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segunda-feira, 28 de março de 2011

Quatro Diferenciais do Cristão


“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações” (At.2.42)

O cristão é chamado por Deus para pregar, veementemente, a necessidade de arrependimento do pecador e conversão da vida à Jesus, aquele que morreu na cruz para nos salvar e ressuscitou para nos dar vida eterna. A igreja é instrumento nas mãos de Deus para anunciar as boas novas da salvação em Cristo. Por isso, convidamos, com certa constância, as pessoas para visitarem a igreja, a fim de que ouçam a Palavra pregada e sejam motivadas pelo testemunho de cada cristão, esperando no Senhor a obra do Espírito Santo na vida do pecador. Nossa insistência em agregar essas pessoas à igreja faz com que elas esperem encontrar algo diferente nas Palavras e ações dos cristãos que fazem parte dela. Algo que não vêem no mundo em que vivem. Essas pessoas esperam que a vida de Jesus seja retratada e propagada para que se maravilhem da mesma forma como “as multidões se maravilhavam da sua doutrina” (Mt.22.33) e das “palavras de graça que lhe saíam dos lábios” (Lc.4.22).

Qual, portanto, a diferença entre o mundo e o cristão? O que se deve esperar dele?

Olhei primeiramente para a alegria, a alegria no meio da igreja. Seria a alegria do cristão o diferencial que a destaca do mundo? Assim, pensei que só o cristão possui alegria. No entanto, olhei para o mundo e vi que ele também consegue se alegrar enquanto o cristão muitas vezes chora suas tribulações, aguardando a volta do Senhor para fazer justiça ao Seu povo sofredor. Vi, então, que a alegria não diferencia o cristão do mundo.

Olhei depois para a caridade. Pensei, então, que só o cristão possui caridade, abençoando as pessoas ao seu redor. Mas, infelizmente, vi que os não-cristãos, agem com muito maior caridade que vários cristãos professos. Há muitas entidades de assistência social no mundo que provém de seitas, as mais absurdas, que acham que dar esmolas livrará sua alma do castigo. A caridade não diferencia o cristão do mundo maligno.

Fui atrás da saúde e prosperidade para ver se diferenciavam o cristão do mundo. Há tantos hoje, que falam que o cristão não adoece e deve ser prospero em tudo. Contudo, vi que no mundo há muitos que possuem uma saúde melhor e uma vida muito mais abundante do que aqueles que servem fielmente ao Senhor. Além dos apóstolos terem sido pobres, o próprio apóstolo Paulo foi acometido de cegueira, enquanto o jovem Timóteo tinha enfermidades estomacais. Sendo assim, ficar doente ou saudável, pobre ou rico, não diferencia o cristão do mundo.

Prosseguindo em minha busca pensei haver encontrado a resposta: ir à igreja diferencia o cristão do mundo. Pensei que só o cristão vai à igreja, então, o descrente é o que não vai à igreja. Mas, olhei para as denominações cristãs e vi tantos descrentes com roupas de crentes. Pessoas que se tornam membros da igreja pelo Batismo e Profissão de fé, mas que nunca conheceram o amor transformador de Jesus. Assim, tive que continuar em minha busca, pois também vi o mundo dentro das instituições eclesiásticas.

Já quase desistindo encontrei na Palavra do Senhor aquilo que diferencia a igreja do mundo. E, vi que somente a igreja possui: A DOUTRINA DOS APÓSTOLOS; a verdadeira COMUNHÃO; o PARTIR DO PÃO (Santa Ceia); e a ORAÇÃO (Atos 2.42).

Encontramos na Bíblia esses quatro diferenciais da igreja de Jesus. Conforme o livro de Atos a igreja deve “Perseverava” nelas. Em cada geração, a igreja não pode desistir de lutar para vivê-las e propagá-las.

A Doutrina dos apóstolos: A Palavra de Deus é a verdade sobre tudo quanto precisamos saber a respeito da vida, da natureza humana, de Deus e Suas obras e de Sua grandiosa salvação. É por meio da Escritura que conhecemos Cristo e somos santificados para caminharmos com Ele (2 Tm.3.16,17). Sem as Escrituras não há igreja. Essa é a primeira marca que diferencia o cristão do mundo: A Perseverança na obediência e ensino da Palavra de Deus.

A comunhão: A comunhão da igreja é proveniente de um amor diferente e superior ao visto entre os homens: o amor de Deus (1 Jo.3.16). A igreja é uma família composta de pecadores, mas agraciada com o amor que recebeu do Senhor. O verdadeiro cristão recebeu de Deus o amor para amar os irmãos, perdoando os pecados uns dos outros (1 Pe.4.8), abençoando-se mutuamente (Rm.12.10) e dispondo-se a dar a vida pelos irmãos (1 Jo.3.16). O amor é marca fundamental da igreja de Jesus, pois “nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.” (Jo.13.35)

O partir do pão: O partir do pão não se refere a uma refeição comum na casa dos irmãos. Eles perseveravam em participar da Santa Ceia, ou Ceia do Senhor, deixada por Cristo. Nela, o cristão é fortalecido por meio do memorial da obra de Cristo e movido à esperança da volta do Senhor Jesus, “porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha” (1 Co.11.26). A Santa Ceia anuncia as maravilhosas promessas do evangelho de Cristo. A Ceia do Senhor é sagrada, porque pertence somente à igreja.

As orações: Muitos oram aos seus deuses e santos, mas somente o cristão, diferente do restante do mundo, tem livre acesso a Deus, por meio de Jesus, “porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1 Tm.2.5). Seu diálogo com o Pai é fruto de sua comunhão com Cristo e com o Espírito, que diariamente intercedem por suas necessidades e vida espiritual. Somente o cristão tem todo este amparo e privilégio: poder buscar o Senhor e andar “humildemente com o teu Deus” (Mq.6.8).

É preciso ser diferente do mundo, mostrando o poder transformador de Deus em nós pecadores. Essas marcas santificam o cristão, fazendo-o a imagem do Senhor Jesus (2 Co.3.18) e diferenciando-o do mundo pecador ao seu redor. Os cristãos são diferentes do mundo, pois “não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (Jo.1.13). É necessário, portanto, perseverar nestas coisas, lembrando sempre as Palavras de Jesus: “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap.2.10).

segunda-feira, 21 de março de 2011

A graça divina no amor conjugal

onde abundou o pecado, superabundou a graça, a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm.5.20-21)

A vida é obra das mãos de Deus, pintada e esculpida para glorificar Seu NOME. Cada detalhe da criação mostra a criatividade e sabedoria do Criador de tudo. A profundidade dos oceanos e imensidão do universo revelam a glória de Deus e o poder de Sua Palavra que trouxe tudo à existência em seis dias. E dentre as belas criações de Deus, encontra-se a família feita para expressar o amor do Senhor e ser instrumento para a concretização do plano redentor pelo qual Cristo o Filho de Deus é glorificado.

Portanto, a obra prima do Senhor é a cruz do calvário onde Deus revelou Sua justiça e deu nova vida aos pecadores arrependidos. Em Jesus “Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm.5.8). A vida cristã, portanto, é o início da maior promessa de Deus: a vida eterna. Em Cristo esperamos “a cidade santa, a nova Jerusalém” (Ap.21.2), onde Deus nos “enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Ap.21.4). Finalmente, então, encontraremos a felicidade eterna e, com Cristo, “reinaremos” para sempre (2 Tm.2.12).

Mas, ainda que nossa esperança esteja na volta de Jesus, a transformação da vida começa aqui. Antes de desfrutarmos das maravilhas na vida eterna, Deus concedeu-nos sua graça transformadora por meio da qual Ele está restaurando não somente indivíduos, mas, também, famílias, para que desfrutem do amor de Deus e sejam bênçãos nas mãos do Senhor; testemunhando o poder transformador da Palavra e Espírito de Deus. A família cristã é vitrine de Deus para um mundo pecador, desiludido quanto ao amor conjugal. Por meio dessa família, Deus mostra Seu cuidado e Sua provisão diária, livrando-a do mal e sustentando-a com o pão. Nas famílias cristãs, Deus manifesta Seu amor e Sua paz, guardando seus corações nas lutas e dificuldades e consolando-os nos problemas e perseguições. Além disso, Deus expõe Sua santidade e fidelidade por meio da correção divina e educação na Escritura Sagrada.

Portanto, vocês precisam da Graça de Deus para desfrutar os benefícios de um casamento abençoado por Ele. Mas, quem busca ajuda, senão aquele que reconhece o fim de suas forças, sentindo-se esgotado da luta solitária e necessitado de alguém que seja maior? Esse alguém é Deus, e você precisa reconhecer a plena necessidade dEle, a fim de receber o gracioso auxílio do Senhor. Portanto, não alicerce sua família sobre autoajudas capazes, apenas, de unir pessoas em torno de coisas boas. Fundamente seu lar sobre a Palavra do Senhor, pois somente Cristo pode tornar uma família inabalável, santa e agradável a Deus.

Enquanto o marido achar que sabe o que faz e a esposa fechar seu coração para a Palavra de Deus, ambos se desgastarão, lutando um contra o outro quando na verdade ambos gostariam de ser amados e felizes. Sua luta não deve ser contra o cônjuge, mas contra a carne, pois “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto” (Jr.17.9). Todo esforço gasto de forma errada, lutando um contra o outro, deveria ser gasto na luta contra a natureza pecaminosa, contra as tentações do diabo e contra o mundo maligno ao redor de vocês (Ef.2.1-3).

Mas, não há coração tão duro que não possa ser transformado pelo poder de Deus, nem pessoa tão boa aos olhos dos homens que não precise do poder transformador do Senhor. É através do Espírito Santo e da Palavra de Deus que o coração do homem é quebrantado, alcançado e transformado. O que você não consegue fazer sozinho, a Palavra e Espírito de Deus podem operar em você graciosamente. Portanto, você precisa colocar sua vida e a vida de sua família aos pés do Senhor Jesus e buscar na Palavra de Deus todo ensino necessário para que vocês saibam viver a beleza de uma vida familiar restaurada pela graça divina.

Então, confie na Palavra de Deus, pois “onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rm.5.20). Deus pode mudar não somente a tua vida, mas também toda tua família. Entrega a tua família ao Senhor e Ele a guiará (Sl.37.5) por pastos verdejantes e águas de descanso (Sl.23.2) e até no vale da sombra da morte (Sl.23.4), quando o mar estiver agitado e a esperança lhe faltar (Mc.4.39), o Senhor estará presente para guiar vocês e Sua mão lhes susterá (Sl.139.10). Portanto, entregue sua família inteiramente a Cristo para que Ele seja o maior deleite de seu lar e o forte fundamento de sua família.


Transformados, então, pela Palavra de Deus, o marido e a esposa verão que mesmo em um coração pecador Deus pode colocar amor. Em Deus, a família descobrirá que é possível ser feliz no relacionamento conjugal quando Cristo é o Senhor do coração dos cônjuges. A esposa redescobre o amor do marido que pensou não existir mais, enquanto o marido redescobre a ternura da esposa que não conseguia mais encontrar. Cristo deu um novo coração para cada um deles, coração que é dirigido pelo Espírito e Palavra de Deus. Portanto, se você e sua família querem ser felizes precisam descobrir o amor de Deus revelado em Cristo, pois, só nEle, conhecerão a graça divina que colocará em seus corações o amor conjugal.

terça-feira, 15 de março de 2011

A Mensagem que Transforma o Pecador

“pela palavra da verdade do evangelho, que chegou até vós; como também, em todo o mundo, está produzindo fruto e crescendo, tal acontece entre vós, desde o dia em que ouvistes e entendestes a graça de Deus na verdade”
(Cl.1.5-6)

Prédios religiosos cheios, pessoas com mãos erguidas aos céus, pregadores apaixonados no púlpito. A impressão que traz a quem passa pela frente de tais templos é que estamos diante de uma geração sedenta da Palavra de Deus. Mas, para quem estão indo? Ao nos aproximarmos um pouco mais, com o propósito de ouvir a mensagem que atrai tantos pecadores, ouvimos os ruídos da lei moral e promessas de felicidade presente. Tão bonito, tão agradável! Todavia, não é suficiente para transformar o pecador num fiel súdito do Senhor Jesus.
Jesus passou três anos anunciando o arrependimento e “ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino” (Mt.4.23). Era o próprio Filho de Deus falando de Seu Reino e do juízo final que Ele mesmo traria. No entanto, Seu ministério se assemelhou ao dos profetas do Antigo Testamento. As multidões o seguiam, mas não criam em Sua Palavra e pouquíssimos o receberam “para se cumprir a palavra do profeta Isaías, que diz: Senhor, quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor?” (Jo.12.37-40 // Is.53.1; 6.10).
Todavia, multidões também seguiram Jesus, não por causa da mensagem, mas apenas pelo alimento multiplicado, e vendo isto “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes” (Jo.6.26). Por isso, mais tarde, a mesma multidão que o seguia também o crucificou. O coração deles estava endurecido, e não perceberam “que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo” (At.2.36). Tenha cuidado também para não estar buscando a Deus por causa das coisas que Ele pode fazer, pois quando Jesus voltar Ele mesmo dirá: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mt.25.41).
Ao ressuscitar, Jesus abriu a porta do Reino para receber todos os que crêem no evangelho. Começa, então, a jornada dos apóstolos, que recebem a missão de pregar o evangelho do Reino sendo “testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (At.1.8). Eles não foram enviados a ensinar um bom comportamento nem receberam a missão de fazer a sociedade prosperar. A missão dos apóstolos era testemunhar a morte e ressurreição de Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, a fim de que todos saibam que Jesus é o Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Por causa dessa mensagem, Paulo ficou conhecido por transtornar o mundo (At.17.6). Sua pregação consistia na Mensagem da cruz, “poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm.1.16). A Palavra de Deus é poderosa para converter o pior dos pecadores dando-lhe nova vida através do NOME de Jesus. A nova vida não vem de esforços humanos, mas da operação da Palavra no coração de um homem tocado pelo Espírito do Senhor. Não é preciso nem força, nem violência. Não depende de sabedoria humana nem da capacidade de se persuadir. Basta que a Palavra de Deus seja anunciada com fidelidade e que a graça de Deus alcance o coração pecador. Os pecadores não eram atraídos a lei para agradarem a Deus, mas conduzidos a Cristo a fim de, pelo poder do Espírito, serem capazes de viver uma vida abençoada e fiel.
Portanto, Além de converter o coração do pecador, fazendo-o reconhecer seus pecados e se arrepender deles, as Escrituras são poderosas para santificar o pecador arrependido. Os pecados que você não consegue vencer sozinho são vencidos em oração, na dependência do Espírito Santo, que através da Palavra de Deus irá transformar a tua vida e torná-la, pouco a pouco, à imagem e semelhança de Jesus. A Palavra de Deus te libertará da cada pecado, pois se “o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo.8.36). Desta forma, Deus nos deu Palavra de vida para que por ela alcançássemos a nova vida que Jesus tem para nos dar. Sendo assim, creia e confie no poder da Palavra de Deus, meditando dia e noite, enquanto o Espírito do Senhor prepara o teu coração para produzir os frutos de quem ama a Palavra de Deus. “Os impossíveis dos homens são possíveis para Deus” (Lc.18.27).
Moralismo não incomoda os pecadores, razão pela qual vemos entidades religiosas, propagadoras da teologia da prosperidade, tão cheias. É possível pregar sobre amor, bondade, justiça etc. para um ateu, um espírita e um religioso peregrino e, ainda, ouvi-los dizer ao final: “– Que sermão bonito!”. Todavia, ao pregar Cristo, as reais intenções do coração são reveladas e até o mais orgulhoso dos homens (como Nabucodonosor – Dn.4) é humilhado perante a potente mão de Jesus. A pregação cristocêntrica diz: “Tudo é de Cristo!” e põe o pecador diante de um único caminho para vida e salvação: Jesus. Essa é a pregação que revela a maldade do coração humano e confronta até o mais religioso dos homens. Essa é a mensagem que dá toda glória somente ao Senhor Jesus.