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sábado, 6 de agosto de 2011

Para a Glória de Deus

Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” (Rm.12.1)


“Na água do rio que procura o mar;
No mar sem fim; na luz que nos encanta;
Na montanha que aos ares se levanta;
No céu sem raias que deslumbra o olhar.”
                             (Olavo Bilac; A Vida)
     Seja o brilho da aurora ou o vislumbrado pôr do sol, a natureza encanta seus espectadores. Tão diversificada e detalhada, a criação revela perfeita harmonia em todas as suas partes. O corpo humano, chamado por alguns de microcosmo, possui um “mundo de pormenores”, além de suas funções orgânicas serem tão bem distribuídas. Mas, o homem sem Deus acha que elas, simplesmente, foram feitas por acaso; frutos da engenhosidade do nada. “O perverso, na sua soberba, não investiga; que não há Deus são todas as suas cogitações” (Sl.10.4).
Há, entretanto, muita miséria na sociedade: violência, prostituição, fome, corrupção etc. Os problemas sociais, ético-morais, só aumentam, enquanto os pecados são legalizados pouco a pouco. Agravando ainda mais os problemas no mundo, têm ocorrido inúmeras catástrofes ao redor do planeta que “a um só tempo, geme e suporta angústias até agora” (Rm.8.22). A quantidade de cataclismos aumentou desenfreadamente, e estes passaram a ocorrer em espaços de tempo cada vez menores. Mas, o homem sem Deus diz que são problemas meramente sócio-administrativos ou geológicos, tentando encontrar respostas que se revelam ineficazes ou superficiais.
Enquanto isso, uma mensagem de vida e esperança continua ecoando nos quatro cantos da terra, chamando, a tantos quanto puderem ouvir, para a nova e eterna vida. Uma espetacular história foi vivida e escrita por homens de Deus ao longo de milênios; história que guarda em seu coração a esperança da concretização da promessa redentora de Deus. E, num determinado dia, um Santo Homem-Deus entregou a própria vida para tornar concreto o início do projeto de reconstrução da humanidade, destruindo a raiz de todos os males: o pecado. Tendo, então, cumprido a justiça de Deus, Ele ressuscitou, mostrando Sua glória e poder aos que crêem, para que aquilo que foi impossível ao homem, fosse realizado pelo poder do Espírito Santo através da pregação da Palavra de Deus. Mas, os homens sem Deus dizem que tudo não passa de estórias e desprezam a graça de Deus revelada na cruz do calvário.
As três descrições, apresentadas acima, podem ser encontradas nos capítulos 1 a 11 de Romanos. O apóstolo Paulo mostra a existência de Deus revelada na criação; descortina a miséria do homem manifesta em seus pecados; e, ainda aponta para a glória de Deus, presente em misericórdia e graça através de Jesus Cristo.
Mas, o que fazer, então? O que Deus quer do pecador que se encontra com a verdade que liberta (Jo.8.32)? Ele quer “que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm.12.1), produzindo “frutos dignos de arrependimento” (Mt.3.8).
Nos capítulos 1 a 11 de Romanos, Paulo, expõe a maravilhosa obra da redenção realizada por Cristo. E, somente a partir do capítulo 12, ele exorta os cristãos de Roma a andarem “de modo digno da vocação” (Ef.4.1), através de um viver diário santo ao Senhor. Ser cristão é ser coerente. O proceder cristão é resultado de reflexão na Palavra de Deus e de comunhão com o Senhor, sempre cheio do Espírito Santo e movido pelo amor.
A Escritura gera vida no pecador, e o ensina a praticar as virtudes Divinas. O apóstolo João diz que seu conhecimento da Verdade o conduzia a um relacionamento santo com os irmãos “a quem eu amo na verdade e não somente eu, mas também todos os que conhecem a verdade” (2 Jo.1.1). O apóstolo Paulo diz que as escolhas devem ser baseadas no conhecimento de Deus, “e, por isso, se a comida serve de escândalo a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que não venha a escandalizá-lo” (1Co.8.13). O apóstolo Pedro ensina os cristãos a procederem de tal forma que em tudo glorifiquem o Senhor, “mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação” (1Pe.2.12). A obra redentora de Deus opera no coração do pecador, transformação de sua vida, “porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação” (1 Ts.4.7).
A fidelidade e santificação do cristão dependerão sempre da presença de Cristo em sua vida, pois, disse Jesus: “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo.15.5). Para o apóstolo Paulo, a santidade é gerada pela Palavra e a Palavra veio para gerar nova vida. Ao lermos Romanos 1 a 11, lembramos que a santificação é fruto da magnífica obra da cruz.
Então, depois de transformado pelo Espírito e perdoado por Cristo, como tens glorificado a Deus? Deus perguntou para Israel: “O filho honra o pai, e o servo, ao seu senhor. Se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou senhor, onde está o respeito para comigo?” (Ml.1.6). Pergunte ao seu próprio coração o mesmo que Moisés: “É assim que recompensas ao SENHOR? [...] Não é ele teu pai, que te adquiriu, te fez e te estabeleceu?” (Dt.32.6). Como, portanto, tens glorificado a Deus?

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