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terça-feira, 23 de abril de 2013

Vista a camisa!


Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, para que, ou indo ver-vos ou estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que estais firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica” (Fp.1.27)

Desde que recebeu o poder do Espírito, nos dias de Pentecostes, a igreja passou a pregar o evangelho da graça a tempo e fora de tempo, vencendo os contratempos de seus dias para cumprir a missão dada pelo Senhor da igreja, Jesus Cristo. Nestes dias, Saulo, “circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu”, em seu zelo ignorante passou a perseguir, cegamente, a igreja de Jesus (Fp.3.5-6. 1Tm1.13), aprisionando os cristãos e concordando com a morte destes (At.8.1; 9.2).
Mas, Cristo amava Saulo e o separou antes de seu nascimento para ser o apóstolo Paulo, pregador do evangelho da graça aos gentios (Gl.1.15,16). E, quando este ia pela estrada de Damasco, com o fim de prender os cristãos daquela cidade, o Senhor Jesus lhe apareceu e o chamou ao arrependimento e ministério apostólico. Aquele que lutava contra o evangelho de Jesus Cristo foi alistado pelo Senhor dos Exércitos para ser um grande soldado de Deus.
Paulo vestiu a camisa! Desde este momento, sua vida foi intensamente consagrada a Deus. Seu propósito era cumprir a missão dada por Cristo e Ele faria tudo “por causa do evangelho, com o fim de [se] tornar cooperador com ele” (1Co.9.23). E “esquecendo das coisas que para trás ficam e avançando para as que estavam diante dele, Paulo prosseguiu para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp.3.13-14). Como os valentes de Davi, Paulo lutou na força do Senhor, vencendo as batalhas pela fé, para a glória de Deus e, se preciso fosse, estava pronto para dar a vida pelo evangelho de Cristo. Afinal, como ele mesmo disse: “Em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus” (At.20.24).
Por quem, ou pelo que, você tem lutado? Por si mesmo? Pela própria sobrevivência: alimentos, roupas, bens? Por sonhos e projetos que não passam de castelos de areia que um dia serão cobertos pelas ondas da vida e da morte? A morte apagará seu nome junto ao das multidões perdidas, pois, como estas, você viveu para si mesmo, tornando-se apenas mais um. Vista a camisa! Pois, Cristo disse: “Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha” (Lc.11.23). Não há lugar neutro, ninguém se coloca em cima do muro. Aqueles que não são alistados no exército de Deus pertencem, naturalmente, ao mundo antiDeus. Após ter vivido para si mesmo, ignorando o fato de que fomos criados para o louvor da glória do Senhor, você será contado entre os que lutaram contra o Deus da glória, com sua vida inerte, vazia e vã.
Todo cristão deve “vestir a camisa” da igreja. Ou seja, abraçar a causa do evangelho. “Vestir a camisa” é lutar o bom combate do Senhor se colocando à frente de batalha pele fé, na certeza de que o Senhor que o alistou é fiel e poderoso para cumprir suas promessas e garantir a vitória da igreja. Vestir a camisa é tomar a Espada do Espírito que é a Palavra de Deus e lutar pelo Senhor olhando para o alvo, dedicando seu melhor, certo de que “nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou” (2Tm.2.4).
Muitas são as batalhas da igreja contra a carne, o mundo e o diabo. E mesmo sendo vitoriosa, a igreja visível sofre perdas e enfrenta problemas internos. Chore as baixas no exército do Senhor; se entristeça diante do esfriamento de alguns soldados; se indigne ao ouvir da indiferença de membros do batalhão; e, clame ao Senhor dos exércitos para que dê força e fé, a fim de que o povo de Deus avance no campo de batalha e vença cada combate. Viva como parte deste povo, alistado para combater o mesmo combate e vencer cada batalha em NOME do SENHOR. Como os grandes personagens da história do povo de Deus, lute pela fé com o propósito de glorificar o Senhor, pois somente “a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre” (Ef.3.21).
Lembre-se que o Senhor não nos chamou em vão, mas espera receber os devidos frutos de nossas mãos, afinal disse Jesus: “não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça” (Jo.15.16).

sábado, 13 de abril de 2013

A difícil missão de pastorear



Pois a nossa exortação não procede de engano, nem de impureza, nem se baseia em dolo; pelo contrário, visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração. A verdade é que nunca usamos de linguagem de bajulação, como sabeis, nem de intuitos gananciosos. Deus disto é testemunha. Também jamais andamos buscando glória de homens, nem de vós, nem de outros.” (1Ts.2.3-6)

Como um pastor deveria pastorear a igreja? Alguns irmãos parecem ter a resposta para esta pergunta e revelam isto com sinais de insatisfação. São poucos, mas fazem de tudo para arrastar os demais, promovendo dúvidas, divisões e outros problemas. Normalmente, qualificam o pastor, que é fiel às Escrituras, de radical, com tom pejorativo, e se esquecem que o mais radical de todos os homens foi o próprio Jesus que disse: “Por que transgredis vós também o mandamento de Deus, por causa da vossa tradição?” (Mt.15.3). “Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus.” (Mt.5.19). Para eles, o pastor deveria ser “politicamente correto”, procurando agradar a todos em detrimento da Palavra de Deus, mas Jesus disse: “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo.” (Mt.10.28). Desta forma, gostaria de perguntá-los:
O que o pastor deve fazer quando encontra irmãos maledicentes que se ocupam em falar mal de outros irmãos e visinhos, não poupando nem mesmo a liderança da igreja? Será que o pastor deveria elogiar estas pessoas por seus pecados e deixá-las continuar pecando contra Deus? “Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar.” (Cl.3.8).
O que fazer quando adolescentes e jovens se prostituem, usando o corpo para obter prazeres fora do casamento, “ficando” entre as esquinas enquanto fingem espiritualidade na igreja? Talvez o pastor devesse fazer “vista grossa”, afinal não quer perder nenhum membro de sua igreja. “Fugi da impureza. Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo. Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo.” (1Co.6.18-20)
E quando pessoas mais velhas, com anos de cristianismo, que deveriam dar exemplo para os mais novos, se comportam pior que crianças, agindo de forma reprovável perante os demais? O pastor deveria passar a mão na cabeça delas e deixá-las envergonhar o nome de Jesus, servindo de pedra de tropeço para os mais novos? “Quanto aos homens idosos, que sejam temperantes, respeitáveis, sensatos, sadios na fé, no amor e na constância. Quanto às mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias em seu proceder, não caluniadoras, não escravizadas a muito vinho; sejam mestras do bem, a fim de instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao marido e a seus filhos, a serem sensatas, honestas, boas donas de casa, bondosas, sujeitas ao marido, para que a palavra de Deus não seja difamada.” (Tt.2.2-5)
Quando irmãos pensam conhecer as Escrituras, mas sem conhecê-las de fato, trazem doutrinas estranhas que não foram ensinadas pelo nosso Senhor? Ou quando músicas ensinam enganos que distanciam o povo de Deus da verdade, o que o pastor deveria fazer? Talvez o pastor devesse deixá-los ensinando para que não saíssem da igreja ou mesmo deveria permitir cantar qualquer cântico, desde que seja animado e atraia pessoas para a igreja local. “Cuidareis em fazerdes como vos mandou o SENHOR, vosso Deus; não vos desviareis, nem para a direita, nem para a esquerda. Andareis em todo o caminho que vos manda o SENHOR, vosso Deus, para que vivais, bem vos suceda, e prolongueis os dias na terra que haveis de possuir.” (Dt.5.32-33)
O que fazer quando irmãos conversam no culto, momento de adoração ao Deus de toda glória? Ou quando pessoas querem fazer do púlpito lugar de desabafo, desrespeitando a liderança, desabafando coisas pessoais sem nenhum proveito para a edificação da igreja? Será que o pastor deveria aplaudi-los pelo desrespeito com Deus e com aqueles que foram postos pelo Senhor como líderes do povo de Deus? Mas, o apóstolo Paulo diz: “Exortamo-vos, também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos” (1Ts.5.14).
Em qual das situações acima as pessoas estão pensando na glória de Deus? Em que momento os irmãos perguntaram se de fato estão glorificando o Senhor? Em nenhum dos momentos! Eles só pensaram em si mesmos, pecando contra Deus. Aquele, pois, que deseja viver para a glória do Senhor, se contente com os mandamentos de Deus. Como disse Jesus: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra” (Jo.14.23).
Amado irmão, não se deixe enganar pelo próprio coração nem muito menos por outros. Se você deseja servir o Senhor, busque o que agrada a Deus. O Senhor não procura novidades nem se engana com as aparências, mas quer a obediência daqueles que o amam. “Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém; aquele que pratica a justiça é justo, assim como ele é justo. Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio.” (1Jo.3.7-8).
Deus chamou o pastor para ser fiel a Ele, por meio da obediência à Santa Palavra. Assim foram conhecidos os grandes homens de Deus, não pela força, inteligência, competência ou aparência, mas pela fidelidade ao Senhor (Nm.12.7; 14.24; 1Sm.2.35; Dn.6.4; Ne.9.7,8). Em ser fiel a Deus o pastor é bem sucedido, pois o objetivo do pastor é conduzir as ovelhas de Jesus em santidade até a terra prometida, o descanso eterno, e, isto, deve ser feito com coragem “para teres o cuidado de fazer segundo toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer que andares.” (Js.1.7)

sábado, 6 de abril de 2013

Pecado mata, Cristo vivifica!



Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Is.59.2)

Tudo era perfeito! O domínio do homem sobre a criação; o cuidado com o jardim do Éden; a liderança do homem sobre a família; a amável submissão da mulher que se deleitava nos braços de Adão; e, o relacionamento entre Deus e a igreja composta pela primeira família: Adão e Eva. Mas, a serpente apareceu para tentá-los, com o fim de afastá-los da presença graciosa de Deus. Enquanto o diabo enganava a mulher a cobiça tomou conta do coração de nossos primeiros pais e, então, desejaram a glória de Deus, pecando contra o Senhor. A criatura se rebelou contra o Criador.
Adão e Eva perderam tudo: a imortalidade, a harmonia com toda a criação, a beleza do jardim do Éden, o pleno bem-estar dentro da família e a comunhão com o Senhor que os tratava como filhos amados, proporcionando ao coração de ambos a felicidade que só a presença do Espírito Santo pode dar. O pecado os afastou de todas as bênçãos de Deus e da presença do próprio Criador. A morte entrou no mundo, a família se desestruturou e a maldade tomou conta do coração do homem.
Após 1700 anos, os homens haviam se multiplicado e com eles a maldade ganhou dimensões devastadoras. Então, “se arrependeu o SENHOR de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração” (Gn.6.6). O homem não era mais o mesmo dos dias do jardim do Éden. Não havia domínio de si nem muito menos o desejo pelo bem, pois “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto” (Jr.17.9). E, até que Cristo volte o pecado permanecerá no mundo, destruindo o homem, a família, a sociedade e a criação, conduzindo o pecador para a morte eterna.
Mas onde abundou o pecado, superabundou a graça, a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm.5.20-21). O Deus de toda glória se compadeceu da miséria do homem e, para mostrar seu amor e compaixão, o Senhor enviou Seu Filho para pagar a dívida do pecado, satisfazendo a justiça de Deus e aplacando a ira do Todo-Poderoso. Mas, sem Cristo você permanece em pecado, debaixo da ira de Deus, aguardando o juízo vindouro. Pois, “quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (Jo.3.36).
O pecado é quem destrói tua vida, família e tudo ao seu redor. É a natureza pecadora dentro do homem que faz os filhos desobedecer, a mulher ser insubmissa, o homem ser cruel. O pecado pode ser visto na violência dentro das cidades, na prostituição vergonhosa de pobres e ricos, na corrupção dos governantes ambiciosos, nas injustiças de um mundo rebelde a Deus. Por causa do pecado, o homem será condenado no dia do juízo divino e receberá a merecida punição por todas as suas transgressões: a morte eterna.
Se você já se entregou a Cristo e confia na justiça do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo.1.29), não deixe a carne, o diabo e o mundo enganarem você. O pecado trouxe a morte para o mundo e afastará você da bela e plena comunhão com o Pai. O pecado o privará de bênçãos que Deus prometeu para aqueles que têm todo seu prazer no Senhor e vivem para a glória de Deus, como Jesus que em tudo glorificou o Pai (Sl.37.5; Jo.4.34). O pecado tirará de seu coração a felicidade do enchimento do Espírito Santo e você sentirá a tristeza e a vergonha por ter desonrado e desagradado aquele que amou você quando entregou Seu Filho para morrer em seu lugar. Por isso, lute contra os desejos pecaminosos, lute contra todo pecado: discórdia, inveja, soberba, orgulho, ganância, maledicência, intriga, prostituição, autojustificação, mentira, sensualidade, conversas que não edificam, preguiça, desamor, injustiça, idolatria, bebedeira, glutonaria, rebeldia etc, “porque, por estas coisas vem a ira de Deus” (Ef.5.6).
Para vencer as tentações, siga o ensino das Escrituras: “andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne” (Gl.5.16). Um coração cheio do Espírito Santo terá prazer somente no que agrada o Senhor, vencendo assim todas as tentações. Portanto, medite na Palavra de Deus todos os dias, ore ao Senhor com freqüência e se una ao povo de Deus para adorar o Senhor e aprender mais de Sua Palavra. E quando a lutar estiver grande e o coração quiser desanimar, busque forças no Senhor, lembrando sempre que o pecado mata, mas Cristo vivifica.