e temos nossos pecados revelados para sincera confissão a Cristo e purificação de todo mal (Hb.12.6). Pela Palavra de Deus somos consolados com o amor de Deus e motivados a “entregar o caminho ao Senhor e confiar nEle” (Sl.37.5), “lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” (I Pe.5.7). A Palavra de Deus é nossa fonte de vida, e vida em abundância. Ouça-a com o coração, pois nela encontrarás a vida eterna.

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